Te amar novamente

Viver no agora...

Notas:. Último capítulo galera. Foi ótimo escrever essa história, sério. Foi uma das histórias que eu mais interagi com os leitores e isso me deu um gás danado. amei. enfim. espero que vcs tenham gostado tanto quanto eu gostei de escrever, as vezes eu pego lendo essa história como se eu nem fosse a autora.... (_elogiando a própria obra, enfim_) .... Nos vemos na próxima kllkklklkl

Terá de dois a três capítulos  especial, deles como namoradinhos. Mas isso é mais para frente ok, galera.

É isso, boa leitura...----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Eu estava deitado sobre o peito nu de Macau. Ele fazia desenhos imaginários com a ponta dos dedos em minhas costas nua para que eu pudesse adivinhar. Depois da nossa sessão de beijos ter esquentado ao ponto de ficarmos sem blusas, decidimos permanecer assim, deitados e conversando. Até um momento silencioso e confortante pairar entre nós dois. E a paz do momento me fez perceber que Macau desenhava com as pontas dos dedos em minha pele.

Desde então, o que eu suponho que já deve ter se passado dez minutos, tenho tentado adivinhar esses desenhos em minhas costas.

— Oh... isso é fácil. Um coração.

— Errou... é uma bunda.

— tsc... para de mentir - solto um riso.

— Ok!! É realmente um coração - olho para cima e encontro o sorriso contagiante de Macau. Olhando por um lado, seria totalmente impossível não se apaixonar por Macau. Eu mesmo consegui a proeza de fazer isso duas vezes. Dou um beijo em seu maxilar.

— Você sabia que eu já me apaixonei por você duas vezes?! - eu disse encostando a cabeça novamente no peito de Macau.

— Hunrum

— Foi quando eu estava no primeiro ano. Então eu te - paro rapidamente a minha fala - Peraí, você concordou?

— Sim - ele diz simplista

— Explica-se - digo, logo após me sentar na cama com as pernas de índio. Macau tem um sorriso nos lábios. Permaneceu deitado me olhando, agora com os braços atrás da cabeça.

— Eu recebi sua carta. Na verdade, quando eu recebi eu não sabia que era sua, mas aí você passou correndo por mim no corredor e eu tenho quase a certeza absoluta que te vi chorando - ele apertou os olhos como se tivesse entrando em uma conclusão. Falava tudo sem me olhar - Supus que era você depois de ver essa cena e me lembrar de ter te visto em horário de aula de uma forma muito suspeita perto dos armários - Macau disse de forma calma.

Estou bastante em choque com o que ele diz e decepcionado de uma certa forma.

— Então você sabia desde o início? - não consigo evitar o desgosto na voz - E por que agiu daquela forma? Porque apenas jogou fora sem nem se importar?

Macau respira fundo. Parece pensar no que vai falar. Mas ainda sem falar nada ele se levanta e se encaminha até uma escrivaninha. Puxa a gaveta e retira um papel. E ainda que muitos anos tenham se passado, eu ainda reconheço aquele papel verde água enfeitado à mão.

Macau se senta na beirada da cama e me entrega o papel.

Ele está com algumas marcas, mostrando que foi amassado a uns anos atrás.

— Eu peguei de volta assim que você se foi. Como eu disse... só me toquei que era seu depois de já ter jogado ele fora - Macau diz observando cada movimento meu. Como se estivesse me analisando.

— Eu não entendo - digo ainda olhando o papel em minha mão - Então porque não disse para mim que não queria nada, sei lá, talvez tivesse doído menos. Talvez uma explicação fosse melhor do que ter agido somente daquela forma. Independente se fosse uma carta minha ou não, foi tão ruim ver aquela carta sendo jogada no lixo como se fosse nada. E droga... você se aproximou de mim sabendo disso? Você sabia que eu já gostava de você, é isso?? - acabo falando rápido demais por pensar em tal hipótese.

— Como eu poderia falar algo? Eu já te disse que você é exatamente a pessoa por quem eu me apaixonaria. Não te rejeitei por que quis, fiz isso porque droga... estava correndo o boato da maldição dos primos, e até aquele momento, realmente era o que estava acontecendo. Quando me aproximei de você não foi porque eu planejei eu nem sabia suas intenções com o Kim até aquele dia. Eu realmente só agi por preocupação ao te ver quase cair. Quando eu vi que você iria se declarar para o Kim, eu só pensei, que na verdade a maldição estava se cumprido. Você gostava de mim, depois se declarou e então passou a gostar do Kim, ponto - Macau bufou, jogou o cabelo para trás e voltou sua atenção para mim - Eu só não queria me envolver com você e ter que te perder para o Kim. O que foi uma baita tolice minha. Porque agora eu entendo que mesmo que no final você não esteja comigo, eu já me sinto muito feliz por ter esses momentos com você.

Me lanço para frente para poder beijar os lábios de Macau. Quando me separo, deixo nossas testas encostadas.

— Eu não sei se mesmo com uma maldição eu seria capaz de me apaixonar por outro alguém como eu me apaixonei por você - digo beijando a ponta de seu nariz.

— Isso é você quem tá dizendo - ele diz sorrindo, me puxando para o colo dele em um abraço.

— Eu quero que no final eu esteja contigo. E se for o contrário, eu vou querer então para sempre viver no agora.

— Tão clichê - Macau diz me olhando com tanto amor estampado nos olhos.

— Eu sei que você também é - digo dando um beijo em sua bochecha.

— Sim, eu sou. E eu te amo - Cau diz apertando um pouco minha cintura.

Eu definitivamente não sei como serão as coisas daqui para frente. Não sei como será meu último ano no ensino médio e como eu e Macau iremos fazer para sustentar algo a distância. Mas eu definitivamente quero aproveitar o tempo em que estivermos juntos.

Quero aproveitar tudo aquilo que não conseguimos aproveitar tanto por sermos tão inseguros e cabeça dura.

Quero aproveitar o tempo que temos nos beijando, nos conhecendo, saindo e fazendo tudo que desejarmos. E ao olhar nesses olhos que tanto me cativa, eu sinto que é exatamente isso que Macau quer também.

E se algum obstáculo vier novamente, eu sei que iremos enfrentar e passar por tudo. Se nós vencemos a maldição podemos vencer qualquer outra coisa. Porque no final, Eu Amarei Macau Novamente.

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