Dc

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Minha vó faz questão de me manter de baixo da asa dela, só pra ficar dando opinião na minha vida, mas sabe ela bem que eu não dou ouvidos como ela bem quer.

_ Eu vou falar quantas vezes Diego, que tem que começar logo com essa fisioterapia, bicho teimoso.

Dc- Já entendi coroa, já entendi. Vou ver esse bagulho aí.

Falo pra ela enquanto procurava minha pistola.

_ Tô ouvindo isso a dias, não sei por que insisto tanto em ti ainda.

Dc- Por que tu me ama coroa.

Falo dando um beijo nela e me despedindo. A mesma começa a reclamar já nem dou ouvidos.

Dc- Falou aí dona Sandra!

_ Vai vim pro almoço?

Ela pergunta, apenas assenti saindo do quarto e descendo as escadas.
peguei a chave do carro, meu rádio, minha carteira e saí de casa em direção a garagem. Ela não quer que eu dirija, mais o carro é automático super tranquilo, não preciso de babá do meu lado o tempo todo.

Encostei na pensão e tomei um café da manhã reforçado, hoje ia ser mais um dia, cargas de drogas, contabilidade, a distribuição de tudo, era muita coisa pra me ocupar.

Andava pelos becos e vielas tranquilamente.. Cheguei na boca desci do carro, falo com os moleque que tavam por ali.

Cheguei na salinha onde Turco empilhava
as caixas com armamento, fechei a
portinha suspirando. Já me vei a mente perguntar pela a vadia dele que tentou me matar.

Dc- Alguma notícia do paradeiro da tua mulher?

Eu indaguei, ele mastigou
o chiclete se agachando e abrindo as
caixas.

_ Mulher não, ex mulher. Ainda não, parece que a desgraçada sumiu do mapa Mermo.

Dc- Ela pode fugir, mas não pode
se esconder. Uma hora ou outra ela coloca a cara.

_ Pode crê.

Me sentei em um banquinho lá e peguei um fuzil dando uma olhada no mesmo.

Dc- O que tú tem? Tá com a cabeça na Lua.

_ Minha coroa de novo com uns papo aí.

Dc- Pra tú largar o crime?

_ Pode. Disse que ia pensar, só pra ela desencanar de mim.

Desmontando a fuzil só pra passar
tempo mesmo, dou atenção pra ele.

Dc- Tú prometeu algo que não pode
cumprir mano, sabe que esse é teu
destino e ninguém muda o destino,
tá ligado?

Ele sorriu revelando seu aparelho na cor verde.

Dc- Ela tem que te aceitar assim, se ela te ama acima de tudo, ela aceita viver assim, tú cresceu no crime já filho.

- Mas se fosse pra eu escolher
outro caminho, escolheria, mas
infelizmente no caminho do tráfico
nós não pode voltar atrás. Eu amo ela
demais DC, ela é a minha vida, meu coração fora do peito tá ligado.

Dc- Eu sei, até porque nunca te vi assim pilhado com esses assuntos, mas tu realmente não vai poder cumprir o quê prometeu. Tú não pode deixar o tráfico. sabe que não pode sair, eu tenho que valer cumprir minha palavra irmão, sinto muito.

Ele apenas afirma ajustando o boné na cabeça. Queria que fosse diferente, quando os irmão querem sair dessa vida por algo melhor. Mais eu não posso deixar isso acontecer, não por que quero, mas essa é a lei mais absoluta. Quando um irmão vira braço direito de um chefe de facção, não pode deixar sair.

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