Capítulo 13

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Sakura abraçou Madara, encaixou o queixo sobre seu ombro e fechou os olhos. Pôde finalmente sentir aquele perfume tão bom que antes ela só conseguiu captar leves nuances no ar quando ele estava perto dela. Sentiu seus cabelos macios tocando sua face em leves cócegas. Ele era tão grande, seus ombros, suas costas, seu pescoço, ela se perdeu naquele momento.

Madara rodeou o corpo pequeno de Sakura com seus braços fortes, uma de suas mãos acariciavam suas costas e a outra entrou por debaixo dos cabelos e lhe apertava o pescoço levemente. Ele também absorveu o máximo que pôde daquele aroma doce que Sakura tinha e mergulhou de corpo e alma naquela sensação de tê-la em seus braços.

Se olharam nos olhos novamente com um leve sorriso.

— Sakura — Madara soltou sua voz firme e poderosa com uma pausa articulada. — E o Sasuke?

— Madara, por favor... — Constrangida, mudou a expressão e se afastou. — Não sei nem o que dizer.

— Sakura, é importante, eu preciso saber, o que você está sentindo por ele?

Sakura ficou imensamente incomodada, tentou desviar o olhar de Madara, mas ele segurou de leve em seu rosto com aquele jeito sedutor de sempre.

— Sakura... Por favor.

— Madara, eu não sei. — Ficou toda arrepiada com aquele pensamento. O que ela faria? O que ela queria fazer? Não sabia!

— Olha, eu... Eu te quero muito. Eu não pensei que fosse tanto, mas...

— Madara — Sakura o interrompeu —, eu gosto do Sasuke, nós estamos nos dando bem. Gosto dele de verdade.

— E de mim? — Madara se endireitou no banco e falou de forma quase autoritária. Queria uma resposta. — O que você sente por mim?

Madara se perdia nos olhos verdejantes de Sakura, mas ao mesmo tempo, naqueles mesmos olhos ele se encontrava. Queria ouvir ela dizer que sim, que queria ficar com ELE e se dissesse isso, ele estaria disposto a tudo, assumiria seus sentimentos sem a menor dúvida, mas queria ter a certeza de que não eram sentimentos unilaterais.

— Eu... estou confusa, Madara. — Sakura estava sendo sincera, não sabia se o que sentia era só um desejo enorme, uma atração pelo que ele era, pelo que representava; um homem protetor e imponente, não sabia o que estava sentindo. — Eu preciso voltar para o trabalho.

— Não fuja de mim. Eu também fiquei confuso, mas me ajuda a encontrar a certeza, me ajuda a tirar essa confusão do nosso coração. Fica comigo! — Segurou as mãos dela com veemência. Os verdes ficaram arregalados.

— Madara, preciso... pensar — falou devagar. Puxou as mãos e abriu a porta do carro.

Madara sentiu uma pontada no peito, como se ele estivesse reduzido a nada. O que aquela garota estava fazendo com ele? Por causa dela ele começava a duvidar de seu poder, começava a se questionar se tudo aquilo que ele tinha era valoroso. De que adiantava ter tudo e não ter a mulher que ele tanto desejava?! Viu ela se afastar e entrar no mercado. Abaixou a cabeça, olhou para seu colo dentro do carro, na cabeça uma tristeza e um vazio no coração. Agora era ainda pior, tinha sentido aquele beijo, aquela boca, tinha sentido tudo. Enquanto pensava sem se incomodar com o motorista que havia assistido a tudo através do espelho retrovisor, ouviu seu telefone tocar. Sem nem um pouco de vontade, apanhou o aparelho do bolso e viu que era uma chamada de Obito.

— Fala Obito.

— Onde você está?! — Obito aparentava ter uma voz um pouco apavorada.

— Ah, eu tô... sei lá onde eu tô.

Quando Surge um DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora