Capítulo 41

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– Amor? – Rafaella chamou entrando no quarto lentamente.

– Boa noite, Rafa. Desculpe não ter falado direito com você. – Gizelly pediu da cama, Rafaella respirou fundo e encostou a porta, caminhando até a beira cama e se sentando lá.

– Está tudo bem? – Perguntou acariciando o rosto da esposa. Gizelly apenas assentiu e se inclinou, deixando um afetuoso beijo em sua esposa. – Então por que está assim? – Gizelly entortou a boca e a olhou tristemente.

– Você sabe que eu te amo, não sabe? – Rafaella sorriu e assentiu. – Por favor, confia em mim quando digo que eu amo estar ao seu lado. – Disse se pendurando no pescoço de Rafaella em um abraço apertado.

– Hey... O que houve na biblioteca, Gizelly?

– Não quero falar disso. – Confessou. – Poderia me dar o benefício da dúvida?

– Não. – Rafaella disse, fazendo Gizelly soltar-se do abraço e lhe encarar preocupada. – Não tenho dúvida nenhuma para isso. Confio em você e se você diz que não quer falar sobre isso deve ter seus motivos. – Os lábios de Gizelly tremeram e ela voltou a abraçar sua esposa.

– Casei com a melhor pessoa do mundo. – Ela disse deixando uma lágrima rolar de seu olho.

– Impossível, Amor. A melhor pessoa do mundo casou-se comigo. – Rafaella disse terna.

– Oh, Rafa... Se você soubesse o valor que tem... Se visse o quão especial consegue ser todos os dias para mim.

– Titchela, tem certeza de que está tudo bem? -- Gizelly voltou a fitá-la e assentiu.

– Mas e você, porque chegou tão cedo? – Perguntou confusa, enxugando a lágrima solitária de seu rosto. Rafaella nunca costumava chegar tão cedo em casa.

– Digamos que senti sua falta. – Falou e Gizelly sorriu sincera.

– Então quer dizer que nos outros dias em que chegava tarde não sentia a minha falta? – Perguntou vendo Rafaella ficar sem reação.

– Eu não quis dizer isso...

– Sei muito bem o tipo de saudades que teve de mim, rum. – Falou franzindo os olhos e dando um suave empurrão no ombro de Rafaella.

– Gi, não é isso... – Disse corando e colocando a mão no rosto, fazendo Gizelly gargalhar e beijá-la abruptamente. Suas mãos pararam na nuca da mais velha, acariciando a região, sentindo as línguas matando a saudade uma da outra e finalmente sugou o lábio da mais velha ainda rindo.

– Eu estou brincando, Rafaella. – Ela disse como se fosse óbvio. – Eu também morri de saudades. – Gizelly confessou passando a mão sobre a clavícula de Rafaella, como se desamassasse sua camisa.

– Certo. – Rafaella disse envergonhada e Gizelly sorriu. A maior conseguia ser ainda mais fofa envergonhada. – Amanhã temos mais uma dessas festas chatas para irmos. Se lembra? – Gizelly assentiu.

– Os vestidos chegaram hoje assim que você saiu. – Gizelly avisou. – E eu vou ter que me conter para não te beijar o tempo inteiro. Ficará ainda mais fantástica no seu vestido. – Disse animada. – Precisa vê-lo.

– E do seu, gostou? – Gizelly assentiu encantada.

– Juliette disse que o meu vestido é o mais bonito de todos, mas eu discordo. O seu é o mais bonito.

– Se quiser...

– Nem se atreva! Quero você vestida nele. – Gizelly Impôs.

-- Quando foi que você ficou tão mandona? – Rafaella perguntou rindo.

Over the Rainbow (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora