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Sinto água gelada em contato com a minha pele, me fazendo acorda no susto.

_ Acorda seu filho dá puta, Sem corpo mole, seu bandido de merda.

Encaro o mesmo com fúria, era o lixo do Tavares. Esse merda faz tempo que vive no encalço.

Quando eu sair daqui esse brocha me paga.

_ Tava aqui pensando, como que seus cachorrinhos de bandidos, ou tua querida vó estão reagindo a tua prisão? Ou a gostosinha lá mãe do teu filho. Pô, a menina é gata até que tem bom gosto. Eu tô pensando aqui, acho que vou dá uma conferida no material.

Levanto o olhar sem entender. De onde que esse arrombado conhece a Shirley?

DC- Desgraçado nojento.

Disse indo para cima dele, Mas ele rapidamente fecha a cela me impedindo de tocar nele.

DC - Que tipo de homem dá lei você é seu cuzão?

_ O pior que você já conheceu DC. Eu vou fuder com tua vidinha de merda.

Sorriu.

DC- Você me deu boas vindas no inferno..... Ele me interrompe.

_ Também acho que estou Pegando leve demais. Que tal mais Três?

DC- Tu mexeu com o cara errado seu bosta. Me mata logo seu lixo filho da puta. Vai ter pedido pra nunca ter nascido.

_ Está querendo dizer o que com isso?

DC-  Não se pode apresentar o inferno para o próprio diabo.

_ Te garanto que farei de você um visitante.

Forçou um sorriso. Mais eu sabia que no fundo esse cuzão tava com medo. Já diz né, quem tem cú tem medo.

DC - Já sofri mais que isso na vida, E não vai ser nada vindo de você que irá mudar isso. Eu vou sair daqui, E quando eu sair te garanto que eu vou fazer você ter uma morte bem lenta e dolorosa e quando você morrendo vou fazer questão de tentar trazer de volta e ver você implorar para morrer.

_ Eu fico com ele.

Um guarda disse batendo nos ombros de Tavares.

Sinto meu corpo todo dolorido, mau conseguia enxergar, minha cabeça latejava pra caralho. Eu tava sentindo minha boca seca. Tava todo fudido, o lixo do Tavares fez com que os guarda arrebentasse comigo esse desgraçado. Eu vou comer o cú desse arrombado vivo.

O sol estava queimando lá fora, e um calor do caralho aqui dentro da cela. Suava pra cacete, mesmo sem camiseta, e só queria uma água limpa pra beber, mas nem isso aqui tinha.

A pia que tinha aqui era podre, nojenta pra caralho, por que aqui nem limpeza na cela que eu tava tinha sido feita, e eu que não tomo água naquela porra. É, prefiro passar cede mesmo.

De madrugada eu ouvia alguns gritos abafados, feião, e já tinha na minha cabeça que lá era aonde os caras torturavam os manos daqui.

Eu tenho que dá um jeito de arrumar de falar com Digão. Preciso que ele me fortaleça, que me tire daqui quanto antes. Quanto mais esses desgraçado puxar de minha ficha mais tempo eu pego aqui dentro.

{...}

Sinto os chutes dilacerando por dentro, eu já não enxergava mais nada a minha frente, sinto uma dor fudida em todo meu corpo. Já fazia quatro dias que tava nessa sela imunda, e todo dia o filho da puta do Tavares fazia uma tortura diferente. Se aproveitava que eu tava fudido já, não tinha forças pra reagir. Ele fez questão de me deixar sem comer e sem beber água.
Mano aqui tu sabe o valor que tem qualquer vida que tu leva lá fora, aprende ainda mais da valor as pequenas coisas. A ter mais ciência que o mundo do crime não compensa, não te dá doces não. Só te fode, só te joga lá embaixo no lixo.

Lá fora sou pica, sou fodão, sou terror dos inimigos. Coração frio, mais porquê tenho meus homens do lado, que morrem por mim. Agora tô aqui pagando preço disso, de tocar terror, de meter medo nos inimigos. Tô pagando que lá fora sou rei, aqui sou um fudido qualquer que tá sendo iscurrasado pra caralho por um lixo que tá fazendo igual. Se garantindo porquê tem um pá de cuzão lambe bota do lado.
Véi quando eu sair daqui, se sair com vida, porquê eu sei que tô todo fudido, sinto que tô com umas costelas quebrada, a dor é fudida demais pra não ser.

Eu vou torturar tanto esse filho da puta, eu vou fazer três vezes mais que ele tá fazendo comigo.

_ Chutando cachorro morto Tavares.

Ouço vagamente uma voz grossa ecoar pela a sela. Tavares solta a corrente que tinha usado pra me bater.

_ Delegado. Só estava ensinando as boas maneiras esse traficante de merda. O mesmo estava fazendo badernas com os meus soldados.

_ Eu não soube da história com essa versão não Tavares.

Ele ia falar algo mais o cara lá interrompeu ele.

_ Pegue seus cão de guarda e se retirem. Esse homem irá para a sela que ele pertence. Ele irá se julgado, condenado dentro da lei, estamos entendido?

_ Sim Sr.

Só ouço algo bem longe e me entrego ao cansaço, a dor e sinto como se fosse meu fim.

{...}

Acordei ouvindo um bipe irritante, abro os olhos lentamente e sinto minha boca seca, meu corpo todo dolorido. Quando vou tocar minha cabeça noto que minhas mãos estão presas... Depois de estar totalmente acordado noto que estou em uma espécie de Enfermeira, algemado as duas mãos. E algo enfiado em meu braço.

_ Olha só quem acordou. Pelo visto está com pressa de voltar a sela.

Ouço a voz de um velho entrando na sala.

DC- Que que aconteceu?

Pergunto com a voz falha.

_ Tú foi atropelado por uma manada meu jovem. Três costelas faturadas, uma pequena lesão nos pulmões, um corte que resultou em quinze pontos. Fora isso tá tudo ok.

Sinto uma dor desgraçada me atingir quando tento me erguer.

_ Recomendo que fique bem aí, quieto até melhorar, se não vai ter que voltar pra aquela sela, onde pouco vão se fuder se vai está bem ou não. Capaz de quem começou o serviço querer terminar, já que vai tá desprovido de defesa.

Nem dou mais ouvidos ao velho e volto a me deitar novamente e tento manter a paz. Não posso me estressar agora, tenho que matar esse filho da puta do Tavares, eu não sou de envolver gente inocente nas minhas vingança. Mais eu vou dá um jeito de caçar a família desse lixo desgraçado, da mulher dele e dos filhos, dos pais seja quem for.

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