Dança comigo?...

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Notas :. olá galera!!!

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Porchay? - a voz soa confusa. Se perguntando por que motivo o garoto está ali. Parado e molhado em frente à sua casa.

Mas Porchay se vira rapidamente para aquele que o chamou, e se sente de repente sem voz. Se sente sem voz e sem sentido.

O que está fazendo? Tá querendo adoecer? - a voz de Macau era preocupada e agora em passos rápidos ia até Porchay, jogando a jaqueta de couro que estava por cima da cabeça do mais novo, esse que desceu a jaqueta para os ombros - Porchay? O que você tem? Porque não responde? - Macau estava realmente preocupado.

O garoto à sua frente apenas o olhava com os olhos levemente arregalados, a respiração descompassada e o corpo úmido pela garoa.

Certo, vou ter que virar adivinha agora? - por não receber resposta nenhuma em troca, Macau continuou - Vem! Vamos entrar!! - Macau disse puxando levemente o pulso de Porchay para que o mesmo o seguisse, mas o garoto nem se moveu do lugar - Porchay?!

Eu aceito - Chay disse pela primeira vez desde que viu Macau. Sua mente tenta organizar o que deve ser dito.

Então vamos! - Macau disse puxando o pulso do garoto de novo. Mas Porchay se manteve firme no lugar e Macau soltou o pulso de Chay e olhou para o garoto como se o mesmo fosse uma incógnita.

Eu aceito dançar com você - Macau fez uma careta engraçada e cruzou os braços sobre o peito.

Isso é alguma piada? - perguntou quase rindo da situação. Aquilo era loucura.

Você me chamou para dançar e eu estou dizendo que eu aceito.

— Eu te chamei pra dançar dois dias atrás Porchay - Macau se sente feliz por Porchay está ali, é claro. Apesar de molhado e em um estado que Macau preferiria que o mais novo não estivesse por se preocupar tanto com ele, ele ainda se sente feliz. Mas chamar para dançar era outra coisa. Ainda mais para dançar algo que dois dias atrás ele recusou. Recusou porque com certeza Porchay o considera apenas como uma segunda opção.

— Não me chama de Porchay - disse baixinho, olhando para os pés

O que? - não havia entendido.

— Eu disse para não me chamar de Porchay

— É seu nome - disse simplista e o mais novo respirou fundo tomando coragem antes de prosseguir.

Me chame de bela aurora, me chama de Chay, me chame de qualquer coisa que não faça parecer que somos tão distantes - o mais novo respirou profundo, colocando seus braços na jaqueta que estava nos seus ombros - Eu sinto muito. Eu sinto tanto Cau - sua voz saiu embargada por tentar falar sobre algo que o quebra - Me desculpe mais na verdade quem eu amo é você.

Macau arregalou os olhos com a fala. Esse estava sendo com certeza um dia de revelações.

Eu amo você e não é de agora. Não é de hoje, não é de ontem, na verdade é de mais de dois anos atrás. Te amo não pela primeira vez, não pela segunda, mas por todas as vezes em que eu já bati meus olhos em você. Droga Cau... Eu te amo tanto - Porchay disse com um sorriso nos lábios, se sentindo confiante para continuar com sua declaração - Eu sei que você pensou que na verdade era o Kim e eu também pensei por um tempo, porque eu pensei que seria o melhor para mim. Mas cara, você já viu o jeito que eu te olho? Você já viu o penhasco que eu tenho por você? Você já sentiu meu coração acelerado ou viu a diferença quando estou apenas com você? - Porchay se aproximou de Macau ficando poucos centimetros dele, mas ainda sem tocá-lo - Eu fui um idiota de não ter aceitado o seu convite. Eu fui um idiota de não ter dançando com você naquele baile, mas eu definitivamente não posso mais continuar agindo como um idiota. Então dance comigo, Cau?! Dance a nossa música comigo... Você aceita? - Chay esticou sua mão para que Macau a pegasse.

O mais velho olhou para a mão estendida em sua direção com os olhos brilhando pelas lágrimas que queriam ser derramadas. E depois para os olhos de Porchay. E droga... ele correu.

Sim, correu.

Passou pelo portão de sua própria casa e sumiu para a casa afora. Deixando Porchay sozinho naquela garoa. Sem entender nada e sentindo que perdeu o cara por quem é apaixonado.

Te amar novamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora