capítulo 6 - Help me

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Capítulo 6 - Help me.

Abro meus olhos com dificuldade, um cheiro ácido preenche meu corpo, aumentando a dor que começo a sentir, tal que se espalha por todo o meu corpo, como uma ardência. Pisco duas vezes meus olhos que estão borrados pela dor, assim vejo aquele maldito Toneri falando algo:

— Toneri isso é errado, ele vai matar todos nós. — Diz alguém. As vozes estão longe e minha visão meio turva.

— Olha o estado de molenga, até parece que ele vai fazer algo contra nós. — Essa eu reconheço muito bem. É o maldito do lobo.
— Ele...ele tá acordado. — Alguém diz. Vejo turvamente aquele lobo se aproximar.
— Olha só, o molenga acordou. — Percebo que estou preso por correntes, elas estão revestidas com aconito vermelho. O único aconico que pode me matar. Estou esticado sem camisa ou sapato, só com minha calsa ainda em trapos, meu corpo está todo cortado, usaram ervas clorificas em mim, maldito Menma, Maldito Toneri.
— Acha...Acha que vai me matar? — Reuno minhas forças, não que eu tenha muitas.
— Olha o seu estado, está quase morto. — Rosno para ele. Maldito. — Está irritadinho? Acha mesmo que vai sobreviver? Quem não é pario para você agora?
Tantas perguntas irônicas.
Tantas palavras.
Tantos sons.
Quero mata-lo, vou mata-lo.
Sinto meu auto controle ir embora, e minha parte selvagem aos poucos dominar o meu corpo.
— Cala a boca. — Digo. E com toda a força que eu tenho puxo meus braços naquelas correntes. Toneri ri.
— Acha mesmo que vai se soltar? — O deboche em sua voz só me dá mais raiva. Puxo com mais força e um dos meus braços se solta. Sinto em minha boca meus caninos se tornando mais pontudos. Faço a mesma coisa do outro lado, e não demora muito para meus pés serem soltos também. Vejo os olhos daqueles caras arregados.
Estou fraco. Muito fraco. Mas eu posso fazer isso, posso me transformar em lobo, ou em vampiro.
Coloco a mão no meus peito, sinto uma pontada forte demais.
Merda.
O veneno está indo para meu coração, preciso sair daqui o mais rápido possível. Olho para eles, sou tribido, não vou deixar que eles achem que vão me matar. Me levanto, com meus olhos brilhando a fúria e com velocidade primeiro ataco Toneri, tomando seu sangue, ele grita de dor, o largo quando não há nada a beber, mas antes tiro sua cabeça para que não tenha chance dele estar vivo e faço isso com o outro que estava lá, não sei quem era, só sei que agora está morto.
Vou forjar minha morte, usando o corpo do outro, com as forças que me resta transformo o corpo dele igual ao meu, algo simples mas vai ser útil e mudo a causa da morte, aplico com dificuldade as ervas nele.
Eu já estava ofegante, sentindo meu corpo recusar-se a funcionar. Vou com dificuldade saindo dessa casinha imunda. Vejo que é no meio do nada e dúvido que seja na alcatéia desse lugar.
Vou mancando para fora, sentindo cada parte do meu corpo pedir para eu parar, mas não vou parar, se eu não me salvar ninguém vai fazer isso.
Começo a tossir, mas mesmo assim não paro. Olho para trás e vejo que já estou longe daquele lugar, não paro, eu preciso...preciso...preciso ir para casa, isso ir para casa...
Ah! Merda, a dor no peito está mais forte, como uma fisgada da morte. Não posso morrer assim, aqui, agora, não posso, é humilhação demais.
Tropeço e caiu no chão, sentindo meu corpo adormecer. Eu preciso tirar o veneno, mas não há nada aqui para eu fazer isso. Devia ter feito isso em vez de sair andando.
Merda.
Merda.
Merda.
Preciso pensar, pensa o que você pode fazer para se salvar?
Merda.
Eu não vou conseguir fazer isso sozinho, eu preciso de ajuda. Ninguém virá me ajudar, ninguém se importa a esse nível.
Começo a sentir minha consciência se ir aos poucos minha visão vai ficando turva. Começo a ver algo andando....não correndo em minha direção. Esse cheiro...esse cheiro...
— Naruto? — Diz aquela voz.
— Tire...tire o veneno....— Sussurro, aqueles olhos me olham preocupado, como se ela se importasse mesmo.
— Como? — Sua voz soava a desespero. Não consigo responde-lá porquê desmaio.

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