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Olho pra ela apagada do meu lado e lembro quando conheci essa menina maluca, boba Inocente e nada recatada ao se vestir
Ela era especial, mesmo sem saber.

Confesso mermo que tentei me aproximar dela aos poucos, com a serenidade de um caçador que aproxima-se de um coelho medroso, sentia que ela fugia á qualquer investida abrupta, por isso esperei, esperei e esperei, até poder finalmente tocá-la de fato.

Agora que consegui, sem pensar á tomei pelo braço e fiz minha.
Essa mina nunca havia sido amada, ou explorada de verdade.

Aos poucos descobri que ela era tão santa, tão virgem e pura como ela dizia, mais não parecia, mas inocente? Isso ela nunca deixou de ser. Com o tempo aprendi á ler suas expressões, suas emoções, depois que entendi que ela se expressava de uma maneira meio louca de ser pra passar despercebida.
Aquilo que começou com um beijo acabou me levando a loucura, me fazendo sentir coisas estranhas.

Ela se mexe no meu lado abrindo os olhos e me encarando.

_ Meu Deus, quanto tempo dormi?

Dc- Não muito.

_ Nossa, o que eu fiz?

A encaro com a sombrancelha erguida, seus olhos já não me encaram mais.

Dc- Não tem como voltar atrás.

Ela ia falar algo, mas a calei, abraçando-a forte, beijei seu pescoço, sua nuca, seus cabelos.
Como eu queria não ser gentil com ela
Eu queria tratar ela como eu trato todas as outras, chamar de cadela, vadia, ouvir seus gemidos e suplicas, Isso me excita, dominar, bater, me tornar uma fera e por um pequeno momento, esquecer a postura recatada que ela tenta vender. Mas com ela isso não era possí­vel.

Enquanto á agarrava por trás, minha mão passeava pelo seu corpo, procurando aquela menina depravada que conheci naquele baile, depois no pagode aquela noite, mesmo sabendo que ela não era nada depravada.

Com um puxão de cabelo, sem palavras á intimei, tentando procurar em seus olhos alguma reação, porém em seu olhar a única coisa que havia, era uma menina inocente, simplesmente não poderia levantar a mão ou tratar de forma baixa uma menina como ela.

Fizemos amor de forma tão delicada e gentil que eu não estava me reconhecendo nesse momento, não entendi o por que agi assim. Gosto de sexo selvagem, com baixaria, putaria.

Mordia suas costas, seus seios, á agarrava firme, porém com cuidado, beijava-a em seguida como sinal de desculpas.
Fazia carinhos em seu rosto, procurava seu cheiro, o sabor de seu pescoço, dos seus lábios, as expressões dela não eram devassas ou depravadas, como eu tô acostumado, eram de certa forma tão puras.

Entendi que ela não desejava sua primeira vez apenas de sexo, mas de amor, ela não desejava que eu á "comesse", mas que eu a amasse.
virei ela, minha cabeça estava com tantos pensamentos, que não conseguia prestar atenção em suas palavras, em meio á gemidos decido que conversarí­amos por meio de nossos gemidos, nossos corpos conversariam por meio do atrito entre eles.

Ver ela toda suada e ofegante me fez com que eu á chupasse inteira.
Em meio á um orgasmo, marcado por meus cabelos puxados, e seus dentes cravados em meu ombro, ela adormeceu em meu peito novamente.
Mesmo não sendo uma transa suja e depravada como de costume, por um segundo desejei que ela não acabasse.

{...}

Levanto sentindo uma puta dor no meu braço, um calor desgraçado.
Procuro pelo o controle da central e vejo que não tem ar condicionado.
Quem em pleno 2022 não tem uma central e ar nesse calor infernal do RJ!

Acabo soltando um gemido com a dor que sinto. Olho pro lado ela tava totalmente apagada, olho pela a janela já era noite!
Cato uma toalha que tinha jogado do lado da cama e caminho até o banheiro do tamanho de um ovo, tento me encaixar dentro do box minúsculo.

Saio do banheiro ela continuava apagadona ainda... Jogo a camisa no ombro, ligo um ventilador que tinha do lado da cama e saio deixando ela, não quis mexer com ela.

Sigo pelo o mesmo caminho que entrei, me sento na sala e ligo pro digão me pegar na casa dela. Não quero sair andando pela a rua sem proteção, mermo sendo o dono desse caralho, não confio sair sem meus soldados ou meu fuzil.

Tranco a porta e jogo a chave por baixo da porta e entro no carro que Digão me esperava. O puto já me olha com uma cara de cachorro safado.

Dc- Sem dá um pio.

_ Pio Pio! Tu fudeu né safado, Ó a cara do vagabundo caralho. Mano tú não sabe a bandeira que deu viado. Quando tú sumiu do nada, geral lá perguntando por tú. Eu dei uma desculpa daquelas lá e não sei se colou viado.

Dc- Tú não fez nem esforço pra me deixar na saia justa né arrombado.

_ Pô viado, claro que fiz sim caralho. Mais não por tú, por causa da maluca aí que é mina de família pode pá pai.
Mais aí, a maluca da Bia passou por lá cara, fez mó barraco. Mais a véia meteu o sarrafo nela colocou ela pra correr bonitinho. Na verdade a turma toda ela tocou da casa dela.

Dc- Bia tá caçando pra cabeça dela maluco. Já avisei pra ela, que merda ela quer tá botando no barraco da minha vó? Nem no meu eu levo aquela porra. Ela queria dinheiro, queria que sustentasse ela, eu banco de tudo essa porra. Agora pagando de fiel! Já falei pra ela como funciona as coisa comigo.

_ Pode crê, tem que colocar ela no lugar dela.

Tocamos pro Bar do Cezar, onde digão falou que tava uns chegado lá bebendo, Enquanto ele me enchia o saco.
Minha cabeça ainda dava umas viajada na tarde de hoje, de tudo que aconteceu. Das duas vezes que me senti bem pra caralho ao lado daquela maluca.

{... }

Tava só os irmão mais próximo que eu considero pra caralho na mesa bebendo quando minha atenção vai numa morena que entrava no bar, acompanhada de uma loira toda encolhida.
Mina com um rabão do caralho, bonita pra porra confesso que nunca vi por aqui.

Dc- Aí, quem é a Paty?

_ Tira os olhos porra, é minha sobrinha arrombado.

Digão fala dando um soco no meu ombro.

Dc- Porra é essa de sobrinha digão? Tu nunca falou nada Caraí?!

_ Há vai se ferrar Dc, eu disse sim porra. Minha irmã tá mandando a menor dela de Curitiba pra cá, pra ficar de olho nela. Mina tá metendo louco pro lado da mãe.

Dc- Vixe, problema. Se liga na idéia parceiro, Segura a menor, porquê se criar Bo aqui já sabe. Ela vaza em dois tempo, careca ainda.

_ Pode deixar! Sabe que comigo não tem essa de perdoar vacilo não. Tú me conhece!

Dc- Pode crê!

Encaro a desgraçada que tem uma cara de problema do caralho, e gostosa pra porra também. Ela observa todo o espaço ao se sentar numa mesa, seu olhar para na minha mesa, ela da uma encarada bem filha da puta em minha direção. Por nenhum momento eu desvio o olhar, não sou de negar fogo a ninguém não filho.

RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora