Gael Souza | Talibã 💸
Acordei no susto com o celular tocando, levantei com cuidado pra não acordar a Agnes, me troquei correndo e fui pra cama.
— Ei Agnes, acorda. — Chacoalho ela. —
Agnes: Que foi? — levanta. — Está com essa cara porque?
— Está tendo invasão no morro, preciso que você fique aqui segura, tudo bem? — passo a mão na cabeça nervoso.
Agnes: Eu vou com você, espera eu me trocar. — Começa a por as roupas.
— Agnes, você tem que ficar aqui! — digo alto. — Segura ok? Eu tenho que proteger o morro e não vou conseguir com você lá. — ela me olha atenta. — Quando acabar a invasão venho te buscar.
Agnes: Tudo bem, eu.. eu eu amo você. — Sorrio com aquilo.
— Não vou te responder agora porque não gosto de ter a sensação de despedida, quando eu voltar da invasão, quando estiver tudo bem, e eu voltar pra você. Eu te respondo isso. — beijo ela. — Se cuida em.
Agnes: Volta pra mim.
— Eu sempre vou voltar pra você! —sorrio pra ela e pego a pistola em cima da cômoda do quarto.
Saio dali e deixo tudo pago na recepção, inclusive pago um dia a mais pra ela poder ficar tranquila, pego a moto e saio voando dali.
O percurso que eu faria em 1h30 mais ou menos eu fiz em 30 minutos, chego no morro e vou pela parte de estrada de barro, entro em casa no alto do morro e pego o fuzil e encaixo na bandoleira, coloco as munições atravessada nas costas e desço a rua correndo, atirando em todos os vapores que não eram daqui.
Pego o radinho na linha geral.
— Cadê vocês? Tô aqui no meio do morro, tá com contenção na casa da minha mãe? — Digo alto sem parar de atirar, a cena que eu estava presenciando nunca havia visto na vida, o tanto de moradores mortos, estava um verdadeiro caos.
Italiano: Tem gente na contenção, Apólo e os menor estão aí no meio. — suspira. — Joice e o K9 são x9, quem está invadindo é o chapadão.
— Não temos rixa com nenhum morro, porque essa porra agora? — Atiro no mano que estava na minha frente.
Italiano: Não sei mano, mais sabe que te considero pra caralho ne? — sorrio com isso. — Eu dou minha vida por você e pelos moradores.
— Eu dou minha vida por você, nada vai te acontecer está me ouvindo? Eu e você pra sempre entendeu? Você está proibido de morrer. Se for pra ser que seja eu. — ele ri.
Italiano: É isso.
— Manda um papo aí pro teu chefe. — Escuto pelo italiano. — Passa o morro dele pra mim e você fica vivo, pode ser?
Italiano: Sabe, aqui na nossa tropa não tem arrego e se for pra morrer salvando o pessoa, tô pronto
O radinho desliga e se antes eu tava de boa agora eu tô apavorado pra caralho.
Vou cortando caminho pelos becos e atirando em tudo que não é meu vapor.
— TZ e Coronel, aí está de boa? — falo no radio.
Coronel: Tá suave, ninguém avançou aqui. — respiro fundo.
— Continua na contenção da coroa. — Recarrego a arma. — Preciso de vapores comigo, vamo descer pra boca, o dono do chapadão está pra lá.
Logo chega o Apólo, Coutinho, J7 e o Leão.
Descemos pilhadão, já tinha mais de duas horas de confronto, eu estava cansado pra caralho, imagine os parceiro que estavam aqui antes de mim.
Greco: Olha se não é o dono do Lins. — Gargalha. — Passa o morro e eu deixo esse filho da puta daqui vivo. — Olho pro italiano que agora estava rindo.
— Qual foi da tua porra? — engulo saliva. — Brota com invasão no morro dos outros e ainda acha que tem moral de decidir os bagulhos? — olho pro trás vendo meus vapores rendendo os dele.
Greco: Ou tu pega e se rende e passa o morro pra mim, ou aquela vagabundinha ali morre. — Diz e logo um vapor trás a Agnes com uma arma na cabeça dela.
Caralho, mil vezes caralho.
Como acharam onde ela estava? Porra.
— A para caralho, solta os dois aí e eu deixo você sair vivo. — Observo o R9 e Coutinho ir por trás e ficar nas costas do cara que estava com a Agnes, a mesma chorava pra caralho.
Greco: Deixa eu pensar, não. Você tomou tudo que era meu por direito, ou você acha que eu não senti falta da porra de uma mãe. — olho pra ele confuso.
— De que porra tu tá falando aí? — Distraio ele enquanto os meus parceiros pegam a Agnes e em seguida o Italiano.
Greco: Vai dizer que não sabe que sou a porra do teu irmão, que a vagabunda na tua mãe não quis? — olho pra ele no ódio.
— Tu fala direito na minha mãe seu filha da puta. — vou pra cima dele enchendo ele de soco, logo escutando um barulho de tiro.
Não presto a atenção de onde o barulho do tiro veio, eu tava no ódio e sedento pelo sangue desse filho da puta, nós dois saímos rolando na porrada, paro de bater no mesmo quando ouço o grito estridente da Agnes.
Agnes: Talibã pelo amor de Deus, ajuda o Italiano. — tenta engolir o choro. — Você não pode morrer seu filho de uma puta, invejoso eu não deixo, a Cami não deixa.
— Me viro pro Italiano. — EU NÃO DEIXO VOCÊ MORRER CARALHO, OLHA PRA MIM PORRA, olha pra mim. — nem dou atenção pro Greco, pra mim só tem o italiano ali, me viro pro Greco. — Tu pega teus vapores e mete o pé daqui, isso aqui. — Aponto para os arredores. — Não acabou.
Vejo o mesmo meter o pé com os vapores e encaro a Joice e o K9 que estavam ali.
— Coutinho, leva esses filhos da puta pra salinha. — ele assente e faz o que eu pedi.
Observo o R9 chegar com o carro e coloco o Italiano la dentro. Ele estava com um tiro no peito, Agnes entra do outro lado tremendo toda enquanto faz pressão no buraco da bala.
— Apólo, cuida dos moradores que morreram e dos vapores, coringa e leão faz o balanceamento das percas e da ajuda das famílias envolvidas e dos moradores. — eles assentem.
Italiano: Li...liga pra Camila. — Ele tosse. — Diz que eu a...amo ela. — sorri pra mim. — t..te amo Talibã, tu é meu irmão.
— Para caralho voce não cai morrer e vai dizer isso pra ela! — a altura do campeonato a Agnes só chorava e eu tava perdido.
R9 dirigiu rapidão pro hospital e eu desci com o italiano no colo.
— Ajuda aqui porra, ele levou um tiro. — As enfermeiras trouxeram a maca e o levaram sala a dentro.
Enfermeira: Preciso que faça a ficha dele e espere aqui fora. — Faço o que ela pede e espero sentado ali, ela sai logo voltando pra sala que estava em seguida volta. — Ele vai passar por uma cirurgia de urgência, a bala se alojou e se espalhou ali.
Olho pra cima, e pela primeira vez na vida, orei, orei pra caralho, se o pai existe ele vai me ajudar nessa.
Agnes: Ele vai ficar bem. — abraça e faz carinho no meu cabelo. — Vai ficar tudo bem.
E foi ali, nos braços dela que me permiti chorar pela primeira vez...
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Hotel Caro [M]
FanficMas será? Tenta a última vez, não solta a palavra Me priorizar parece escolher te perder Não me deixe só, me deixe perto de você Relações ruins são bem mais fáceis de esquecer Sei que vai doer já que foi tão bom... +16 | Agnes e Talibã.