Capítulo 10 - Please, Let me dead

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Aviso, este capítulo tem menção a depressão.

Hinata.


A dois anos atrás meu pai não era assim, para falar a verdade era um homem sóbrio e odiava bebida, mas após a morte da minha mãe ele mudou totalmente, tinha vezes que ele não conseguia olhar no meu rosto por ser muito parecido com o dela. Ao longo do tempo ele foi se afundando na mágoa e na bebida.

Eu já tentei leva-lo em clínicas para ajuda-lo, mas não deu em nada, ele não quis mais ir, e se infornou no trabalho. Minha irmã decidiu que não ia mais viver aqui e se sumiu, Neji meu primo ,foi para o Amazonas com a família da mãe e nunca mais deram sinal de vida, não sei como a Hana se sustenta e se ainda está viva, todas as tentativas de contato ela ignorou. Eu ainda sinto falta dela.

Foi nessa época que eu tive meus picos depressivos, isso é um assunto muito delicado, eu me trato com remédios fortes, com efeitos fortes, por causa deles eu acabei emagressendo demais. Mas eles me ajudam a não pensar tanto em certas coisas e continuar a nadar.

Essa era uma frase que minha mãe sempre dizia a mim:

"Continue a nadar Hinata, você vai ver como a vida é boa"

Ela me dizia isso todos os dias e quando ela estava viva, a vida era boa e as cores tinham mais luz. Antes dela morrer pintar tinha sentido.

Desde da morte dela não consigo mais ficar no escuro, preciso dormir com minha luz acesa, mesmo que normalmente eu não consiga dormir.
Eu ia sair, mas eu decidi ficar, meu ânimo evaporou ao ver meu pai daquele jeito novamente.
Olho para o teto de madeira, sinto uns pozinhos de cupim cairem em meu rosto, suspiro, fico olhando para o teto, talvez esperando a soluções dos meus problemas cairem dele.

Olho para o teto de madeira, sinto uns pozinhos de cupim cairem em meu rosto, suspiro, fico olhando para o teto, talvez esperando a soluções dos meus problemas cairem dele

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Não consegui dormir, normalmente eu não consigo. Quando consigo pesadelos me assombram, eu tento e muito fingir que estou bem, mesmo sendo difícil.

Respiro fundo, ouço a porta ser batida, desço, não vejo o doido na sala. Abro a porta e quase caiu para trás, Menma está na minha frente.

— Oi Hinata. — Ele diz. Merda, preciso fingir não estar nervosa.

— Oi Menma. — Digo, tentando parecer o mais normal que consigo.

Não peça para entrar.

Não peça para entrar.

Não peça para entrar.

Suplico inconscientemente

— Posso entrar? — Que merda.

— Ah, eu já estava de saída, para o trabalho. — É de manhã cedo. Para ele, eu não fui despedida.

— O quê você está me escondendo? — Ele diz meio raivoso, por dentro isso me apavora. Vejo suas pupilas dilatarem e voltarem ao normal.

— Nada. — Digo. Ele fez de novo, estava tentando me hipnotizar.

— Fique parada. — Ele diz. E eu fico. Não quero por nada desse mundo que ele ache que eu não estou sendo mais hipnotizada. — Você tem traços dela. Os olhos alucinantes, a pele branca, mas não é igual a ela. — Ele agarra a minha cintura. — Mesmo assim minha bonequinha, você é minha, sem o maldito Naruto aqui, você é toda minha. — Ele vai passando seus dedos sobre meu rosto. O jesto era para ser algo amoroso, mas a única coisa que sinto é medo e repulsa. As escondo muito bem. — Me beije, Hinata.

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