Capítulo 7

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O carro preto estacionou em frente ao prédio da UsiUchiha, Madara entrou, Pain e Obito já estavam lá dentro.

— Toca pro Rasengan Club — ordenou Obito ao motorista, depois de bater a mão no banco.

— Madara, eu ainda acho que você não devia se meter com o Zabuza — disse Pain, com um ar concentrado demais para o gosto do Madara.

— Pain, eu nunca te pedi opiniões, porque você está insistindo em dar? — proclamou, com o rosto tensionado como se estivesse completamente contrariado com a ousadia do ruivo.

Pain, com seus piercings no rosto e suas inúmeras tatuagens, era a legítima figura de um criminoso de respeito, ele realmente nunca tinha se atrevido a desacatar ou mesmo dar opiniões a Madara, mas naquele momento ele achou prudente falar o que pensava.

— Madara, eu sei que o Zabuza é café pequeno, mas anda metido com os Jashin, você sabe que isso que você quer fazer pode arrumar uma encrenca da porra!

Madara não olhou para Pain, ficou quieto por um bom tempo e depois falou:

— Pain, eu não posso deixar que esses miseráveis criem asas no meu território, se eu permitir isso, logo vão estar querendo subir nas minhas costas. Eles atiraram no meu carro, e se eu estivesse dentro?

— Eu tenho certeza que eles sabiam que você não estava — rebateu Pain.

Obito, que até então estava observando com o corpo virado para o banco de trás, se ajeitou e voltou a olhar para frente.

Ninguém disse mais nada e chegaram ao destino.

Pain abriu a porta e saiu primeiro, depois Obito, segurando uma valise e, por último, Madara. Quando ele passou por Obito, o primo colocou a mão no seu braço o fazendo olhar para ele.

— Primo, eu sou obrigado a concordar com o Pain, não acho que seja uma boa ideia.

— Porra, Obito — Madara mostrou sua pior faceta enrugando a cara —, é um complô?

— Não, mas eu só espero que você não esteja fazendo isso por impulso — disse, olhando bem dentro dos olhos de Madara, que ouviu atentamente —, te conheço bem e sei que você sempre foi muito racional, mas eu não sei porque dessa vez, vejo alguma coisa diferente...

Madara puxou o braço fazendo Obito soltá-lo, ajeitou o colarinho do blazer e se endireitou sem perder o contato visual.

— Eu não estou para brincadeiras, Obito, o que vai acontecer aqui é muito sério, eu jamais faria sem pensar nas consequências.

— Por que, Madara? Não é necessário! Só dá um aviso pro Zabuza e pronto, não precisa de mais nada!

Madara não respondeu e saiu andando para a porta do lugar. Pain já esperava, Madara chegou junto e ele bateu na porta, se entreolharam e esperaram alguém aparecer.

Desta vez, quem abriu a porta foi Meizu, que viu Pain e disse abusado:

— O que você quer aqui? Não é bem vindo!

Nesse momento, Madara que estava encoberto por Pain, deu um passo para o lado mostrando sua pessoa. Meizu fez uma cara que faria os três homens morrerem de rir se o negócio não fosse sério. O medo e a surpresa se estamparam em seu rosto e ele até empalideceu.

— Se-senhor Madara Uchi-ha — disse, gaguejando. Suas sobrancelhas subiram e desceram na sua face assustada.

— Vim ver o Zabuza. — Madara rufou sua voz grave.

— Ah... sim, como não, entrem. — Meizu se afastou da porta dando passagem para os homens que entraram direto e foram andando para dentro do salão. Meizu correu para passar na frente deles e foi trotando pelo corredor de luz avermelhada, olhava para frente e para trás, estava nervoso e até chegou a tropeçar nos próprios pés. Chegou na sala de Kakuzu e abruptamente entrou.

Quando Surge um DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora