40 - Talibã

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( A vida é louca nego, e nela eu estou
só de passagem. )

Gael Souza | Talibã 💸

3 anos depois.

Da pra acreditar? Eu vou casar caralho, depois de tudo que aconteceu, tudo que passamos! Hoje eu oficialmente sai da vida do crime, tenho uma família agora e não quero eles em risco, os parceiros também saíram, somente Apólo que não, e que agora está no comando do Lins e do Chapadão.

Tô feliz pra caralho mermo, foi um ano difícil pra porra e conseguimos vencer ele, minhas crias estão lindas, são a minha cara, minhas trigêmeas pô.

A Agnes e eu estamos cada vez melhor, e pensar que a visita íntima ia mudar minha vida, mais nada se compara a aquele dia naquele hotel caro, dali veio nossas meninas.

Já a filha da Camila está cada dia mais parecida com o Italiano, até o jeito de falar.

A minha cacheada esteve comigo dos piores momentos aos melhores, e se tem alguém que eu quero ao meu lado é ela.

Saio dos meus pensamentos logo arrumando minha gravata, sorrio me olhando no espelho e ouço a porta ser aberta.

R9: Tá gostosona. - diz rindo. - Até que ela não vai fugir do casamento, se tá até que bonitinho.

Coutinho: Cadê minha afilhada. - aponto pro chão mostrando as meninas que estavam lindas de vestidinho branco, iam entrar às três levando as alianças. - Vem com padrinho, antes que teu outro padrinho entre por aquela porta e tu me troque por ele. - faz cara feia e pega a Maju.

Coutinho está namorando com o menor, foi um choque pra todo mundo mais foi suave, não temos que aceitar nada, qualquer maneira de amor vale a pena.

R9: Minha afilhada é a mais gata. - pega a Malu.

Apólo: A pronto, as menina é tudo a merma cara. - diz com a Mali no colo.

- São gatonas igual o pai. - termino de me arrumar e beijo a cabeça das minhas meninas. - Cada um pega suas afilhadas e leva pra organizadora, elas tem que ficar juntas. - eles assentem.

Vejo menor entrar enquanto os outros saem.

Menor: Está gatão, bora? - assinto.

Logo saímos dali e fomos em direção cerimônia, vejo a Camila ali e sorrio pra ela, ela iria entrar comigo.

Camila: Você está lindo. - sorri e eu olho pra barriga dela que estava enorme, ela está namorando o TZ.

- Você também está! - sorrio pra ela.

Camila: Eu estou orgulhosa de você! Cuida da Agnes. - assinto com a cabeça.

Fomos andando pelo tapete vermelho logo chegando lá na frente.

Eu tô nervosão, pqp.

Menor: Tu vai fazer um buraco no chão desse jeito porra. - da risada.

- Cadê ela que não vem logo?!

Menor: Jaja ela tá ai.

Ouço a marcha nupcial e a Agnes aparece ali, com o vestido branco enorme, com aqueles bagulho de princesa sabe?

O cabelo enorme e preto dela que eu me amarro estava solto, só tem ela aqui pra mim, ela me olha fixamente e eu faço o mesmo.

Ela vem andando junto do Apólo e eu sorrio segurando a mão dela.

Apólo: Cuida da nossa ratinha- ri.

- Pode deixar. - Sorrio. - Você está linda. - a elogio.

Agnes: Você também amor.

Logo o padre chama a nossa atenção e começa a falar várias coisas sem sentido, presto atenção quando ele diz sobre os votos. Logo as meninas entram com a aliança, acompanhada da Lavínia, beijo a cabeça das quatro e elas vão pro lado da Agnes.

Padre: Repita comigo Gael, eu Gael Souza prometo amar-te e respeitar-te todos os dias da minha vida, na alegria e na tristeza na saúde e na doença, até que a morte nos separe. - assinto e começo a fazer.

- eu Gael Souza prometo amar-te e respeitar-te todos os dias da minha vida, na alegria e na tristeza na saúde e na doença, até que a morte nos separe. - sorrio pra Agnes enquanto seguro sua mão e deslizo a aliança de ouro em seu dedo.

Padre: Repita comigoAgnes eu, Agnes Ferreira prometo amar-te e respeitar-te todos os dias da minha vida, na alegria e na tristeza na saúde e na doença, até que a morte nos separe.

Agnes: Eu, Agnes Ferreira prometo amar-te e respeitar-te todos os dias da minha vida, na alegria e na tristeza na saúde e na doença, até que a morte nos separe. - Ela sorri pra mim.

Padre: Eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva.

A puxo pro meu abraço e a beijo, enquanto acaricio seus cabelos.

- Eu te amo. - digo contra sua boca.

Agnes: Eu te amo. - sorri.

Ouço uma barulheira lá fora, logo entrando vários caras armados, me viro pra Agnes rapidamente.

- Pega as crianças e sai correndo com elas e com a Camila.

Agnes: E você? - pergunta.

- Eu vou ficar bem! - dou um selinho nela.

Assim ela faz, dessa vez eu sabia que não iria voltar pra Agnes e pras minhas filhas.

Sinto o impacto do tiro em meu peito, eu sabia que não iria resistir, no crime só tem duas saídas a cadeia ou a morte.

Menor: Porra caralho, fica acordando. - pressiona o ferimento.

- Eu não vou sair vivo daqui. - Sorrio. - Cuida das minhas meninas por mim.

"Um coração ferido, por metro quadrado quanto, mais tempo eu vou resistir. "

R9: Pressiona o ferimento, a gente cuida daqui. - Ouço os barulhos de tiro.

Coutinho: RESISTE PORRA, você tem quatro filhos pra cuidar - grita dando tapinhas em meu rosto, 4 porque trato Lavínia como minha filha.

"Meu anjo do perdão foi bom mas tá fraco."

- Eu não vou sair vivo daqui porra. - cuspo o sangue. - Promete que vocês vão cuidar delas pra mim. - eles negam. - Promete porra.

- Prometemos. - dizem em uníssono.

" Oh, aos 45 do segundo arrependido salvo e perdoado, programado pra morrer nós é. "

Coutinho: Eu prometo porra. - diz chorando. - não dorme caralho.

" O Rei dos reis, foi traído, e sangrou nessa terra. Mas ó, conforme for, se precisa, afoga no próprio sangue, assim será. "

- Não deixa elas esquecerem de mim. - digo com dificuldade. - Elas são tudo que eu tenho.

" A confiança é uma mulher ingrata,
Que te beija, e te abraça, te rouba e te mata. "

Fim.

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