Capítulo 16

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Madara chegou em casa e estava sentindo uma vontade inexplicável, uma vontade de ficar perto da menina, isso não era muito bom, ela ainda era a garota do Sasuke e ele mesmo tinha pedido para ela esperar antes de falar pro filho sobre o que estava acontecendo.

Sakura estava muito chateada, pediu licença sem falar muito, subiu as escadas e entrou no quarto. Ele ficou de baixo olhando ela sumir no andar de cima.

Madara também foi para seu quarto, estava cansado, tinha sido um dia de muito trabalho além de todos os percalços e problemas no clã Uchiha.

Tomou um banho e colocou uma roupa mais casual, uma calça de moletom e uma camiseta, algo confortável.

Quis recapitular os acontecimentos em sua mente, precisava disso às vezes para tomar decisões. Desceu, preparou uma dose do seu melhor e mais caro conhaque, acendeu um charuto e apagou a luz. Sentado em sua poltrona começou a se lembrar com calma de quando conheceu Sakura. No início, ele se interessou pela garota para apresentá-la ao Sasuke, ele queria que os dois namorassem, achou a menina bonita e por não ser da alta sociedade como as garotas fúteis que conhecia, teve uma ótima impressão, viu com bons olhos o namoro dos dois, mas o inesperado aconteceu e ele começou a se sentir fortemente atraído por ela, percebeu que Sasuke ficou com ciúmes e aquilo o atiçou ainda mais. Percebeu com o tempo que a garota demonstrou interesse mútuo por ele, o que começou a deixá-lo completamente louco para tê-la para si, mas era um desejo sexual, uma questão de ego masculino, como se estivesse competindo com o filho. Ele não se sentiria mal se transasse com a garota do filho, desde que ninguém nunca ficasse sabendo do "pequeno deslize". E, nesse momento, Madara sorriu com seu copo de conhaque nas mãos. Sorriu quando o pensamento sacana o traiu e ele soube que agora não se tratava mais de um desejo sexual, ele estava apaixonado por ela e queria ter Sakura em sua vida, queria ELE ser o seu namorado e até mesmo algo mais. Madara tinha certeza absoluta de seus sentimentos, ela era mais nova do que ele, mas a diferença de idade de maneira alguma o incomodava, sabia que eles poderiam ser felizes, mas nunca desejou magoar o filho e então seu sorriso desapareceu. Sabia que Sasuke iria sofrer, não havia nenhuma possibilidade da história terminar bem, Sasuke não o perdoaria nunca. Quando soubesse que Sakura tinha se envolvido com o próprio pai, sairia muito machucado.

Madara subiu as escadas. Sakura estava no quarto de hóspedes, ele andou até a frente da porta e ficou ali parado, tentando escutar algum som, mas não ouviu nada, então, inconscientemente, segurou a maçaneta e girou, a porta estava aberta. O interior do quarto se revelou para ele e Sakura não estava lá. Ele entrou lentamente até a metade do cômodo e ouviu o chuveiro ligado. Resolveu esperar por ela. Sentou-se na poltrona verde musgo que ficava ao lado da cama e de frente para a porta do banheiro. Cruzou as pernas e apoiou um cotovelo no braço da poltrona. Ficou com os dedos na testa, esfregando lentamente enquanto esperava que aquela porta se abrisse. Sakura terminou o banho e se enrolou na toalha, estava cantando uma música baixinho, o banho tinha ajudado a relaxar. Abriu a porta do banheiro e viu Madara sentado. Ela paralisou na hora, congelou olhando para aquela figura sedutoramente ajeitada de forma confortável na poltrona.

— O que você tá fazendo aqui? — murmurou baixo.

— Você deixou a porta aberta, achei que pudesse entrar — falou num tom provocativo.

— O que você quer? — Sakura estava se sentindo ofendida, o fato de Madara não ter deixado ela falar com Sasuke a incomodou de verdade. Ele queria o quê? Transar com ela pelas costas do Sasuke?!

— Quero conversar com você. — Apesar de sério, Madara observou o corpo de Sakura dos pés à cabeça, as pernas estavam totalmente descobertas, os cabelos molhados e o rosto um pouco espantado. — Se você quiser eu viro de costas pra você se trocar — falou e sorriu, sem se mexer, com os olhos apertadinhos.

Quando Surge um DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora