seis

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Mingi piscou, acordando ao som de seu alarme. Levou um momento para registrar o peso em seu peito que estava dificultando alcançar o celular.

Yunho.

Mingi sorriu enquanto desligou o alarme e deixou as memórias da noite anterior tomarem conta dele.

Ele tinha feito isso! Ficou com sucesso com um homem em Seul. Um homem que ele gostava. Um homem que agora estava nu e dormindo profundamente em sua cama, enrolado contra ele.

Mas, Mingi tinha que sair. Porra. O carro estaria na sua porta em quarenta minutos no máximo. Ele suspirou e se virou para afundar seu nariz nos cabelos macios de Yunho antes de sair debaixo dele. Yunho fez um pequeno ruído de protesto sonolento, mas imediatamente voltou a dormir. Mingi tomou um banho rápido e estava no quarto, vestindo sua camiseta, quando ouviu um farfalhar.

ㅡ Ei... ㅡ disse Yunho ainda grogue. Ele estava apoiado em um cotovelo, seu cabelo bagunçado e um olho estava fechado. Adorável...

ㅡ Desculpe se acordei você. Eu preciso ir, mas você pode continuar dormindo se quiser.

Nah, eu preciso ir....

ㅡ Você vai trabalhar hoje?

ㅡ Não. Se eu fosse estaria atrasado uma hora atrás. Apenas... Eu vou pra casa.

ㅡ Certo.

Yunho já estava fora da cama, reunindo suas roupas do chão. Ele se vestiu rapidamente e foi ao banheiro. Mingi exalou. Aquele era um território desconhecido para ele. Yunho não era seu namorado, mas ele também não queria que fosse apenas um caso de uma noite. Pelo menos, não pra ele...

ㅡ Vou trabalhar amanhã. ㅡ disse Yunho quando saiu do banheiro. Ele parecia tão inseguro quanto Mingi. ㅡ Você joga amanhã à noite, certo?

ㅡ Sim. E sábado.

ㅡ Bem, acho que te vejo amanhã de manhã? A menos que você ache que aquele smoothie mágico não está funcionando mais.

Mingi sorriu.

ㅡ Acho que ainda está funcionando. Vejo você amanhã então.

ㅡ Ok ㅡ Yunho assentiu e saiu do quarto com Mingi o seguindo. Ele observou Yunho pegar seu casaco, a sua mochila e calçar seus tênis. Quando terminou, ele se virou para Mingi, afastando o cabelo bagunçado da testa. ㅡ Então... Bom treino.

ㅡ Obrigado. ㅡ Mingi franziu a testa.

Por que isso é tão estranho?

ㅡ Até amanhã de manhã?

ㅡ Sim. Amanhã.

Foda-se.

Mingi foi até Yunho e o beijou. Ele segurou o rosto dele entre as mãos e tentou lhe mostrar o que estava sentindo, já que não podia dizer a ele. Yunho pareceu ouvi-lo, porque retribuiu o beijo com fervor e Mingi teve que se conter para não pressionar Yunho contra a parede, desabotoar sua calça e...

ㅡ Te vejo...ㅡ Yunho disse, murmurando as palavras contra os lábios de Mingi. ㅡ Amanhã.

Mingi relutantemente o deixou ir. Ele queria acompanhá-lo até a porta da frente, mas não havia necessidade. Yunho não precisava dos códigos para sair do prédio, além disso, era melhor que ninguém os visse juntos tão cedo pela manhã. Depois que Yunho foi embora, Mingi se deixou encostar na parede, xingando sobre o quão difícil era viver assim. Não era apenas ser gay ou ser famoso. Eram as duas coisas combinadas e saber que não era possível ser abertamente quem ele era em sua linha de trabalho.

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