Capítulo 52

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Enquanto caminhavam em direção à Jenna, que estava na cozinha, conversando alguma coisa aleatória com Genilda e praticamente tendo ignorado o pedido de Rafaella de dar o fora da casa, Gizelly pensava em tudo que havia vivido até ali. Havia sofrido para aceitar um lindo destino. Destino este que tinha olhos tão verdes como esmeraldas e um sorriso mágico; destino esse que tinha um enorme coração e um toque tão suave que era como se algodão lhe tocasse a pele.

A mais nova até tentou, mas não conseguiu identificar o exato momento onde se apaixonou por Rafaella. Um dia simplesmente tinha certeza; nada de melhor poderia ter lhe acontecido.

– Onde está neste exato momento, minha senhora Bicalho-Kalimann? – Rafaella perguntou apertando suavemente a mão de Gizelly, parando na porta da cozinha.

– Em algum lugar entre o brilho dos seus olhos e o gosto do seu beijo. – Gizelly murmurou e Rafaella mordeu seu lábio inferior.

– Obrigada por ter me deixado entrar em seu coração. – Sussurrou, colocando uma mecha de cabelo de Gizelly atrás de sua orelha.

– O mérito é todo seu. Eu jamais deixei. – Falou rindo. – Você simplesmente entrou; se alojou aqui... – Falou segurando a mão de Rafaella e a colocou sobre seu coração. Rafaella se aproximou, sentindo os doces lábios de Gizelly esbarrarem nos seus em um suave selinho. – Hora de expulsar a bruxa. – Disse sorrindo com os olhos.

– Certo. – Rafaella disse, adentrando a cozinha. – Oh meu Deus, Gizelly, como pôde me trair? – Perguntou querendo rir, vendo Jennifer sorrir com a cena.

– Rafaella, eu juro que próxima noite te deixo dormir do seu lado da cama. – Falou rindo, vendo de soslaio Jenna franzir o cenho.

– Então tudo bem... Está perdoada. – Rafaella disse, dando um selinho em Gizelly enquanto sorria.

– Você perdoou a traição dela? – Jenna perguntou incrédula, enquanto Genilda apenas se retirou ao notar que o clima pesaria.

– Sim.

– Rafaella, ela transou com outro, na biblioteca. Como pode perdoar isso?

-- Perdoando, oras. – Jenna trancou o maxilar e inflou as narinas.

– Ótimo. Então continue beijando a boca dela após ela ter chupado a rola do ex-namorado.

– Como sabe o que ela fez, Jenna? E como sabe que foi na biblioteca? – Rafaella perguntou, vendo a loira empalidecer.

– Ele me disse. – Mentiu, vendo Gizelly rir baixinho.

– Pelo menos gostou? – Gizelly perguntou. – Porque todo esse trabalho deve ter que ter valido para algo, não acha?

– Do que está falando?

– Não precisa bancar a desentendida. Já sabemos o que fez. – Gizelly disse. – Desceu muito baixo dessa vez, Jenna. Eu realmente queria ser sua amiga; queria erguer a bandeira da paz; mas se é guerra que você queria deveria ter se lembrado que a minha esposa é a comandante.

– Rafaella, eu não sei do que ela está falando. – Rafaella suspirou ao ouvir isso.

– Eu vi o bilhete. – Rafaella assumiu, vendo o exato momento onde Jenna fechou os olhos ao perceber a estupidez de deixar sua letra conhecível.

– Eu só queria ter a chance de você me notar. -- Jenna disse, começando um choro alto.

– Se esse fosse o caso... Não acha que transando com outra pessoa faria eu te notar menos?

– O que você...

– Sabemos que transou com ele. Talles confessou. – Rafaella disse. – Olha Jenna, essa parte não me interessa, tudo bem? Com quem você decidiu ter relações e afins. A parte que me interessa é...

Over the Rainbow (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora