Capítulo 8

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_ não é ruim?! Não é ruim, sério?! Você é popular, eu quero passar despercebida pela faculdade. Já não basta a merda que a escola foi e me ferram aqui também? É horrível se acharem que estou namorando um garoto escroto igual você, e que eu nem gosto! Para você pode ser bobo, mas para mim é importante _ empurro ele de leve várias vezes, irritada. Ele choca contra a parede e me olha, surpreso.

_ relaxa, vou fazer esse tempo o melhor da sua vida _ sua mão vai em direção ao meu queixo e o segura, se aproximando do meu rosto. Num reflexo, pego sua mão e a torço, fazendo Hyujin ajoelhar de costas para mim _ a-ah! Desculpa! Eu vou resolver isso, me solta, está machucando.

_ espero que resolva _ o solto e me afasto. Hyujin massageia seu braço, irritado.

_ adoro uma garota forte _ seu olhar muda. O encaro com fúria, o fazendo recuar.

_ quando não está com seu público envolta, você é bem cagão, não é? _ ajeito minha blusa amarrada a cintura e entro no prédio, sendo seguida com o olhar por Hyujin, que murmura algo, desconcertado.

Ignoro e adentro o prédio em busca de paz.

Procuro pela minha sala e, logo na frente da mesma, escuto vozes femininas.

_ Nem ouse! Você não pode colocar seu nome naquele concurso, você já sabe que a vencedora será eu, por quê tentar?

_ m-mas... Ye, se a vencedora já é você, o que custa eu apenas participar? Por favor! _ uma outra garota suplica. Espio pelo vão da porta.

_ já falei que não! Aish, garota _ a mais alta bate os pés, joga o cabelo para as costas e saca seu celular. Entro na sala e pego minha mochila e cadernos que estavam guardados debaixo da mesa. Ambas me olham com confusão e espanto, mas tento agir naturalmente e ignoro suas presenças. Sei que pensam que eu as ouvi conversar, mas não ligo para o que ouvi.

Graças a disponibilidade de livros na universidade, sempre pego livros da minha área de estudos e livros de literatura para passar meu dia. Mesmo que seja solitário, as palavras escritas num livro não me criticam ou se quer pensam mal sobre mim, um livro nem pensa. Isso por si só já é motivo suficiente para me refugiar neles.
Permaneço um certo tempo na biblioteca do local até enjoar. Quase cinco da tarde, prefiro ir para casa antes que escureça.
Registro os livros que escolhi levar para casa e, após isso, os guardo na bolsa.

Após sair do território do campus, respiro fundo me sentindo leve, então caminho até, finalmente, em casa.
O campus, no começo, era um lugar que me agradava, me chamava a atenção pelo fato de "quem ali frequenta é, normalmente, universitário, a minha maior meta", mas agora que alcancei, o melhor momento, de longe, é afastado de toda essa gente, é não me sentir deslocada numa grande universidade na qual a única pessoa que me fazia sentir incluída atualmente nem me olha apropriadamente.

Espero o sinaleiro ficar verde para pedestre e então atravesso a rua.

Após alguns minutos caminhando, paro numa pracinha infantil. Algo me chamou muito a atenção. Um lindo garoto sorria aberta e docemente ao ajudar uma criança a construir um castelinho de areia. A garota sorria, completamente a vontade. Ele fala algo para ela e a levanta, ela bagunça o cabelo do mais velho, então limpa seu calção sujo de areia e corre pegar uma pequena pá que estava jogada ao chão junto de outros brinquedos. O rapaz se levanta e ajeita o cabelo relativamente comprido. Bem, o tal garoto, desculpem o mistério, é Taehyung. Provavelmente a garota é a sua irmã na qual, em alguma conversa solta, a sitou.
Caminho até Tae, que me vê e abre um sorriso mais fofo do que antes.

_ Minju! Tudo bem? _ ele acena. O brilho em seu rosto o deixava com um ar infantil e leve. É tão reconfortante o ver assim, feliz. A felicidade genuína do garoto era tanta que contagiou-me também. Aceno de leve e paro a sua frente.

But I Still Want You - taehyung BTS {Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora