Capítulo 34

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Sakura despertou mais tarde, pois era sábado, abriu os olhos devagar e arregalou-os repentinamente ao ver que Madara não estava ao seu lado. Num susto, sentou no colchão e procurou pelo chão, as roupas do homem não estavam mais lá. Saiu da cama rápido e vestiu seu roupão, abriu a porta do quarto e ouviu risadinhas insuportáveis vindas da cozinha.

Sua cozinha era espaçosa e, diferentemente da grande maioria dos apartamentos de Tóquio, esse era razoavelmente grande, motivo de Sakura tê-lo alugado. Na cozinha cabia uma mesa de jantar, já que na sala não tinha espaço para isso, somente para o sofá, televisão e uma estante com livros.

Ouviu as vozes vindas da cozinha e foi direto para lá, ao entrar viu Madara em frente do balcão preparando alguma coisa para comer, o cheiro de café invadia gostoso a casa e, em cima da mesa, Temari estava sentada com as pernas cruzadas, um shorts bem curto e um top de ginástica. Ela costumava usar esse tipo de roupas, principalmente quando estava calor, mas sentar sobre o tampo da mesa não era uma coisa muito usual.

— O que é isso? — perguntou Sakura com um olhar de desaprovação.

— Oi minha flor, bom dia! — disse Madara, bem animado e com um enorme sorriso no rosto.

— Oi Saky! — falou Temari.

— O que vocês estão fazendo aqui? — Sakura quis saber, num tom ríspido. Caminhou até Madara e se pendurou no seu pescoço.

— Eu estou fazendo umas panquecas americanas, você gosta? — perguntou. Logo percebeu a cara enfezada de Sakura. — O que foi, amor? — disse baixinho no seu ouvido.

— Eu gosto sim. — Ela olhava diretamente para Temari, que tinha começado lixar as unhas, mas continuava na mesma posição.

— Saky, o Mad me falou que você namorou com o filho dele — disse, sem tirar os olhos das unhas. — Uau! Que história! Eu contei pra ele que você e meu irmão tem um rolo, espero que não se importe — concluiu, a encarando com um sorriso.

— Mad? — repetiu o apelido e olhou bem feio para Madara, ele encolheu os ombros com um sorriso sem graça. — E eu não tenho rolo nenhum com seu irmão, nós só ficamos juntos de vez em quando.

— De vez em sempre, né Saky? — disse, descendo da mesa e se aproximando dos dois, se espremeu atrás de Madara, abriu a geladeira e pegou uma garrafa de leite.

Sakura ficou olhando aquela cena completamente indignada. Temari tinha se esfregado no seu homem com a desculpa de abrir a geladeira! Era isso mesmo? Franziu o cenho e apertou os olhos, olhou para Madara e ele se encolheu num cantinho tentando fingir que não percebeu.

— Tá bom! Então vamos tomar logo esse café, eu e o Madara estamos com pressa, não é amor? — Sakura começou a pegar tudo o que seria preciso para o café e levou para a mesa. Madara ajudou e os três se sentaram.

— E então, Mad, quando você vai voltar para Konoha? — Temari perguntou. Jogou calda de chocolate sobre as panquecas e sorriu despretensiosamente.

— Ah, acho que vou ficar pro fim de semana, mas ainda não sabemos, não é, amor? - Disse lançando um olhar apaixonado para Sakura e apertando sua coxa por debaixo da mesa.

Madara não sabia porque a amiga de Sakura estava agindo daquele jeito, mas não era bobo, nitidamente ela a estava provocando, por isso ele nem se importou com os comentários maliciosos da menina para com ele, ou com as insinuações sobre o rolo de Sakura, mas ela, ao contrário, estava com raiva do que Temari estava fazendo. Madara a puxou para perto dele e disse em seu ouvido:

— Você fica uma delícia brava.

Ao ver que Madara só tinha olhos para ela, desestressou e o beijou sem pudor algum. O silêncio se fez. Temari ficou de vela olhando os dois se beijarem como se ela não existisse. Depois de algum tempo, abriram os olhos e perceberam que a loira não estava mais lá.

Quando Surge um DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora