Capítulo 18

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Depois que o carro dos homens de Hidan despistou o motorista de Madara, seguiu pela autoestrada. Sakura estava petrificada de medo. O homem que estava com ela no banco de trás amarrou seus pulsos e manteve uma pequena faca apontada na direção ao seu abdômen. Ela evitava se mexer e em sua cabeça muitos pensamentos passavam, como por exemplo a ideia de alcançar o celular que estava dentro do seu bolso, mas não tinha nenhuma chance de fazer isso. Pensou que aquilo devia ser um castigo por ela estar sendo uma garota má traindo Sasuke com Madara. Pensou que Madara não tinha sido cuidadoso o suficiente com ela e deixou que isso acontecesse.

Estava em completo desespero mental, como aquilo podia estar acontecendo? Sasuke havia sofrido um atentado que nada tinha a ver com ela, mas ela tinha sido perseguida junto com sua mãe por causa de uma dívida, onde as duas coisas poderiam estar ligadas? Madara já não tinha pagado a dívida? Por que agora ela estava sendo raptada, quem eram aqueles homens e o que queriam?

Enquanto um turbilhão de ideias e possibilidades importunavam sua mente, o carro entrou em uma área remota da cidade, percorreu ruas quase desertas por mais ou menos uns vinte minutos, até entrar em um pátio muito grande. O lugar parecia um conglomerado de fábricas abandonadas. Depois de mais alguns minutos, Sakura viu que entre os becos do lugar deserto havia homens armados espalhados em alguns pontos. O carro finalmente parou e o homem que estava ao seu lado colocou uma fita adesiva sobre sua boca e saiu do carro, a puxou sem muita delicadeza e segurando seus pulsos, que estavam presos para trás, a fez caminhar até entrar em um enorme galpão obscuro.

Sakura sentia seu coração pulsando dentro do peito, seus dentes chegavam a bater de medo e ela olhava ao redor sem imaginar o que estava para vir.

Um homem ruivo muito alto e forte apareceu dos fundos do lugar e caminhou em direção à ela, quando chegou junto, trocou palavras com o outro homem.

— Pacote entregue, Juugo. — O homem entregou Sakura ao ruivo.

— Estou vendo. Depois Hidan fala com você, agora pode ir. — O homem se afastou e o ruivo, que pelo jeito se chamava Juugo, segurou fortemente o braço de Sakura.

— Hum, que gatinha... — Deu uma cheirada nos cabelos de Sakura e a puxou com força. — Vai ficar aqui com a gente, gostosinha, tenho certeza que a hospedagem vai ser boa.

Sakura piscou enojada e tentou afastar seu rosto de perto do homem, que caminhava puxando-a tão forte, que seus pés quase não tocavam o chão. Depois de uma breve caminhada, chegaram a uma escadaria. Tudo era muito velho e caindo aos pedaços. Subiram uns três lances de escada e, o ruivo, antes de abrir uma porta corta fogo, prensou Sakura na parede e tentou beijá-la à força. Ele era grande, enfiou a cara no seu pescoço e alisou seu corpo todo com as mãos. Ela tentou gritar se esquecendo que sua boca estava calada pela fita. Respirou forte, narinas dilatadas em busca de ar, mas não havia o que pudesse fazer. Ele agarrou seus cabelos e puxou sua cabeça para trás, olhou dentro de seus olhos verdes extremamente apavorados e sorriu com maldade.

— Você vai foder muito aqui, todo mundo vai ficar feliz. — Ele continuaria com suas intenções, mas a porta corta fogo abriu e Deidara apareceu.

— Porra, Juugo! O Hidan tá esperando, o que cê tá fazendo? — disse furioso, arrancando Sakura das mãos dele. Puxou-a para o seu lado. — Caralho! Se você comer a menina antes dele, puta que pariu, vai ser um cara morto! Como você é burro!

— Eu não ia...

— Cala a boca! Vamo logo! — Arrastou Sakura, que tinha os olhos cheios de pavor e tentava em vão se recusar a ir onde queriam levá-la.

Deidara abriu uma porta vermelha e entrou em uma sala que mais parecia uma câmara fria, não era muito grande, as paredes tinham azulejos brancos até o teto, não havia janelas, e nas paredes Sakura pôde ver três grandes forçadores de ar, não estavam ligados e havia uma mesa com duas cadeiras no canto da parede. Um homem com um sorriso diabólico estava sentado na cadeira atrás da mesa. Ele tinha cabelos prateados ajeitados para trás e um brilho estranho no olhar, não era um olhar normal, ele realmente tinha um certo magnetismo repulsivo nos olhos.

Quando Surge um DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora