14 - Talibã

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Gael Souza | Talibã 💸

Acordo com o barulho do carro parando, abro os olhos lentamente me dando conta de que estávamos passando da barreira indo em direção a minha casa, tô nervoso pra caralho, não tinha avisado ninguém e pedi pro Italiano também não falar.

Só quero ver a reação da minha mãe, acho que ela vai ficar felizona, tava morrendo de saudade da velha.

Italiano: Chegamos gostoso! — Afina a voz. — Não some hoje, tem resenha lá na sua mãe.

— Pode deixar minha puta, vou sumir nada. Vou ficar com a coroa e depois descer na minha nega dos cabelos cacheados. — sorrio. — E por último ir na boca, ver como está tudo e se tu merece tuas férias!

Italiano: Trabalhei igual um vadio, eu mereço.

Gargalho da cara de otario que ele fez, o italiano parece aquele ratinho lá que tem aparelho do sorrisão grandão tlgd?

— Só vou dar se eu ver que está tudo certo, agora sem reclamar mane. — dou um tapa na cabeça dele e desço do carro. — Me liga pra resenha mais tarde.

Ele assente com a cabeça e vou indo em direção a minha casa, moro mais com minha mãe do que na casa do alto do morro, o Lins é bonitão pô, entro em casa e já sinto aquele cheirinho de comida.

— O de casa dona Cátia. — grito da sala.

Caralho, pra que gritei a velha saiu correndo parecendo foguete, chega quase desmaiou e eu só sabia rir da cara de sonsa dela.

— Abraça teu filho, sua sonsa. — abro os braços pra ela, e ela vem rapidinho.

Dona Cátia: Seu filho da puta, porque não avisou que iria sair? — suspira. — Eu ia te buscar junto. — me bate com o pano de prato. — Seu vagabundo, eu vou te descer a porrada. — vejo a mesma pegar a vassoura. — Eu vou te quebrar seu ordinário.

Saio correndo e rindo.

— Para mãe, seu pretinho voltou. — Abraço a mesma e beijo a cabeça dela. — Tá tudo bem minha vida, prometo pa tu não voltar pra lá mais, fechou? — Ela assente com a cabeça e começa a chorar.

Dona Cátia: Porque não me deixou te visitar? — nego com a cabeça encarando ela serinho.

— Não é lugar pa tu mãe.

Dona Cátia: Mais pra Agnes é? — me olha desconfiada.

— Não né mãe, mais se pá tô gostando da nega. Falando nesse bagulho aí, jaja vou ir ver ela.

Dona Cátia: GAEL não machuca essa menina pelo amor de Deus, eu te arregaço seu filho da puta! — grita e eu saio correndo lá pra cima.

Tô te falando a velha é malucona.

Achei que iria ser recebido com festa levei foi porrada, quase pior que a do presídio, mais tô ligado que ela só pensa no melhor!

Ver minha mãe chorar é um bagulho que não quero ver nunca, única vez que aconteceu foi quando levaram meu irmão e ela nunca achou, diz que tenho um irmão gêmeo, mais nunca nem fui atrás.

Ainda mais agora, que minha mãe está mais suave com essa história, não quero mexer na ferida dela tlgd?

Passo um perfume já que tinha tomado banho já é desço.

— Vou na Agnes mãe, jaja volto pro almoço.

Dona Cátia: Juízo seu filho da puta.

Dou risada e saio de casa, Agnes mora um pouco acima. Vou andando mermo, logo dando de cara com a Joice.

Joice: Você voltou, vai lá em casa hoje? — diz um pouco tensa.

— Vou nada, vou ficar na minha nega ai. Depois quero desenrolar um bagulho com tu, tô sem tempo agora.

Deixo nem ela falar, continuo subindo em direção a casa da Agnes....

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