Sábado chegou e combinamos de sair às 14hs para fazermos nosso check-in no hotel, nos arrumar, conhecer um pouco o centro da cidade e irmos para o jogo a tempo de ver os jogadores entrarem no campo. Não contei a ninguém que estava indo, só a tia Susan é claro. Ela me disse para aproveitar e qualquer coisa falar com Tyler se precisasse de alguma coisa. O time ia voltar para cidade naquela mesma noite, mas contei a ela que ficaríamos por lá e voltaríamos no domingo pois a Emily não gostava de dirigir a noite. Ela achou muito prudente e gostou. Só pediu que nos cuidássemos e ligássemos se precisássemos de qualquer coisa. Agradeci e me despedi dela indo de encontro ao carro da Emily que me esperava em frente à casa.
Nossa viagem foi tranquila, fomos cantando ou melhor gritando como loucas as músicas que tocavam no rádio. Não éramos nenhum pouco afinadas e com certeza teríamos nossas gargantas arranhadas até o final daquele dia de tanto berro. Fiz vídeo chamada com a Nick que disse que éramos loucas mesmo, mas queria muito estar junto. Combinamos de ela vir passar as férias ali para sairmos juntas.
Chegamos ao hotel que a tia Susan indicou e fiquei pasma, era um hotel de ricos. Emily riu da minha cara. Quando fomos até o balcão descobrimos que estava tudo pago e nosso quarto já estava pronto. Tia Susan tinha deixado tudo preparado, ela era mesmo um amor, precisava comprar uma lembrancinha como forma de agradecimento por tudo que vem fazendo por mim.
O hotel tinha um grande hall de entrada com pisos de mármore brilhantes. A direita um grande vaso de planta dava um charme a mais. Atrás do balcão do check-in há uma grande e larga escadaria com piso de mármore branco e corrimão preto, com dois grandes pilares trabalhados. Também havia uma mesa com um vaso alto com arranjos de orquídeas brancas com seus galhos caindo. Era maravilhoso. O som do elevador me chamou atenção do lado esquerdo. Duas grandes portas douradas se abriam e um senhorzinho muito simpático cuidava de ambas. Próximo ao elevador havia duas poltronas antigas de beleza únicas. Não consegui observar o restante porque a Emily me arrastou em direção ao elevador ansiosa demais para curtir qualquer coisa. Do elevador pude observar o hall como um todo e era digno de capa de revista.
Nosso quarto era igualmente lindo. Duas camas de casal muito bem arrumadas, duas mesinhas de cabeceira com abajures e um telefone. Uma TV grande pendurada na parede de frente as camas, um banheiro grande com chuveiro e banheira, duas pias na bancada e claro uma privada. A varanda era grande, tinha duas cadeiras bonitas e uma mesinha pequena entre elas com um bonito e pequeno vasinho sobre ela. A vista da varanda era algo digno de pintura. Nosso quarto era virado para a colina, muito verde das árvores, lindo demais.
Emily não queria observar nada, ela foi logo correndo tomar banho para se arrumar para sair, quando ela terminou fui tomar o meu, resolvi não lavar o cabelo e meu banho foi super rápido, já estava com planos de aproveitar essa banheira quando voltássemos e já avisei a Emily que a banheira era minha no fim daquele dia. Ela riu e disse que íamos dividir porque também queria.
Nos trocamos e nos arrumamos idênticas. Mesma cor de calça e a camisa do nosso time da escola, além das tranças no cabelo e a mesma maquiagem. Rimos de tamanha baboseira. Mas parecia divertido.
- Me lembra de me esconder do pessoal da escola quando chegarmos as arquibancadas – eu falei a ela quando saímos do quarto do hotel.
- Nem vem que vamos desfilar entre as torcidas, quero um pouco desse seu mel, quem sabe hoje eu não arrume um gatinho e saia da seca, nem sei quando foi a última vez que fiquei com alguém. – disse ela fazendo drama.
Eu ri da sua cara de dramática e a empurrando eu lembrei a ela o carinha do curso que ela estava saindo até poucos dias atrás.
- Esse não conta, foram só alguns amassos sem muita empolgação. – disse rindo.
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Nas cordas do Destino
RomanceNão saber o que nos espera, nem o que devemos seguir, faz qualquer um ficar louco! E se no meio de tantos talvez e serás que a vida coloca no nosso caminho, não tivermos a opção de escolha e sermos obrigados a viver conforme as cordas do nosso desti...