Eu preciso de Você - Eddie Munson

Capítulo 10

POV Amber

Sexta-feira chegou e com ela uma exaustão tremenda. Pretendo passar o fim de semana todo deitada, vegetando. Isso se o meu pai permitir, claro.

- Brenno, sossega menino -falo já impaciente enquanto corto um pedaço de bolo pra esse menino comer

- Por favor, tia Amber - insiste puxando a minha blusa - A mamãe não vai se importar.

- Brenno – solto a faca, me virando para ele – Nós não podemos sair, eu não combinei com a sua mãe. E além do mais – me viro novamente para o balcão, colocando o pedaço do bolo em cima do prato – Não podemos chegar assim do nada na casa do Eddie.

- Por que não? Ele é seu namorado.

- Já disse que ele não é meu namorado.

Corto outro pedaço de bolo, colocando no prato e os levo até a mesa que tem na cozinha.

- Senta e come – falo apontando para a cadeira

Ele bufa e caminha até a mesa, batendo o pé, com um bico enorme na cara.

- Olha – falo puxando a cadeira ao seu lado – Eu prometo que vou perguntar para o Eddie sobre a sua camiseta.

- Promete mesmo? – ele me olha

- Prometo, Brenno – me sento – Agora é pra comer o lanche todo.

- Tá, e eu vou pedir para a mamãe deixar a gente sair e ir ver o Eddie.

- Se ela concordar, não vejo problema. Só tenho que avisar o Eddie antes e ver se ele vai poder nos receber.

Graças a Deus, ele parou de falar um pouco no Eddie. Mas também eu entendo, o Eddie é tão carismático e foi tão incrível com o Brenno. Impossível não se encantar por esse homem. Eu só espero que o Eddie ainda se lembre da bendita camiseta que prometeu pra ele.

Saí do meu serviço e fui direto para a minha casa. Pensei em passar no mercado e comprar algo para preparar no jantar, mas hoje vou pedir uma pizza mesmo. Sem animo, nem vontade de cozinhar nada.

Estava deitada no meu quarto, ouvindo uma música no meu walkman, depois de tomar um banho relaxante, quando a porta se abre, revelando o meu pai.

- Tá surda garota!

Tiro os meus fones e me sento na cama.

- Desculpa, estava ouvindo música. Aconteceu alguma coisa?

- Eu preciso que você passe essa noite fora de casa.

Oi? Eu ouvi bem?

Eu o encaro sem saber o que responder esperando que se explique melhor, mas ele simplesmente vira as costas e sai do quarto.

- Pai...

Me levanto rápido, indo atrás dele.

- Pai – entro no seu quarto, logo atrás dele – O que o senhor quis dizer com aquilo?

- Você entendeu perfeitamente – ele caminha até o guarda-roupas, abrindo duas portas – Preciso que saia essa noite de casa.

- Como assim? O senhor quer dizer a noite toda?

- Isso mesmo – ele me olha – Eu vou receber a visita de uma mulher, e você aqui só vai atrapalhar os meus planos.

- E eu vou dormir aonde?

- Isso já não é problema meu -ele tira uma camisa de dentro do guarda-roupas – Você esse ano não está cheia de amiguinhas, vai para a casa de uma delas. Não é como se fosse a pior coisa do mundo, deveria me agradecer, afinal estou deixando que passe um tempo com seus amigos – ele me dá um sorrisinho debochado e sinto a raiva correndo pelas minhas veias