Capítulo 9

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A biblioteca é enorme e tem de tudo aqui. Fiquei impressionada com a quantidade de livros, enciclopédias, livros antigos e novos. Sentei-me em uma mesa em um canto afastado próximo a uma janela depois de encontrar os livros que precisava. Era tudo tão organizado que você tinha que devolver na bancada e não de volta ás estantes.

Fiquei tão absorta nas minhas pesquisas que não vi a hora passar e só percebi que era tarde quando a bibliotecária avisou que a biblioteca ia fechar. Desculpei-me por atrapalhar sua rotina e agradeci pela ajuda mais cedo.

- Não se desculpe, menina. Os alunos pouco usam isso aqui. Hoje só querem saber de praticidade da internet. Cansaram de procurar nos livros. Quase todos os dias fica vazia a maior parte do tempo. – falou.

- Uma pena - eu disse a ela. – Mamãe sempre dizia que os livros são como as portas da alma. Todos têm um pouquinho de cada autor.

- Sim, você está certa. Volte sempre que precisar Hanna e quando não precisar também, temos uma sessão com livros atualizados que incluem clássicos antigos do século 18 e 19.

- Vou sim dona Margarete. Obrigada. Até mais - falei me despedindo.

- Tchau Hanna, até a próxima vez.

Saí da biblioteca e verifiquei as horas, quase nove horas da noite. Meu estômago roncou e só então me lembrei que ainda não tinha comido nada de novo. Mandei uma mensagem para o James e ele me disse que logo estaria aqui. Sentei-me no degrau da escada esperando quando um barulho me chamou a atenção ao lado esquerdo. Fiquei com medo de ser algo ruim, mas o gemido que se seguiu me fez perceber que alguém estava usando aquele espaço para algum tipo de atividade extracurricular.

Correi com as imagens que se passaram pela minha cabeça. Só de pensar já ficava vermelha. James não chegava e cada vez mais aumentavam os gemidos masculino. Eu não queria ser pega aqui. Levantei-me e entrei na escola, me escorando na parede logo na entrada para ver quando James chegasse.

Ouvi vozes um pouco alteradas e parecia que eu as conhecia. Não me dei ao trabalho de bisbilhotar, porque no mesmo momento uma Molly muito puta entrou na escola com a cara vermelha e lábios inchados. Ela não me viu o que achei incrível. Acho que aperfeiçoei meu disfarce de me tornar invisível. No momento em que James chegou, saí porta fora quase esbarrando em ninguém menos que Jacob fechando o botão da calça. Correi me lembrando dos gemidos que escutei há pouco.

- Hanna ainda por aqui? Não te vi na escola hoje. - Disse um Jacob que parecia meio envergonhado passando as mãos pelos cabelos.

- Andei ocupada. – falei me despedindo indo em direção ao carro.

- Hanna, espera. – pediu ele. -Você estava aqui fora há muito tempo?

- Não. – Respondi corando e continuei em direção a porta que James mantinha aberta para mim.

James estava com uma expressão fechada olhando diretamente para onde Jacob ainda estava parado observando, com isso fui logo dizendo a ele.

 - Nada aconteceu, James pode ficar tranquilo. Essa ruga na sua testa vai estragar sua cútis. – falei brincando. 

Ele assentiu e fechou minha porta se dirigindo ao banco do motorista. A viagem de volta para casa foi tranquila e em silêncio. 

Nas cordas do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora