Capítulo 11

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POV Amber

Eu tive o melhor sonho da minha vida...finalmente tinha criado coragem para me declarar para o Eddie. Nós nos beijamos, senti os seus lábios sobre os meus e puta que pariu, parecia tão real, que é como se o gosto deles ainda estivesse aqui.

Sinto uma fisgada na minha cabeça e abro os olhos, a claridade me cegando, fazendo com que eu os feche rapidamente. Pisco algumas vezes, até que finalmente a minha visão vai voltando ao normal e se acostumando com a claridade. Me sento na cama e sinto o meu coração parar.

Por que eu estou no quarto do Eddie?

Será que eu ainda estou sonhando?

A porta do quarto se abre, revelando o meu metaleiro, com os cabelos bagunçados, uma carinha de sono, amaçada. Lindo.

- Bom dia, boneca. Achei que não ia acordar mais.

Ainda meio atordoada, observo o Eddie se aproximar e se sentar na beirada da cama.

- Tudo bem? - a sua mão vai de encontro com a minha – Amber? Tá de ressaca né?

- Sim...

Alguns fleches da noite anterior me vem na mente. Me lembro de estar bebendo na rua da cidade e o Eddie aparecer. Ele me trouxe para a sua casa, ficamos bebendo cerveja, e aí...O SONHO.

Arregalo os olhos, sentindo o meu rosto queimar de vergonha.

Aquilo tudo não foi um sonho?

Eu me declarei mesmo para o Eddie e ele disse que correspondia os meus sentimentos???

Meu Deus, acho que vou desmaiar.

- Ei, Amber – pisco voltando para a realidade e o Eddie me encarava com um sorrisinho – Relaxa que eu sou expert em ressaca. Vai tomar um banho, que vou preparar algo pra você comer.

- Eddie – olho em volta, vendo uma cama improvisada no chão – Você dormiu ali?

- Sim, mas não encana. Como disse, eu sei como tratar uma garota...ainda mais você.

A sua mão vai até o meu queixo, fazendo um leve carinho. Ele se levanta, saindo do quarto. Sinto a minha cabeça girar e fecho os olhos fortemente.

Aquilo tudo não foi um sonho.

Eu beijei o Eddie Munson.

- Aqui...

Escuto a voz do Eddie e abro os olhos, o vendo voltar para o quarto, segurando um copo cheio de água.

- Toma tudo, tem que se hidratar bem.

- Obrigada.

Aceito o copo de água, tomando uma boa golada. A minha boca estava seca. O vejo caminhar até o seu guarda-roupas e começar a mexer em algo nele.

- Olha só -ele se vira para mim, segurando uma camiseta e uma toalha – Vai lá tomar um banho, tem escova de dente na gaveta. Calma que logo a sua alma volta para o corpo.

Ele brinca e dou um sorrisinho. Tiro a coberta das minhas pernas e me ponho de pé, timidamente. Eddie se aproxima e pego as peças da sua mão. Caminhamos juntos para fora do quarto e ele segue para a cozinha. Me tranco no banheiro e me assusto assim que vejo o meu reflexo no espelho.

Meu cabelo está todo desgrenhado, os meus olhos estão parecendo o de um panda, todo preto. O meu rosto inchado, por conta de todo o choro de ontem.

Abro a gaveta encontrando a escova que o Eddie disse. Caminho até o chuveiro o ligando e tiro a minha roupa. E o que me chama a atenção é o roxo no meu braço. Mais uma marca que o meu pai deixou em mim.

Eu preciso de Você - Eddie MunsonOnde histórias criam vida. Descubra agora