Capítulo 25

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Madara Uchiha estava se preparando para encontrar com Sakura e de bandeja com a mãe desagradável dela. Sentou para tomar café. Pensava em como mostrar para Tsunade que seus sentimentos eram verdadeiros e que ele poderia fazer Sakura feliz tanto quanto qualquer outro. Danzou enchia a sua xícara de café quando disse que Sasuke já tinha saído bem mais cedo e ido para o hospital.

Não viu mais nada na sua frente, ficou cego com aquela informação inacreditável, Sasuke estava agindo pelas suas costas. Levantou, largou Danzou falando sozinho e com passos duros saiu da casa, gritou para o motorista, estava inconformado e irritado. Entrou no carro e mandou ir direto para o hospital.

Como se já não bastasse Tsunade fazendo ameaças e se colocando entre eles, agora Sasuke havia resolvido dar um passo à sua frente e ir ver Sakura sem que ele soubesse.

"Eu odeio traidores!" pensou. Isso ele odiava mesmo. Muitas vezes acabou tendo que se livrar de pessoas com quem até simpatizava, mas traições não eram perdoáveis.

E aquela Tsunade? Estava lá no seu apartamento se aproveitando das mordomias que ele estava proporcionando e, de repente, resolveu se importar com seu romance com Sakura a ponto de querer impedi-lo!

Olhava pela janela do carro, viu que estava bem perto do hospital. Seu estômago deu sinais de nervosismo, se contraiu ficando pequeno e incômodo. Desceu do carro e andou apressadamente pelos corredores do edifício.

Viu a porta do quarto de Sakura e andou um pouco mais rápido, estava ansioso para entrar. Segurou a maçaneta e girou euforicamente. Entrou e surpreendentemente se deparou com o que mais temia, mas não acreditava que aquilo pudesse mesmo acontecer até ver com seus próprios olhos. E seus olhos grudaram na cena mais ultrajante que poderia esperar ver ali: Sasuke e Sakura estavam se beijando deliberadamente. Seus olhos repararam em pequenos detalhes como olhos fechados e a mão de Sakura carinhosamente pousada sobre a bochecha de Sasuke.

— Sasuke! — gritou.

Sasuke deu um salto para trás e se segurou na barra metálica da cama do hospital. Sakura olhou para Madara com os olhos arregalados e eles ficaram se olhando sem dizer nada, foi tão chocante que até Madara emudeceu.

— Pai! — Madara avançou para cima de Sasuke e segurou o pescoço do filho, o garoto só pôde segurar o pulso do pai com as duas mãos e balbuciar algumas palavras. — Foi sem querer...

— Sem querer?! — Madara soltou o filho com um empurrão que o fez cambalear para trás um pouco sem ar. — Como um beijo pode ser sem querer?! — esbravejou, indignado. — Eu só não te mato porque você é meu filho! — berrou.

Sakura estava congelada de medo. Não podia dizer nenhuma palavra.

— O que está acontecendo aqui?! — perguntou Madara, tentando ser um pouco racional, o que estava sendo muito difícil.

— Pai, eu... eu vim conversar com a Sakura e...

— Cala a boca! — Vociferou em alto e bom som. — Você fez intencionalmente, veio correndo tentar tirar ela de mim! — Madara tinha feições aterrorizantes, parecia um cão raivoso.

— Não, pai, eu juro!

— Saia daqui! — Madara apontou a porta com o braço esticado e o dedo em riste.

— Pai.

— Você vai me explicar isso, Sasuke, ah, se vai, mas agora é melhor sair antes que eu arrebente a sua cara! — Sasuke obedeceu e saiu do quarto com a cabeça baixa, mas com o coração cheio de esperanças de que, quem sabe, Sakura ainda o quisesse.

Quando Surge um DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora