18 - Talibã

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Gael Souza | Talibã 💸

Estaciono a moto na beirada da calçada da casa da Agnes e buzino em seguida pra avisar que cheguei, desço da moto e fico em frente ao portão enquanto fico mexendo no celular esperando a margarida sair.

Rogério: Ela já está indo. — Aparece no portão. — Tu cuida da minha filha direito viu, tô de olho se fizer alguma merda eu te capo. — faz sinal de cortar a cabeça com a mão.

— Fica em paz sogrão, tá comigo está com Deus. — dou risada da careta engraçada que ele fez. — Vai descer pra resenha não?! — pergunto pensativo.

Rogério: Vou, mais quem disse que dá pra se arrumar quando se tem a Agnes em casa. — gargalhamos juntos.

Logo avisto a Agnes vindo pra cá, com aquelas calças que alarga na parte do pé preta e um cropped branco, os cachinhos soltos e um tênis preto no pé.

Agnes: Porque tenho a impressão que vocês estavam falando de mim. — arqueia a sobrancelha.

— Quem? A gente? É só impressão sua mesmo. Sua feiticeira esquisita.

Rogério: Cuida da minha filha, tô indo lá me arrumar pra ficar gostoso pras gatinhas. — pisca o olho.

— Quem perde tempo é relógio sogro. — dou risada. — Vamos? — puxo a Agnes pra perto e beijo a mesma, assim parando o beijo com alguns selinhos.

Agnes: Vamos. — Diz animada.

Ajudo a mesma a subir na moto e desço pro bar restaurante da minha mãe, paro a moto ali na frente mesmo e ajeito a pistola na cintura enquanto ponho o fuzil pra parte de dentro do estabelecimento, volto e seguro a mão da Agnes.

Agnes: Sabia que iria estar lotado.

— Porque? — arqueio a sobrancelha. — O que vai ter aqui? — pergunto vendo uma movimentação lá dentro, enquanto um pessoal arrumava o palco improvisado lá dentro.

Agnes: Oras, vai ter Pericles! — sorri.

Vejo Italiano se aproximando com Camila e puxo Agnes pra sentar no meu colo, na mesa lá de dentro.

Camila: Iii já estão assim? — me olha com cara de nojo.

— Sai daqui branquela azeda, além de roubar meu homem quer minha mulher também?! — pergunto.

Italiano: Essa horrorosa não me roubou de você amor, só estou com ela pra não sair do armário. — Faz voz de mulher.

Agnes: Deixa esses ridículos ai, já te falei amiga que o melhor casal é eu e você.

Camila: Vem cá minha gostosa. — Elas dão selinho.

— Que porra é essa? — digo em uníssono junto com o Italiano logo fechando a cara igual ele.

Agnes: oras, selinho de amigas. — da risada.

Ficamos conversando logo seu Rogério, dona Ana e minha mãe se juntaram a gente.

Minha mãe se levantou e foi ao palco logo anunciando a entrada do pericles.

Dona Cátia: Boa noite pessoal, hoje iremos celebrar a melhora da luta contra o câncer do Rogério e a volta do meu filho, Talibã ali. — Aponta pra mim. — A atração de hoje é o Pericles.

Todos batem palmas, logo vejo Joice chegar e se sentar numa mesa próxima.

Pericles: Só pra aquecer vamos começar com, até que durou.

Agnes: Ja volto. — Se levanta com a Camila e as duas se aproximam do palco improvisado e começam a cantar.

Dou risada delas duas cantando e me viro pra ficar bebendo junto com o Italiano que estava mais prestando atenção na branquela azeda do que bebendo.

Joice: Oi. — sorri. — como você está.

— Bem. — respondo seco.

Joice: Posso sentar aqui?! — aponta pra cadeira que estava o pai da Agnes, que foi lá pro meio das meninas junto com minha mãe e dona Ana.

— Tem gente pô. — levo a bebida até a boca e dou um gole.

Joice: Vai ir em casa hoje? Tô com saudade. — diz manhosa.

— Tô acompanhado! E você já sabe disso, quero manter só nossa amizade mermo, sem se pegar nem nada. — suspiro.

Joice: Já sabia que isso aconteceria, mais vai continuar indo em casa?

— Caralho Joice, já disse que não. — digo grosso. — Depois nós conversa.

Viro a cara pra ela nem dando importância pro que ela está falando, odeio esses bagulho, já tinha falado que não iria.

Me levanto da mesa com o copo na mão e vou em direção da Agnes, fico atrás dela e passo a mão com o copo na cintura dela e chego pertinho da orelha dela.

— Sempre que olho pra você
Tudo em mim vira um mar de prazer
Não consigo mais disfarçar
Desse jeito é difícil viver. — canto no ouvido dela, ela arrepia e eu sorrio com isso.

Agnes: Quero uma chance
Para abrir o teu segredo
Te levar pra longe e matar o meu desejo. — se vira de frente pra mim e olha nos meus olhos.

— Quando eu te vejo passar
A vontade é maior que o olhar
Nunca senti nada assim
É demais esse fogo sem fim. — canto perto da boca dela, a olhando em seus olhos e dou um selinho ali.

Italiano e Camila: Mata a minha sede, seja a minha nascente
Seja a minha rede, quero me deitar pra sempre
Mata a minha sede, seja a minha nascente
Seja a minha rede, quero me deitar pra sempre. — cantam agarrados um ao outro.

Péricles: E morrer de amor com você
E morrer de amor
E morrer de amor com você
E morrer de amor!

— Tô na tua neguinha. — me aproximo dela e puxo seus lábios com o dente.

Agnes: Hm... — Sorri contra minha boca. — Eu tô na sua também preto.

Ficamos a noite todinha assim, curtindo com a família, agarradinhos e cantando Péricles, nada tira a paz que eu tô sentindo com ela, pode até ser rápido, minha vida é incerta.

Mais com toda certeza eu sei que é ela quem eu quero ao meu lado!

E eu vou fazer o possível e o impossível por ela, porque depois de tudo que ela passou ela merece ser amada, e eu sei que mesmo sendo dono de um morro, eu posso proporcionar isso a ela....

Beijo os lábios dela e desço uma mão pra sua bunda e com a outra levo o copo a boca bebendo o líquido que tinha ali.

— Bora sair daqui? — cheiro o pescoço dela. — hm?

Agnes: Vamos! — se vira segurando minha mão e me puxando pra fora.

Avisto Joice olhando pra cá mais não dou muita importância, ajudo a Agnes a subir na moto e subo logo em seguida dando partida daqui, pra um hotel caro e luxuoso aqui do rio...

Hotel Caro [M]  Onde histórias criam vida. Descubra agora