Capítulo 21

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Madara estava na UsiUchiha reunido com Obito, Orochimaru e mais alguns homens de confiança discutindo sobre como invadiriam o covil de Hidan sem causar riscos para Sasuke e Sakura. Seu celular vibrou e ele imediatamente abriu a mensagem que havia chegado. Obito reparou que o primo ficou estranhamente agitado.

— O que foi, Madara? — perguntou se aproximando. Madara escondeu o conteúdo da mensagem e Obito quis saber porquê. — É do Hidan? O que diz aí, por que está escondendo?

— Não importa — respondeu, guardando o celular. Seu rosto ficou tenso e ele se afastou do grupo indo para uma sala ao lado que estava vazia.

A mensagem era de Hidan, ele dizia que ligaria dentro de minutos e que Madara deveria atender. Junto com a mensagem havia uma foto de Sasuke. O rapaz estava muito ferido, Madara nunca havia visto o filho em semelhante estado. O rosto estava ensanguentado, tinha muito sangue, provavelmente sangue saído do nariz; os olhos estavam inchados e o lábio partido.

Madara imaginou, consumido por aflição, o motivo pelo qual Hidan não mandou também uma foto de Sakura. Pensou nela e cerrou os punhos sentindo ódio da sua incapacidade de agir. Suas fraquezas estavam todas expostas, se algo acontecesse ao Sasuke ou à Sakura, de nada adiantaria tudo o que ele havia conquistado na vida.

Nesse meio tempo, enquanto pensava, seu telefone tocou, mas não era Hidan, era Tsunade. Sentindo-se esgotado e sem vontade, precisou se acalmar e atender a mulher.

— Oi Tsunade, como vai?

— Madara! O que está acontecendo? Onde está a Sakura? Você me disse que ela viria pra cá, mas até agora ela não chegou e eu não consigo falar com ela!

— Calma, Tsunade, está tudo bem... — Fez uma pausa desconcertante e concluiu que não poderia mentir assim para ela. — Na verdade não está tudo bem. Fica calma, mas a Sakura foi sequestrada.

— O quê? O que você tá dizendo, Madara! Como assim, sequestrada?! Você não me disse nada! Quando pretendia me avisar?

— Alguém sequestrou ela e o Sasuke, estamos trabalhando para trazer eles de volta, me desculpe, eu não avisei porque não quis te preocupar.

— Não quis me preocupar?! Eu sou a mãe dela, você tinha que ter me contado. Onde você está? Eu vou pra aí! — Tsunade estava desesperada.

— Não, Tsunade! Está tudo uma bagunça, eu estou quase ficando louco, não venha, não vai ajudar em nada e eu tenho que desligar. Prometo que te manterei informada — disse e desligou o mais rápido possível para se livrar dos rompantes agoniados da mulher. O telefone vibrou em seguida e Madara o levou novamente à orelha.

— Madara, meu querido "padrinho" — disse, em tom de deboche —, você gostou da foto que te mandei? Eu sou um bom fotógrafo, não sou? Me diz se a foto não ficou ótima, aquele vermelho vivo do sangue combinou muito com o tom de pele do Sasuke. — Ficou um segundo em silêncio como se estivesse esperando Madara dizer alguma coisa, mas ele não disse nada, só ouvia as palavras provocativas do outro. — Espero que você esteja me ouvindo, não faço questão que fale nada, só me escuta: eu posso continuar espancando o seu franguinho idiota e fodendo a sua namoradinha o resto da minha vida, mas só isso não basta pra mim, eu quero você, Madara; quero tudo o que é seu!

Madara estava terrivelmente enervado, sua testa tinha uma marca de expressão diabólica, seus olhos estavam vidrados em um ponto qualquer da sala e os lábios apertados, providos de uma ferocidade insana. Não suportou manter o silêncio.

— Me ouça, seu covarde de merda, aproveite pra falar bastante agora, aproveite enquanto ainda tem uma língua pra falar, porque quando eu te pegar, quando eu pôr as mãos em você... nem que eu tenha que ir até o inferno, eu vou te estrangular, seu maldito!

Quando Surge um DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora