3• Alicera ♔

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Terminava de limpar a cozinha, após fazer o jantar, parecia que havia passado um furacão pela a cozinha, todas as vasilhas sujas.

Ouço a porta sendo aberta e os gritinho de Alínea chamando mamãe.
Olho pra ver com quem ela estava, pois ouço a voz de mas alguém, é minha tia.

_ Oi gostosa, fez o que pro jantar?

Tia Claíde pergunta vindo em minha direção. Já era bem nítido que ela não estava nada sóbria.

- Quantas a Sra tomou?

Claide _ Só umas quatro Heineken com tua mãe.

Encaro minha mãe que finge demência.

Mãe _ Alínea deu trabalho?

- Não! Mas mãe, pensa numa criança que come, ela come demais.

Mãe _ Mas eu já falei pra não dá, tem que ter limites! Só da comida de três em três horas, não três em três minutos.
Alínea, vem aqui agora, preciso falar com você.

Claide _ Menina você soube do babado, disse que o chefão vai fazer um anúncio hoje.

- O Tio Cézar tava falando, perguntando se ia pro baile. Eu disse que tava querendo da um pulo no forró! Mas ele disse que não, que fosse pro baile.

Mãe _ Eu não quero nem saber o que vem daquele cara! Já disse pra Alicera passar bem longe desses moleques da biqueira! Quero só pegar ela de conversa com algum deles, quebro as pernas dela. Dali não tem nada de futuro, nada que preste.

Minha mãe fala num tom bem sério!

Claide _ Há Gabi, deixa de ser ridícula. Tú querendo bancar a mãe carrasca, quando tú tinha idade dela, já tinha dado tanto perdido na véia, lembra tu colocando um monte de lençol debaixo do edredom e metia o louco com o Fabinho, lembra?

Mãe _ Olha o que tu tá falando Claíde, não é por que fiz isso, que vou deixar minhas filhas fazer o mesmo.

- Vamos parar o assunto? Não sou mas criança, não sou santa, mas não tenho esses pensamentos insanos não. Não preciso fugir pra sair não.

Claide _ Mas diz, o chefe não é um tremendo gostoso?

Tia Claíde fala abanando o rosto, minha mãe acaba jogando a almofada nela. Nunca tive contato diretamente com ele, vi acho que umas duas vezes, no baile, mas bem de longe, ele sempre tá com umas camisa de capuz, então nem prestei atenção. Mas geral das meninas fala que ele é bonito, mas não tenho interesse em saber.

- Mãe, falando no Cézar, eles estão procurando uma pessoa pros finais de semana. Disse que a Luana não ajuda mas eles. Aí a sonsa da Patrícia perguntando se eu não conhecia ninguém.

Mãe _ Já falei pra Luana, deixar de ser cabeça oca, deixar de birra, por que isso ali tudo é dela, que a Patrícia é passageira na vida do teu tio. Escuta só, conheço o Cezar desde dos meus 15 anos menina, ele não fica muito tempo com uma mulher não.

Minha mãe e tia Claíde ficam conversando assuntos aleatórios, enquanto dou banho e arrumo Alínea pra pôr ela pra dormir.

Recebo várias mensagens de Luana me enchendo pra ir com ela no baile, acabo cedendo e aviso que vou ir pra casa da minha tia, pra ela passar por lá para irmos juntas.

Claide _Vamos logo filha da puta, deixa de enrolar.

Tia Claíde gritava me chamando, já era mas de nove horas.

- Tô indo porra... Mãe a Alínea já dormiu, coloquei a fralda, por precaução, e liguei o ventilador.

_ Tá bom, minha filha obrigada.

Claide _ Vamos, vamos ir hoje, só voltamos amanhã. Alicera volta toda roxa do boy que ela vai pegar.

Mãe _ Ela é minha filha Claíde, não é tua não. Confio na educação que dei pra ela.

- Sério mãe? Eu fosse a senhora não confiava tanto não.

Brinco com a mesma e recebo um tapão de volta.

- Tô brincando mulher, pra quê essa agressividade?!

Pego minha mochila e saímos de casa debaixo de um monte de ameaças de dona Gabriela.

_ Eu não confio nenhum pouco na sua tia, ver lá Cerejinha.

Subimos conversando algumas besteira, por que pense numa mulher que adora jogar conversa fora é essa minha tia... Ela passa num barzinho e pega uma cerveja e uma carteira de cigarro e seguimos.

Chegamos na casa dela, e bem na porta dela tava sentada Luana, gritando feito uma hiena louca.
Quando me ver se levanta e se agarra em mim gritando quase me deixando surda.

- você é louca garota , gritando sozinha aí nas portas dos outros?

Luana _ Minha vaca que amo, pensei que você não viria. Achei que iria passar a noite em vigília.

Luana já cheirava a bebida!

Alicera _ Mano sério, se eu ligar um fósforo perto de vocês duas, pega fogo viu, cara vocês já tão bêbada, acho que vou é desistir de ir com vocês. Sou a mas sensata nessa turma, sou a única com juízo.

Falo me fazendo de superior e acabo rindo de me mesmo. Minha tia e Luana tem uma amizade muito legal, as vezes Luana fica mas tempo com Tia Claíde e Jhulian, que é a filha da minha tia, na qual ela divide guarda com o ex dela, que mora no Leblon. Do que com a própria Tia de sangue dela Luana.

Já era quase onze horas, já tinha me arrumado, estava esperando Luana se arrumar. Escuto minha tia reclamando que estávamos demorando, que ela já estava pronta.

Luana _ A bicha sabe é ser bonita!

Luana fala saindo do banheiro e indo se arrumar.

- Menina não sei por quê, mas do nada eu senti um frio na barriga, uma sensação estranha, tipo sei lá, não sei explicar.

Luana _ São sintomas de que você vai sentar muito hoje, enfim vai deixar a borboletinha voar. Kkkk!

Viro o dedo mando ela ir a merda.
Sim, tenho dezenove anos, e ainda sou virgem, é uma coisa pessoal, sou mas tipo romântica. Sou bruta, estressada, mas eu espero pelo o menino certo. Já aprontei muito, acabo excitando, beijo, dou sarrada nos meninos, mas nada além de provocar, é uma coisa minha essa escolha.

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