– Gizelly... – Rafaella murmurou sentindo Gizelly caminhar entre os beijos, fazendo-a chegar na cama. Não conseguia ter controle sobre si quando Gizelly lhe beijava daquele jeito e lhe fazia esquecer até o próprio nome. – Você precisa parar de me beijar agora... – Ela disse com a voz vacilando, entre o beijo, assim que Gizelly a fez sentar no colchão e depois a guiou para um lugar mais confortável na cama.
– Não preciso não. – Sussurrou na boca de Rafaella, mordendo seu lábio inferior.
– Podemos... – Rafaella começou, dando um último selinho em Gizelly e rindo. – Podemos conversar?
– Sobre? – Gizelly perguntou deslizando a extremidade do nariz sobre a pele do rosto de Rafaella, fazendo a mais velha suspirar e fechar os olhos para apreciar a carícia.
– Bem, você sente que precisa de algo a mais na relação?
– Algo tipo... – Rafaella corou e mordeu seu lábio inferior.
– Ontem, hm, você teve...
– Oh meu Deus, Rafaella. Não precisamos de um pênis, tudo bem? – Gizelly disse assim que percebeu ao que sua esposa se referia.
– É que... Você nunca tinha... – Gizelly riu diante da timidez súbita de sua esposa e suspirou.
– Você me levou ao limite. Me impediu de gozar quatro vezes e sim, eu contei. Tem noção do quão doloroso fica conforme você segura? – Rafaella riu e entortou a boca.
– Desculpe. – Gizelly se inclinou e deu um selinho em Rafaella.
– Não foi porque tinha um pênis, Vida. – Gizelly esclareceu. – Foi porque era com você; eram os seus toques, seus gemidos, sua respiração contra a minha pele, a sua mão me tocando e bem, você me provocou demais.
– Então não precisamos usar sempre? – Gizelly riu e negou com a cabeça.
– Por mim eu nem usaria mais. Achei bastante incômodo e não temos tato.
– Ontem você não pareceu achar incômodo. – Rafaella disse rindo, fazendo Gizelly franzir os olhos.
– Ontem eu estava excitada e você me chupou... – Gizelly disse roçando seus lábios nos de Rafaella, usando seu tom de voz que era capaz de enlouquecer a mais velha. – Bem gostoso, antes de usar ele. E depois... – Gizelly disse mordiscando a boca de sua esposa. – Me masturbou deliciosamente enquanto o usava. – Rafaella prendeu a respiração conforme as palavras saíam da boca de sua mulher.
– Nós costumávamos ser mais fofas. – Rafaella disse rindo, mas sentindo um súbito calor ao mesmo tempo após o que Gizelly havia dito. Desde o começo Gizelly sempre fora assim, desprovida de vergonha quando se tratava do que viviam no íntimo de quatro paredes.
– Nós costumávamos não transar. – Gizelly disse rindo, deslizando a vértice de seu nariz sobre a pele desnuda do pescoço de Rafaella, fazendo a maior sentir arrepios por toda a espinha.
– Gizelly... – Sua voz foi abafada pelos lábios da mais nova sobre os seus, enquanto sentia Gizelly se debruçar sobre ela. – Gizelly... – Tentou de novo, sentindo sua esposa adentrar sua camisa com uma de suas mãos. A língua da menor massageava a sua própria e a cada segundo ficava mais difícil sair dali. – Espera! – Rafaella disse de supetão, interrompendo o beijo. – Como a Jenna sabia que você supostamente tinha me traído?
– A Jenna me atrapalha até quando não está. – Gizelly sussurrou, sentindo-se levemente excitada. – Porque claramente foi ela que fez essa palhaçada toda. – Gizelly disse.
– Não temos provas, não vamos julgar ainda.
– Ah, qual é, Rafaella? – Gizelly disse indignada. – Ela mentiu dizendo que você me chamou lá em cima e depois aparece seminua se oferecendo, sabendo de coisas que não deveria saber e quando perguntei para ela se havia sido ela, bem, ela piscou para mim. Quer algo mais óbvio? Pois bem, ela é apaixonada por você, aliás, obcecada, porque paixão não costuma ser doida desse jeito.
– Ela disse que eu te chamei? – Gizelly assentiu e Rafaella franziu os olhos, ameaçando levantar da cama.
– Espera... – Gizelly disse, abraçando Rafaella para que ela não saísse dali. – Obrigada por acreditar em mim. – Murmurou sentindo o coração satisfeito.
– Sinto vergonha por ter duvidado. – Alegou. – Me perdoa?
– Bem, eu já duvidei de você e olha que eu nem estava bêbada, então digamos que descobri a dor de não ser levada a sério. – Gizelly proferiu.
– Eu só... fiquei cega de raiva. Imaginar você transando com... – Rafaella trincou o maxilar, mas relaxou ao sentir Gizelly lhe beijar o rosto.
– Já passou. – Gizelly sussurrou, tratando de amansar sua esposa. – Ninguém além de você me tocou, Rafa. – Reafirmou, segurando a mão de Rafaella e dando beijinhos pela mesma. – Sou só sua de corpo e alma. – Rafaella sorriu ao ouvir aquilo.
– Bem, então que sorte a minha. – Respondeu em meio a um riso genuíno.
– Que sorte a nossa. – Gizelly sussurrou beijando o rosto de Rafaella novamente. – Será que podemos ficar aqui e namorar mais um pouquinho? – Pediu colocando um biquinho em sua expressão, fazendo Rafaella rir.
– Só um pouquinho, "tá" bom? – Gizelly assentiu, roçando seus lábios nos de Rafaella. Sentiu a maior se inclinar e voltaram a se beijar. Gizelly, sem perder tempo voltou a introduzir sua mão por dentro da camisa de sua esposa, arfando em sua boca ao sentir a pele macia sob seu toque. – Gizelly, você anda muito tarada. – Rafaella assumiu rindo entre o beijo.
– Eu nunca disse o contrário. – Confessou rindo, sentindo Rafaella retirar sua mão de dentro de sua blusa. Bufou com o fato. – Qual o problema em querer te tocar? Você é a minha esposa. – Gizelly disse distribuindo beijos pelo pescoço da maior. – Linda e gostosa... – Mais beijos. – E acabamos de descobrir o lado sexual da vida. É normal parecer um coelho. – Disse rindo, fazendo Rafaella rir junto.
– Você teve orgasmos múltiplos ontem. – Rafaella disse.
– Exato. Ontem. – Disse como se fosse óbvio. – Hoje pretendo gozar de novo. – Falou mordiscando o lóbulo da orelha da mais velha. -- Além do mais estamos sob muito estresse, precisamos aliviar nossas tensões. -- Rafaella tornou a gargalhar com a voz de criança que Gizelly usara, lhe dando um beijinho rápido.
– Primeiro precisamos resolver isso, depois, se quiser, poderemos ficar uma semana seguida trancadas no quarto fazendo amor, parando só para dormir e comer, porque no banho provavelmente vai ter sexo também.
– Sabe que eu vou querer, não sabe? – Rafaella voltou a rir, acariciando o rosto da mais nova.
– Eu sei. Por que acha que propus isso? – Gizelly mordeu seu lábio inferior e lhe olhou sapeca.
– Nem uma rapidinha então? – Rafaella franziu os olhos segurando o riso. -- Só por via das dúvidas pergunto.
– Não. – Gizelly bufou e assentiu resignada.
– Tudo bem, mas então o que eu faço com a minha calcinha molhada? – Perguntou arqueando uma sobrancelha.
– Troca. Agora licença, preciso ir fazer uma visitinha para seu ex namoradinho. – Falou se levantando. – Fiquei sabendo que ele ainda está por aqui.
– Não acredito que está me recusando. – Gizelly disse fingindo estar magoada, mas logo se levantou e assumiu a postura séria, livre de brincadeiras. – Vou com você, Amor.
– Tem certeza? – Rafaella perguntou.
– Quem não deve não teme e por isso, sim, tenho certeza. – Gizelly disse solenemente.
– Mas já aviso... Se ele seguir com a mentira eu não serei tão boazinha. – Rafaella disse, se lembrando de todas as vezes que Gizelly temia por Talles.
– Bem, se ele seguir com a mentira, tampouco serei.
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A Rafa vai depenar um papagaio!!
Só temos mais três capítulos para a fic encerrar.
😘😘😘
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Over the Rainbow (Girafa)
FanficOver the Rainbow é uma história romântica que se passa no século XX. A protagonista Gizelly, contrariando as regras da aristocracia a que pertence, se apaixona por Talles Gripp, um camponês da classe baixa, mas sua mãe, Márcia, deseja que a filha co...