Redenção

Dc ♚

Retirei a camisinha jogando no lixo e logo em seguida fui acender um cigarro na sacada do barraco.

_ Vou tomar um banho não quer ir junto amor?

Ela se aproximou tentando me beijar, mais virei a cara. Fitei a loira nua na minha frente.

Dc- Já disse sem beijos Amanda, pode ir depois eu tomo banho.

Se retirou do meu lado, fiquei ali mó cota
sentindo a onda bater.

Amanda saiu do banheiro enrolada na toalha e se deitou na cama, aproveitei e fui tomar banho também. Ela acabou pegando no sono, bem achando que vou dá essa confiança pra ela e dormir com ela.
Mina louca, já falei que não vou ficar de grude com essas porra.

Depois de tomar banho me arrumei, deixei
um dinheiro pra garota e meti  pé pro barraco da minha vó. Só queria minha cama, tava quase adormecendo e o meu corpo já tava pedindo cama. Subi na moto e segui pra casa dela... Entrei sem fazer barulho ou então a veia me jogava escada abaixo. Tiro minhas roupas e deitei na cama apenas de cueca, já sentindo meu corpo
relaxar.

{...}

_ Minha casa virou pousada de vagabundo agora foi? Entra e sai sem dá a mínima de satisfação seu moleque.

Ouço dona Sandra puta na cozinha assim que ponho pé no último degrau da escada.

Dc- Bom dia gata linda gostosa, pode pá que tu me ama tô ligado.

_ Vem logo tomar café seu irresponsável, não sei como não vôo ainda. Não sei que diabos está acontecendo contigo, que anda usando essas porcarias ultimamente.

Ela já havia enchido minha cabeça semana passada por conta que me pegou usando pó, mais ela sabe que eu não sou viciado, nem ando me drogando como esses noia, uma vez perdida uso. Não quero me tornar meu pai da vida.

Dc- Fica susu dona Sandra, é só conferindo a mercadoria.

_ Depois tá aí todos os dias usando essas merdas. Você tinha parado, começou de novo. Digo mais nada Diego!

Tomamos café com ela falando um monte, não desligou um minuto se quer a boca.

{...}

Mal me sentei na porra da minha cadeira e já ouço digão aos berros putinho entrando na sala.

_ Ô seu arrombado, cadê a droga do seu
rádio?

Dc - Tá aqui porra.

Tirei do short e mostrei, na hora que ia ligar não ligou.

Dc- puta merda, qual foi descarregou o bagulho.

- Descarregou o bagulho.

Imitou fazendo uma voz fina.

_ Queria ver se eu estivesse
morrendo e precisasse de tú merda.

Começou a fazer um drama bem gay, fazer um choro falso com a mão no peito.

_ Para de viadagem digão, ninguém vai
sentir tua falta se morrer não viado.

Tuco disse encarando o celular, digão lançou um olhar fulminante pra ele.

Dc- Será que as donzelas podem parar e me
dizer o que querem?

- Ialá Dc acordou hoje de tpm.

Tuco fala, Revirei os olhos pra aquela enrolação toda.

_ Se liga, tava revisando as contas no caderno e os extratos não tá batendo com o caderno.

Digão fala sério deixando de baitolagem, me mostra o caderno. Peguei o caderno e verifico por alto o que ele falou.
Se tem uma coisa que eu não aceito é rato debaixo do meu nariz, onde dou a mão, faço de tudo por essas porra, confio cegamente, mesmo não sendo cem por cento, mais dou chance essas merda e ainda assim me roubam na cara dura. Rato e x-9 não tem vez comigo.