Acordo. Não sinto mais ardência. Desde daquele dia já se passou duas semanas. Hinata vem cuidando de mim esse tempo todo, mesmo eu querendo é esgana-la. Para começar esses dias ela jogou água em mim só porque eu disse que ela é muito irritante, depois dela querer me obrigar a levantar, porque diz ela que não posso só ficar deitado.
Ela é irritante e enxerida, e nem sei como eu a suporto e ainda não fiz churrasquinho dela.
E sim, talvez seria ingratidão minha, até porque ela salvou minha vida, mas eu não ligo. Dizem que sou uma pessoa muito egoísta, e estão certos.
Essas semanas que fiquei sentindo dor, impossibilitado e inútil, farei pior para Menma, ele vai me pagar por cada gota de sangue que eu derramei.
Eu ia só pegar a Resmery, mas antes de acha-lá irei fazer Menma pagar por existir. Pagar por tudo que me fez.
E o primeiro passo, é eu juntar meus caros amigos novamente. Tive que me separar deles a 50 anos, estava a procura da Resmery.
Conheço eles a séculos e preciso encontra-los, eles também vão querer se vingar do meu irmãozinho.
Me sento no sofá, ouço a porta abrir, olho é a humana. Parece bem irritada.
— Merda de vida! — Ela espragueja.
— Que boca suja, qual é a sua raiva hoje Darling? — A provoco e ela revira os olhos jogando a bolça dela no sofá.
— Me despediram. — Ela diz. — Nos dois empregos.
— Você tem uma sorte. — Digo sarcástico. Ela revira os olhos.
— Pelos meus atrassos e faltas, a culpa é sua. — Ela diz.
— Eu já disse que não te pedi para me ajudar. — Digo e ela me olha daquele jeito de sempre, desafiadora.
— Além de tudo é um ingrato. Quando você vai embora? — Ela pergunta. — Já parece estar melhor.
— Darling, eu preciso ter minha vingança e para isso eu preciso estar morto aos olhos das pessoas, então você vai me ajudar. — Digo.
— Eu não concordei com isso, já fiz muito salvando sua vida. — Ela diz e cruza os braços.
— Vou te dar uma remuneração, bem grande. — Digo. — Caso não saiba, eu sou rico, posso te pagar para me ajudar.
— Agora está falando a minha língua. — Ela tira a bolça e senta no meu lado. — Mas que tipo de trabalho? Na real, no que eu poderia te ajudar?
— Menma quer você, ele gosta, não sei, você é algo que ele confia e acha que controla, esse colar que eu te dei tem verbena uma substância que impede os vampiros de controlar as mentes humanas, ele acha que te controla, você vai ser minha espiã. — Digo. Ela me olha meio desconfiada.
— Isso é ruim, vou pensar se vou fazer isso. Menma é meu amigo. — Ela fala no automático.
— Você pelo menos lembra quando o conheceu? — Pergunto e ela começa a dizer mas para, começa a pensar.
— Não...— Ela diz.
— Ele não controla só você, mas todos nessa cidade, esse contrato que ele fez impede as pessoas de usar verbena, o possibilitando de controlar quem ele quiser, se você me ajudar você vai libertar a sua cidade. — Digo. Ela aperta um pouco a bolça e se levanta do sofá.
— Te dou a resposta amanhã. Você devia tomar cuidado, Menma voltou para cidade. — Ela diz.
— Não se preocupe com isso, já coloquei um feitiço para mesmo que ele venha aqui não consiga me ver. — Digo.
— Certo. Agora se me der licença eu vou me arrumar para sair, falando nisso foi você que sequestrou o Shino? — Ela pergunta.
— Aquele pirralho? Sim. — Digo e me deito no sofá, cruzando a mão atrás da cabeça.
— Você é um canalha. — Ela diz, joga a bolça em mim e sai da sala. Ela tem sorte que ela vai me ser mais útil viva do que morta.
Ouço a porta abrir, e cheiro de bebida vem em minhas narinas. Faço um feitiço para ninguém me ver. Olho e é um homem, com os mesmos olhos da Hinata, usando farda de policial. Em sua mão tem uma latinha de cerveja e ele joga no chão já vazia.
— Hinata! — Ele grita. — Minha filha você está em casa?
Hinata desce, com a mesma roupa de antes, ouço seu suspiro.
— Oi pai. — Ela diz.
— Pode me ajudar? Está tudo girando. — Ele diz e ela faz, e vai subindo ele.
Pelo menos acho que não trata ela mal, subo atrás deles, talvez eu seja um pouco curioso.
Ela o leva para o quarto e o coloca na cama.
— Minha querida, desculpe por ser assim. — Ele diz e ela tira a farda de policial. — Eu sei que eu sou todo errado, me perdoa.
— Tudo bem papai. Dorme tá legal? — Ela diz e ele se deita. Ela o cobre, apaga a luz e sai do quarto. Suspirando novamente. Contendo o choro, posso ver isso em seu rosto. — Merda, o Naruto, será que ele viu ele?
— Darling, estou aqui. — Ela da um pulinho e olha para todos os lados.
— Onde você está? — Ela pergunta e apareço.
— Aqui. — Digo e ela toma outro susto e olha para trás.
— Quer me matar do coração?! — Ela diz.
— Seria uma boa. — Digo e ela revira os olhos. — Seu pai tem problema com bebida é?
— É. — Ela diz. E vai para o próprio quarto, que grosseria, me deixou falando sozinho.
Bom, eu preciso mesmo fazer umas pesquisas sobre meus queridos amigos e onde eles estão, para que eu possa acha-los e fazermos nossa vingança particular a Menma.
Ninguém mexe comigo e fica impune, ninguém.
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Resmery
FantasyEm um mundo onde o sobrenatural é aceito, mas ainda cheio de mistérios, Naruto Uzumaki, um tribido enigmático, busca a lendária Resmery. Esse ser mítico concede poder ilimitado e a habilidade de unir múltiplos seres em um só corpo. Para encontrar re...