Te amar novamente

Um covarde...

Notas:. E o meu plano de postar essa história toda antes de agosto acabar foi por água abaixo srsrrsrs Penah...

Mas enfim, esse é o capítulo mais corrido e desleixado, de certa forma, que eu fiz. Então se tiver algum erro e etecetra, etecetra, eu peço sorry de uma vez... Alguma hora eu passo uma revisão...

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P.O.V autora....

Macau havia chegado no baile antes de Kim e Porchay. Então quando ambos entraram ele pode sentir claramente a potência do baque que a visão de Porchay entrando por aquelas portas do ginásio o causou.

Porchay estava no mínimo magnífico.

Macau demorou um pouco com seu olhar sobre Porchay de longe até ter sua atenção chamada.

— Que tal me tirar pra' essa dança? - Malia disse se levantando e estendendo as mãos para Macau, esse que pegou nas mãos da garota que estava em sua frente.

Agora na pista de dança, Macau levou suas mãos de forma respeitosa para os quadris da garota, enquanto a mesma envolveu a nuca de Macau com os braços. O ritmo da música soando de forma mais do que agradável para ambos.

O mesmo ritmo que fez Macau, mesmo estando ali dançando com Malia, navegar em uma mistura de confusão e questionamentos de seus sentimentos...

O que ele sentia por Porchay?

Macau não sabe nomear, mas sente que com certeza é algo relacionado com amor. Só "isso" poderia ser a explicação perfeita para suas emoções parecerem tão afloradas dessa forma...

Macau leva a sua mente na primeira vez que viu Porchay...

Pensando bem agora, se arrepende de não ter dado a devida atenção a toda a beleza e inocência do garoto quando o olhava.

Se lembra dele entrando no enorme colégio como um gatinho amedrontado. Ele tinha os olhos atentos a tudo e ao mesmo tempo evitava olhar tanto para as pessoas, sempre desviando o olhar. Segurava as alças de suas mochilas com tanta força que Macau podia jurar que em uma hora viu a ponta dos dedos do garoto ficarem branca.

Se lembra das vezes que explicava, e até mesmo quando apenas era a vez de Malia falar, os olhos do garoto brilhando em sua direção e sempre desviando quando os olhos de ambos garotos se encontravam.

Mas ainda sim, Macau se lembra de apenas deixar tudo para lá. Não é como se aquelas ações tivessem feito seu coração acelerar. E de fato não fizeram, os olhos de Macau estavam concentrados demais nos de Kim para reparar em qualquer outro alguém ao seu redor.

Kim... Sempre quando para pra pensar em Kim, sua mente traíra o leva para o mês em que tudo parecia um belo de um sonho.

Mesmo depois de praticamente dizer para o primo que a relação deles era errada, Macau ainda continuou com aquela sensação de que talvez estivesse fazendo a coisa errada. Mas o que ele poderia fazer? Ter uma relação com Kim significava enfrentar lutas demais. Lutas que poderiam não dar em nada. Lutas que Macau se sentia covarde demais para enfrentar.

Macau não discutiu nem mesmo a respeito do seu futuro profissional, simplesmente aceitando o que os outros impõe para si, imagina só se discutiria para ter um relacionamento sério com seu primo.

Não, não... Isso ele não poderia fazer. Então por isso, que mesmo com pesar, desfez todo indício de relacionamento que estava aflorando entre ele e Kim.

Macau já pensou uma vez se tivesse coragem para lutar por aquilo que outrora tiveram, Kim também faria o mesmo?!

Que pergunta besta. É claro que faria. Kim sempre foi assim tão destemido e de opinião quando o assunto era seguir seu coração. Apenas Macau que fora o covarde da história.

E de novo Macau estava sendo covarde.

Apesar de não ter se apaixonado por Porchay assim da noite para o dia ( na verdade foi um processo bem lento na opinião de Macau ), o mais velho sente que agora as coisas com certeza já não funcionavam mais da mesma forma.

Sentia algo por Porchay e estava sendo um tolo por dar ouvidos a uma maldição...

Mas droga, gostava tanto de Love e a mesma se apaixonou por seu primo e não somente isso, o beijou também. Seu coração estava recuperado agora, graças ao próprio Kim, mas ainda sim, existia ali uma cicatriz para sempre o lembrar de como tudo pode de repente mudar para pior.

Macau se lembra de como aquela cicatriz em seu coração deu uma fisgada como um machucado recém aberto, quando um amigo fez uma observação de que um garoto parecia ser um fanboy seu de tanto que o olhava. Macau se lembra de ter olhado para o garoto e como de repente viu que tudo estava em câmera lenta.

A fisgada no peito, o sol banhando aquela pele enquanto tinha o sorriso mais doce nos lábios, os cabelos pretinhos e brilhantes e bagunçados, mas ainda sim tão lindos simplesmente porque era ele. O garoto que fez Macau o nomear de bela aurora porque de repente parecia o certo nomear o garoto sem nome com algo com que ele se parecesse. A manhã de sol mais quente. O garoto que fez Macau sentir raiva da maldição, porque aquele garoto, com certeza era o tipo de garoto por quem ele se apaixonaria. E por ele ser exatamente o tipo de garoto por quem ele se apaixonaria, Macau se viu na obrigação de se manter distante.

E se manter distante, significava recusar a declaração anônima do garoto, mesmo que Macau na verdade não tenha de fato recusado.

Droga...

Pela primeira vez Macau queria ter a preferência de que o primeiro a receber uma declaração de alguém fosse Kim, desde que esse alguém a se declarar fosse Porchay. Porque dessa forma, Macau poderia ter uma esperança de que talvez, apenas talvez, Porchay se apaixonasse por si.

Mas ali estava ele sendo covarde mais uma vez em sua vida. Sem coragem demais para se declarar e ouvir Porchay dizendo que ''apesar deles terem se beijado ele ainda permanece apaixonado por Kim''. Macau com certeza não quer ouvir isso. E nem deixar a amizade estranha depois dessa resposta constrangedora... Então é por isso, que prefere continuar assim...