Notas:. O que eu estou fazendo acordada até agora?? Eu também não sei :0 klklklklklklkl
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
P.O.V Macau...
Desde que veio à tona a "maldição dos primos", ela me atormenta.
Sim, me atormenta.
Pois apesar de ser da forma que eu sou, digo, fico com quem eu desejo ficar, eu não sou o tipo de pessoa fechada para o amor e sempre me permiti amar quando fosse a hora. Mas bom... isso foi ficando cada vez mais escasso quando as vezes que eu entreguei meu coração para alguém esse alguém se apaixonou por Kim.
Mas de repente estar aqui no quarto de Kim ouvindo como tudo de fato aconteceu, me deixa mais do que confuso, mas principalmente aliviado.
Kim conta tudo chorando. Desde seu amor oculto por mim até o querer a minha felicidade e fazer com que eu não acredite mais nessa merda toda.
— Por favor, me perdoa Cau. Eu juro que nunca quis de fato você sofrendo, mas quando a gente fica apaixonado a gente parece ficar burro também - Kim fala ainda chorando e com a cabeça baixa. Ele age como se eu estivesse nervoso. Acho que meu silêncio está deixando-o nervoso - Por favor, me perdoe. Eu aprendi a deixar isso de lado e se quiser saber eu tenho conseguido. Eu não quero que você fique com raiva de mim apesar de eu merecer que você fique...
Não deixo ele terminar e o abraço.
Me deixa em agonia pensar que Kim está se culpando por algo que ele não tem culpa.
Me deixa em agonia ver ele chorando assim e pior ainda, me deixa em agonia saber que ele teve que sustentar tudo isso que ele sentia por tanto tempo.
— Xiii - digo tentando acalmá-lo. Afago o cabelo comprido de Kim tentando fazer com que ele se acalme e deixe de murmurar pedidos de desculpas - Vai ficar tudo bem. Fica tranquilo.
— Eu não deveria ter feito isso. Eu não podia ter feito você acreditar que a maldição era real - ele diz afastando seu rosto de meu peito para me olhar. Seguro em seu rosto buscando o olhar dele.
— Tá tudo bem. Você se arrependeu e isso é tudo o que me importa agora. Eu jamais seria capaz de te julgar ou brigar com você, você sabe disso - tento dizer o mais calmo que consigo para não assustá-lo - Nós não escolhemos por quem nos apaixonamos Kim. Não seria porque somos primos que isso iria mudar. Eu te perdoo e faço isso mil vezes se precisar - o puxo para um abraço novamente - Mas você também tem que fazer isso por você. Precisa deixar tudo isso apenas como uma experiência.
Ficamos abraçados por mais um tempo, até eu sentir que Kim estava mais calmo.
Ainda em silêncio o ajudei a ir até a cama e se deitar. O cobri até o pescoço e me sentei ao seu lado fazendo um leve carinho nos cabelos. Depois de um tempo lutando contra o sono, Kim acaba sendo vencido. E então seus olhos fecham. Sua respiração tranquilizando e o rastro de lágrimas ainda pelo seu rosto.
Deixo um beijo em sua têmpora. Saio do quarto depois de apagar a luz.
Assim quando fecho a porta, tudo o que aconteceu ali dentro me atinge em cheio.
Ainda sinto pena do meu primo. Como o destino por vezes é sacana.
Como as coisas podem se tornarem tão confusas assim de uma hora para outra. Não consigo fazer com que a primeira lágrima deixe de escorrer em meu rosto.
Droga... Eu sempre acreditei tanto nessa maldição e agora pode ser que eu tenha magoado tanto à Porchay pelas minhas decisões.
Mas o que eu poderia fazer??
As consequências que eu teria ao falar o que eu tenho sentido por Porchay seria grande.
Outra vez o coração quebrado seria a pior delas.
Mas se a maldição não existe e Kim foi embora deixando o Porchay para trás, por que ainda sim, ele se recusou a ter uma dança comigo?
Tsc... Talvez seja isso...
Talvez não precisasse de maldição nenhuma para o Porchay parar de gostar de mim e começar a gostar do Kim. A chance que eu tive com ele já se foi a partir do dia em que eu lancei a carta dele no lixo.
Mas o que eu poderia fazer?? A Carta permanece comigo até hoje, mas não é como se Porchay soubesse. E mesmo se soubesse, será que iria fazer alguma diferença??
O grande problema é que a maldição me paralisou de tantas formas, que naquele momento eu não vi outra alternativa senão jogar aquela carta no lixo. Como eu poderia corresponder ao Porchay? Como eu poderia me entregar a ele só para no momento seguinte eu o perder para Kim?? Eu não poderia. Eu não pude e creio que ainda não posso.
Mas agora veio à tona que essa maldição é apenas uma grande mentira.
E eu não sei como explicar tudo isso para Porchay.
E mesmo se eu explicasse, será que ele iria gostar de mim??
Será que ele iria gostar de mim da mesma forma que gosta de Kim?
Droga... ele ia dizer algo na arquibancada. Mas de repente a ideia dele dizer que sente algo por mim como um amigo ou como uma segunda opção me afligiu tanto que a minha única reação foi interromper sua fala com um beijo.
...
Decido respirar fundo limpando a mente e o coração, caminhando para fora da casa de meu tio para ir para a minha. Os chuviscos caindo por meu corpo me deixando gelado e com um leve frio. No céu não há estrelas. Apenas uma linda lua sendo parcialmente coberta por nuvens soltas na imensidão daquele céu.
Respirando profundamente vejo aquele que tem meu coração parado em meu portão.
— Porchay?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Te amar novamente
FanficPorchay sente que apesar do desfecho da história com sua antiga paixão não ter sido uma das melhores, o universo quer fazê-lo se apaixonar de novo. E pelo visto, pela mesma pessoa. Versão Macau e Porchay.