3/3
– Amor? – Rafaella chamou entrando no quarto lentamente.
– Boa noite, Rafa. Desculpe não ter falado direito com você. – Gizelly pediu da cama, Rafaella respirou fundo e encostou a porta, caminhando até a beira cama e se sentando lá.
– Está tudo bem? – Perguntou acariciando o rosto da esposa. Gizelly apenas assentiu e se inclinou, deixando um afetuoso beijo em sua esposa. – Então por que está assim? – Gizelly entortou a boca e a olhou tristemente.
– Você sabe que eu te amo, não sabe? – Rafaella sorriu e assentiu. – Por favor, confia em mim quando digo que eu amo estar ao seu lado. – Disse se pendurando no pescoço de Rafaella em um abraço apertado.
– Hey... O que houve na biblioteca, Gizelly?
– Não quero falar disso. – Confessou. – Poderia me dar o benefício da dúvida?
– Não. – Rafaella disse, fazendo Gizelly soltar-se do abraço e lhe encarar preocupada. – Não tenho dúvida nenhuma para isso. Confio em você e se você diz que não quer falar sobre isso deve ter seus motivos. – Os lábios de Gizelly tremeram e ela voltou a abraçar sua esposa.
– Casei com a melhor pessoa do mundo. – Ela disse deixando uma lágrima rolar de seu olho.
– Impossível, Amor. A melhor pessoa do mundo casou-se comigo. – Rafaella disse terna.
– Oh, Rafa... Se você soubesse o valor que tem... Se visse o quão especial consegue ser todos os dias para mim.
– Titchela, tem certeza de que está tudo bem? -- Gizelly voltou a fitá-la e assentiu.
– Mas e você, porque chegou tão cedo? – Perguntou confusa, enxugando a lágrima solitária de seu rosto. Rafaella nunca costumava chegar tão cedo em casa.
– Digamos que senti sua falta. – Falou e Gizelly sorriu sincera.
– Então quer dizer que nos outros dias em que chegava tarde não sentia a minha falta? – Perguntou vendo Rafaella ficar sem reação.
– Eu não quis dizer isso...
– Sei muito bem o tipo de saudades que teve de mim, rum. – Falou franzindo os olhos e dando um suave empurrão no ombro de Rafaella.
– Gi, não é isso... – Disse corando e colocando a mão no rosto, fazendo Gizelly gargalhar e beijá-la abruptamente. Suas mãos pararam na nuca da mais velha, acariciando a região, sentindo as línguas matando a saudade uma da outra e finalmente sugou o lábio da mais velha ainda rindo.
– Eu estou brincando, Rafaella. – Ela disse como se fosse óbvio. – Eu também morri de saudades. – Gizelly confessou passando a mão sobre a clavícula de Rafaella, como se desamassasse sua camisa.
– Certo. – Rafaella disse envergonhada e Gizelly sorriu. A maior conseguia ser ainda mais fofa envergonhada. – Amanhã temos mais uma dessas festas chatas para irmos. Se lembra? – Gizelly assentiu.
– Os vestidos chegaram hoje assim que você saiu. – Gizelly avisou. – E eu vou ter que me conter para não te beijar o tempo inteiro. Ficará ainda mais fantástica no seu vestido. – Disse animada. – Precisa vê-lo.
– E do seu, gostou? – Gizelly assentiu encantada.
– Juliette disse que o meu vestido é o mais bonito de todos, mas eu discordo. O seu é o mais bonito.
– Se quiser...
– Nem se atreva! Quero você vestida nele. – Gizelly Impôs.
-- Quando foi que você ficou tão mandona? – Rafaella perguntou rindo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Over the Rainbow (Girafa)
FanfictionOver the Rainbow é uma história romântica que se passa no século XX. A protagonista Gizelly, contrariando as regras da aristocracia a que pertence, se apaixona por Talles Gripp, um camponês da classe baixa, mas sua mãe, Márcia, deseja que a filha co...