Capítulo 16

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Fizemos nosso check-out no hotel e fomos tomar um sorvete, em uma sorveteria pitoresca que havia próximo ao hotel. Era tão bonitinha toda em branco e tons de rosa com balas por toda parte. Me lembrou a história de João e Maria. Era linda e dava vontade de morder.

Nossa volta para casa foi feita rindo e cantando as músicas que passavam na rádio. Minha dor de cabeça havia passado depois de comermos e o sorvete foi um bônus aos meus sentidos.

Quando cheguei em casa, ela estava extremamente silenciosa. Não ouvi Martha na cozinha e fui até lá pegar um copo de água. Precisava me hidratar, sentia que meu corpo precisava urgente de hidratação. Peguei uma garrafinha na geladeira e fui em direção às escadas.

Ouvi um barulho de algo caindo e logo em seguida um longo gemido feminino vindo de uma das portas dos quartos próximos ao meu. Eca pensei, espero não ter que ficar ouvindo as aventuras do Tyler a noite toda. Entrei no meu quarto para não ser pega bisbilhotando e bati minha porta com força para se tocarem que tinha alguém em casa e diminuírem o volume da prevaricação.

Deitei na minha cama maravilhosa e abracei um travesseiro. Estava cansada e com sono. Decidi que precisava de outro banho, mas estava cansada demais para ir até o banheiro. Caí num sono profundo e acordei na segunda manhã com meu despertador. Grogue olhei ao redor sem saber onde estava. Acho que ainda havia álcool no meu sistema. Me arrastei até o banheiro e fui tomar um banho e escovar os dentes. Hoje tinha aula de álgebra e o professor não gostava de atrasos.

Quando desci até a cozinha fui cumprimentada por uma sorridente Martha que me contou que foi passear com sua filha e netos ontem, isso explicava o porquê de não ter visto ela pela casa. Ela tinha folga aos finais de semana. Mas preferia ficar na casa que era onde ela sempre morou. Martha tinha um espaço só dela acoplado à cozinha, que tinha quartos com suíte, sala de estar e jantar, banheiros e uma cozinha. Mas ela podia usar a da casa principal a qualquer momento. Ela era da família. Todos ali a amavam.

Tomei meu café em silêncio na cozinha mesmo. A mesa havia sido posta na sala de jantar. Mas preferi ficar na companhia de Martha ouvindo suas histórias.

Um arrepio subiu pelos meus braços ao mesmo tempo em que um perfume delicioso chegou até mim. Ergui os olhos para encontrar um Jacob com olhos em fenda me olhando com braços cruzados e carrancudo.

- Chegou tarde ontem Hanna, foi bom o passeio? - Perguntou ele da porta.

Não respondi de imediato, a visão dele ali parado e sensação que ele trazia para meu corpo me deixou numa neblina tortuosa. Saindo do meu estupor, lembrei sobre sábado e a raiva me consumiu.

- Sim – respondi de forma doce – Meu passeio foi incrivelmente – fiz uma pausa dramática e colocando um dedo em minha bochecha eu completei dizendo – gostoso.

Pisquei meus cílios de forma lenta e abri um sorriso de canto. Não ia deixá-lo saber o que ele me fazia sentir só de estar no mesmo cômodo que o meu. Já havia me decidido que precisava me afastar e isso era o que eu ia fazer.

Ele estreitou os olhos me olhando por fendas verdes, um lento sorriso se abriu em sua boca. Descruzando os braços ele veio em minha direção.

Mais rápido que pude sem levantar suspeitas, levantei da cadeira, dei um beijo em Martha e indo pelo lado oposto da bancada fui saindo da cozinha no mesmo momento que Tyler ia entrando.

- Bom dia priminha, se divertiu no fim de semana?

- Maravilhosamente – respondi passando por ele.

Pelo canto do olho vi Jacob parado a meio metro me observando. Ele não ia fazer uma cena na casa dos meus tios. Aproveitando a deixa e sai porta a fora atrás de James para me levar à escola.

Nas cordas do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora