Capítulo 33

68 6 3
                                    


Madara levou Sakura até a porta do seu apartamento. A tarde já estava quase no fim e as primeiras estrelas brilhavam no céu. Eles não tinham falado muito, se entregaram aos beijos e carinhos cheios de saudade sob os galhos da cerejeira no parque.

— Eu não posso ir embora, Sakura, na verdade perdi meu voo — disse, rindo de si mesmo.

— E agora? — perguntou, espantada.

— De qualquer forma eu não iria. Não depois disso. — Colocou carinhosamente uma mecha de cabelos atrás de sua orelha. — Quero resolver as coisas com você de uma vez por todas.

Sakura manteve o olhar elevado na direção do rosto forte, porém suave, que Madara tinha ao fitar a "sua" cereja.

— Madara, eu não sei se eu deveria fazer isso, mas... eu quero ficar com você... preciso de você. Preciso de você mais do que qualquer coisa na minha vida! — Seus olhos brilhavam enquanto parecia ter certa dificuldade para se abrir e dizer tudo o que sentia. — Quero ficar com você e... e dessa vez ninguém vai atrapalhar.

Madara sorria. Sorria cada vez mais. Puxou Sakura para perto e a abraçou forte.

— Eu dou qualquer coisa que eu tenho, minha menina, qualquer coisa pra ter você de novo. Dou meu coração, minha casa, eu dou a minha vida pra você me aceitar — disse em seu ouvido. Saindo do abraço, olhou em seus olhos e pediu:

— Casa comigo? — Sakura sentiu as pernas bambearem. Um vento quente da noite de verão passou por seus cabelos a fazendo arrepiar. Ele pediu novamente. O mesmo pedido de um ano atrás. — Diz que sim, diz — apelou. — Eu te amo, Sakura, hoje muito mais do que antes. Agora, mais do que nunca, tenho certeza. Nós não estamos começando, só retomando o que já existia.

Sakura escutou uma melodia maravilhosa nos seus ouvidos, uma melodia que só ela podia ouvir, uma de suas músicas preferidas, como em um filme de amor, quando o casal apaixonado finalmente pode ter o seu "final feliz".

— Eu... por que você faz esses pedidos difíceis? — Madara soltou uma gargalhada e a beijou apertado, um beijo amoroso, entre sorrisos, se apertando, se amassando, se agarrando, era tão quente, tão caloroso que não tinha explicação.

— Ah, minha menina, não tem nada de difícil, é só dizer que sim.

Sakura, na ponta dos pés para conseguir aprofundar seu beijo o máximo possível, o agarrou pelos cabelos e disse dentro daquela boca que não a deixava mais, as palavras foram ditas entre os beijos, sem tréguas.

— Sim! Me caso com você!

Madara levantou o corpo de Sakura pela cintura e a girou no alto. Todos que passavam por ali olharam a cena com um risinho nos lábios por testemunharem a felicidade dos enamorados, que mostravam sem medo algum sua felicidade.

— Você jura? — Ele estava radiante, era o homem mais feliz num raio de quilômetros, não tinha a menor dúvida. — Jura mesmo?

— Juro! — afirmou com um sorriso que não cabia no rosto, estava muito feliz por ter se livrado das amarras que ela mesma tinha colocado na sua vida. — Vem, quero que conheça meu apartamento. — Segurou a mão de Madara e o levou para dentro do prédio.

Assim que Sakura abriu a porta, Temari, que estava sentada no sofá, levantou com um pulo tão alto que quase caiu no chão. Não acreditou quando viu aquele homem entrando com a amiga apartamento adentro.

— Madara, esta é Temari, minha amiga. Ela mora aqui comigo — disse, já no meio da sala e segurando Madara pela mão.

— Muito prazer, Temari. — Cumprimentou-a cordialmente.

Quando Surge um DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora