Capítulo 18

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Conforme os dias foram passando Jacob parou de me procurar e insistir em conversar. Bastou duas semanas para que eu o visse com alguma menina aleatória a tira colo novamente. Tyler me disse que ele estava com raiva. E não entendi o porquê de ele ter raiva se era ele mesmo que não queria relacionamentos.

Eu deveria estar feliz por ele largar finalmente do meu pé. Poderia voltar a almoçar no refeitório e participar da aula de artes que estava faltando. Entregava os trabalhos para o professor, mas não frequentava as aulas. Mas doeu muito. Foi uma mistura de sentimentos. Uma parte alívio e outra tristeza e dor. Poderia muito bem dizer que estava com ciúmes, mas era melhor assim. Iria focar completamente nos meus estudos a partir de agora.

Na quarta-feira de manhã minha tia me chamou para ir com ela até a garagem. Lá estacionado estava um lindo range rover evoque azul cobalto estacionado. Nem sabia que existia essa cor. Era lindo.

- Desculpe a demora querida. Mas essa cor estava em falta e quando vi no site me apaixonei por ela.

Olhei para ela de boca aberta. Sem fala, não conseguia expressar uma palavra se quer.

- Eu, eu – limpei minha garganta – É lindo – olhei embasbacada para ela e a abracei – Obrigada Tia Susan eu amei é maravilhoso, muito lindo. Muito obrigada.

- Você nem viu por dentro ainda Hanna – disse piscando – Não precisa me agradecer querida, você merece. – Me deu um beijo no topo da cabeça – Divirta-se com ele – piscou me entregando as chaves.

O interior tem revestimento todo em couro, painel, teto, volante e nos bancos e os dianteiros ainda são com ajuste elétrico. Passei a mão pelo volante e pelo painel vendo suas qualificações e características. A central multimídia tem GPS em 3D integrado e interação com celular, USB e Bluetooth, DVD player, conexão com Apps, e iluminação com até dez cores diferentes. Eu estava chocada. O painel também exibe em tempo real as condições de funcionamento do sistema Terrain Response que ajusta configurações de aceleração, tração e bloqueio de diferenciais, de acordo com o tipo de piso em que se trafega, asfalto, terra, lama ou cascalho.

Eu precisava testar essa belezinha e mandei uma mensagem para a Emily perguntando se ela queria uma carona para a escola pois meu carro tinha chegado e eu queria testá-lo. Ela respondeu que sim na mesma hora.

- Garota esse carro grita milionária – ela riu do próprio comentário. – Quero carona todos os dias. Quero só ver a cara da galera da escola nos vendo chegar com esse carrão. – Bateu palmas pulando no banco.

Quando chegamos a escola não tinha uma viva alma que estava ali no estacionamento, que não olhou em nossa direção. Dava de ver em seus rostos a admiração pelo caro. Também poderá. Era lindo mesmo.

Estacionei e saímos do carro dando de cara com Moly e suas amigas.

- Quem você teve que chupar para conseguir um carro desses Hanna? – Perguntou rindo e as amigas seguiram.

- Seu pai – eu respondi com sorriso doce.

O sorriso de seu rosto sumiu e uma expressão de ódio tomou conta – Sua vadia ordinária – Partiu pra cima de mim querendo me acertar, mas eu sabia muito bem me defender. Segurei seus braços e os mantive preso em suas costas. Falando em alto e bom som para que todos ali ouvissem eu disse a ela.

- Moly, Moly, Moly, conheça seu adversário antes de atacá-lo como uma cadela louca. Você não sabe o que ele pode fazer. Vou ser boazinha e vou te dar um bom e velho conselho. Mantenha suas mãos para si mesma para não se machucar. – Com isso a soltei com um leve empurrão.

Emily riu o tempo todo enquanto entrávamos na escola. – Foi muito sexy você ali toda dona de si segurando-a daquele jeito. Se eu gostasse de mulher eu te pegava agora mesmo. – Tive que rir do seu comentário.

Nas cordas do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora