DOZE

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“A chama que veio até mim
Fogo encontra a gasolina
Fogo encontra a gasolina
Estou queimando viva
Eu mal posso respirar
Quando você está aqui me amando...”
Fire Meet Gasoline— Sia

LANA

NA MANHÃ SEGUINTE

Ter dormido na casa do Jaxson foi meio estranho, pois a última vez que estive aqui foi com Santiago. Naquele dia, ele me tocou e eu não consegui corresponder por que meu corpo não o queria.
Acabei dormindo com Jax, e fui rejeitada.
Só que dessa vez é diferente.
Estou aqui apenas por pena. Fui violentada, e ele teve dó de mim.
Penso no que teria acontecido se Jaxson não estivesse naquele lugar. Imagino que o pior.
Ele não me deixou ir ver dona Marieta, e explicar o ocorrido. Disse que traria minhas coisas para cá, só que eu não tenho nada fora meus documentos. Eu usava as roupas que foram da mãe e irmã do David.

Duas hora depois Jaxson chega com a expressão mais fechada que já vi.
Fico com um pouco de medo.

— Tudo bem? — pergunto baixo.
— Sente-se!
— Jax...
— Mandei você sentar.

Obedeço no automático.
Ele se acomoda na poltrona longe de mim.

— Lana, vou perguntar apenas uma vez. E ordeno que seja totalmente sincera comigo.
— E se eu não for?
— Você vai embora.
— Okay.

No fundo já imaginava que ele iria me mandar ir.

— Como você veio parar aqui em Houston?
— Dona Marieta me deu uma carona. — sou sincera.
— Como você encontrou ela?
— Eu estava andando na estrada.
— Porquê?

Respiro fundo antes de responder.

— Eu estava tentando acabar com tudo.
— O que não está me contando?
— Eu...
— Como foi que acabou apenas com a porcaria dos seus documentos? Onde estão suas coisas?
— Não tenho mais.
— Vou perguntar novamente, por quê?
— Por que eu fugi.
— De quem?
— O dono do hotel onde eu estava tentou me estuprar, eu bati nele e corri. Deu tempo apenas de pegar minha bolsa.
— Porra! Você não pensou em me procurar?
— Você tinha acabado de me chamar de prostituta, não pensei que iria querer me ajudar.
— Foi no mesmo dia?
— Sim.
— Lana...
— Olha, eu estava com medo. Mal conseguia pensar direito, a única coisa que tinha em mente era me jogar na frente de um carro.
— Menina, não diga isso.
— Dona Marieta apareceu, me ajudou. Só que eu não deveria tê-la escutado.
— Porque não?
— Devia ter terminado o que pensei.
— Tá brincando né?
— Não.
— Lana, você não teve culpa do que aconteceu. Ele é um fodido que vai ser punido.

Não discuto.
Nada do que ele disser vai tirar da minha cabeça que eu sou culpada pelo que aconteceu.

Quando eu estava na adolescência minha mãe dizia que meu corpo ainda me traria problemas.
Enquanto as outras meninas estavam se desenvolvendo, meus seios e traseiro já estavam grandes.
Chamava atenção dos homens contra minha vontade.

— Vamos sair. — ele diz de repente.
— Para onde?
— Comprar roupas.
— Mas...
— Não discuta! Você não pode continuar usando moletom, estão enormes em você.

Eu não achava ruim, pois tinham o cheiro dele.

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— Arrume tudo do seu jeito.

Jaxson coloca as sacolas sobre a cama.
Ele comprou tudo que eu precisava, roupas, calçados, lingeries e produtos de higiene.

— Obrigada.
— Você precisava.

Arrumo tudo no closet.
Estou ansiosa por um banho demorado.
Entro no banheiro, retiro minhas roupas. Acabo encarando o espelho, meu rosto está vermelho e com alguns roxos. Minhas nádegas estão melhores devido a pomada que passei.

— Logo o vermelho vai sumir. — encaro-o.
— Eu sei, só que... às lembranças estão me consumindo aos poucos.
— Se quiser posso te levar para conversar com uma psicóloga, talvez ajude.
— Acredito que seria bom.
— Amanhã irei procurar.
— Certo, obrigada.

Jaxson se aproxima, toca meu rosto com delicadeza.
Deposita um beijo na minha testa.
Meus seios doem, por atenção.

— Toque-me. — peço.
— Lana, você passou por um trauma.
— Faça-me esquecer. — imploro. — Tire o toque dele de mim, por favor.

Jaxson me toca em seus braços.
Sua boca devora a minha.
Sou pega no colo, colocada na cama. Ele se abaixa o suficiente para ficar com o rosto entre minhas pernas. Sua língua sai e brinca com meu clitóris.
Gemo, esfregando-me contra sua boca.
O prazer vai crescendo.

— Preciso de você. — puxo-o.

Ele não perde tempo em retirar suas roupas.
Em segundos está sobre mim, me dominando.

— Menina, você tem certeza?
— Não me faça pedir novamente.
— Você sabe que não sei ser delicado.
— Não seja.

Jaxson entra me arrancando gemidos altos.
Seu pau vai alargando meu canal.
Puxo-o ainda mais para mim.
Ele se movimenta com mais precisão.

— Mais rápido. — peço.
— Você gosta disso não é?
— Sim, não para.

Fecho os olhos, jogo a cabeça para trás. Ele morde minha orelha esquerda, trilha beijos por meu pescoço.

— Caralho, que boceta apertada. — grunhe.

De repente, começo a me sentir como se estivesse sendo sufocada. Não são mais as mais dele.

— Lana, concentre-se em mim. — Jaxson ruge. — É apenas eu.
— Jax...
— Isso mesmo, seu Jax.

Meu.
Encaro-o com paixão.
O gozo vem forte.
Ele arremete mais algumas vezes antes de gozar dentro de mim.
Eu congelo.
Jaxson também.
Transamos sem camisinha, e ele acabou de jogar dentro.
Um filho com ele não seria ruim, o problema é não estou pronta para ter um bebê. E sei que Jaxson também não.

MEU DESEJOOnde histórias criam vida. Descubra agora