Capítulo 13

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POV Amber

O meu sábado já começou daquele jeito, levantei cedo e comecei uma faxina em casa. Hoje à noite eu vou dormir na casa dos Mendes. Eles tem um jantar de negócio fora da cidade, e só vão voltar no dia seguinte. E como um dinheiro extra é sempre bem-vindo, é claro que eu aceitei ficar com o Brenno.

- Amber...

Escuto o meu pai me chamar e suspiro, parando de tirar o pó da estante da sala. Caminho até o seu quarto e o vejo deitado na cama.

- Algum problema?- pergunto parada na entrada do quarto

- Estava aqui pensando – ele se senta, me analisando – Você não está mentindo sobre ter que passar a noite no seu trabalho, não né?

- É claro que não, pai. Mas porque o senhor está se importando? Alguns dias atrás você mesmo me mandou passar a noite fora de casa – jogo na sua cara e ele se levanta

- Isso é diferente! – caminha na minha direção e me arrependo das minhas palavras no mesmo instante – Se eu souber que você anda se enroscando com algum moleque pela cidade, como uma vagabunda, você vai se arrepender Amber.

Eu o encaro sem saber o que responder e ele passa por mim, trombando com força no meu ombro.

Me encosto no batente da porta e penso no Eddie. É claro que esse idiota nunca aceitaria um namoro entre nós. E isso complica muito a minha vida. Quer dizer, eu nem sei se isso vai se tornar um namoro, não quero ficar criando expectativas. Mas o Eddie é tão carinhoso comigo, sempre diz que eu sou especial, não sei como fazer isso entre nós dar certo.

O telefone toca e corro para atender. Era a Max.

- Não sei se é uma boa ideia, Max.

- Qual o problema? -pergunta do outro lado da linha – Olha só, te encontro lá no vídeo família mais tarde e vamos juntas cuidar do menino.

- Ai Deus – passo a mão pelo rosto – Tá bom, Max. Olha só, eu vou desligar, tenho que terminar de limpar a casa antes de sair.

- Credo, você parece uma dona de casa, não para um segundo. Você é uma adolescente, Amber – me lembra

- Nem todos tem a mesma sorte, amiga. Até mais tarde.

Encerro a ligação e vejo o meu pai passar para a cozinha. Decido ligar para a senhora Mendes perguntando se tudo bem a Max ir e ficar um pouco comigo. Dei a desculpa de que era um trabalho da escola e ela aceitou numa boa. Quando eu consegui esse emprego, achei que seria um inferno. A princípio era passageiro, até achar algo melhor, mas agora não sei se quero sair. Se a senhora Mendes não me dispensar, penso em ficar cuidando do Brenno até o fim do ano e depois...Bom, depois eu não sei bem o que fazer da vida.

- A creche toda resolveu aparecer de uma vez -fala o Steve assim que adentro a locadora junto da Max, que mostra do dedo do meio pra ele

- Idiota!

Caminho até o balcão e me inclino, dando um beijo na sua bochecha. Olho em volta a procura da Robin, mas nem sinal dela.

- A Robin está lá no fundo... ROBIN – ele grita e faço uma careta – A SENHORA MUNSON E A SENHORA SINCLER CHEGARAM!

Arregalo os olhos ao ouvir as suas palavras e ele me dá uma risadinha. A Max vem ficar ao meu lado, fuzilando o Steve com os olhos.

- Que mané senhora Sincler o que! Tá querendo perder os dentes – ameaça e ele levanta as mãos em forma de rendição

Eu preciso de Você - Eddie MunsonOnde histórias criam vida. Descubra agora