s i x t e e n

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Eu não deixei uma lágrima escapar.

Apenas fiz meu caminho de volta para casa. Não ia aceitar ver aquilo, e não deixei que eles me vissem.

O Miguel estava simplesmente beijando a jasper.

Ele tinha me beijado no domingo todo, para no final eu ser apenas um passa-tempo?

Ela tava beijando a jasper com tanto.. carinho e amor.

Eu não iria me rebaixar nesse nível e não deixei nenhuma lágrima escapar.

Liguei para Malia e a contei o que aconteceu, ela disse que estava vindo aqui para minha casa.

Eu não aceitava ficar mal por isso, afinal, não tinhamos nada e ele não gosta de mim.

Ouvi a campainha tocar e desci para atender.

Assim que abri, malia me deu um abraço.

— Que isso mulher? - perguntei a abraçando de volta, não entendendo.

— Eu sinto muito. - ela me abraçou mais forte.

— Não sinta, eu não to mal por isso. Eu to nem ai pra ele. - falei e ela me soltou do abraço me olhando incrédula.

— E eu achando que você estava sofrendo. - ela falou e entrou.

— Nunca, chorar por homem? Deixa esse papel para eles. - falei tentando esconder o fato de que eu estava com uma pontada de ciúmes e que uma parte de mim ligava para isso.

Poxa, ele realmente me tratou bem so pra ficar comigo e no final beijar outra menina?

Tinha que ser homem.

— E o que você vai fazer sobre isso? - malia se deitou na minha cama fazendo carinho em simba, que estava dormindo.

Esse gato dorme o dia todo

— Nada. - falei.

— Eu apenas acho muito escroto da parte dele ter se aproximado de mim so pra ficar comigo e depois me tratar como uma outra qualquer, e ficando com outra menina depois de ter passado o final de semana comigo. - falei me sentando na minha escrivaninha.

— Nossa. Nesse ponto de vista, ele foi muito escroto. Mas, saiba que quem perde é ele.

— É verdade. Vamo deixar isso pra lá. - falei prendendo o choro ao ver meu colar que meu pai tinha me dado.

Eu não consegui conter o choro.

Traumas do passado..

— Maya, o que foi? - malia veio me abraçar.

Ela apenas me abraçou sem dizer nada. Eu senti que aquilo foi uma forma de me confortar.

Mas ela nem sabia do que se tratava..

— Eu acho que sinto que posso te contar isso. - falei enchugando meu rosto molhado por lágrimas.

— Quando eu tinha 7 anos, meus pais começaram a brigar muito, até que um certo dia minha mãe descobriu que meu pai ia todo dia ver uma mulher. Mas ela não sabia quem era essa mulher, então ela foi investigar. Queria saber se estava sendo traida ou não. Mas aquela mulher acabou descobrindo que meu pai era casado e tinha uma filha. Ela era ex-esposa do meu pai, e eles tinham um filho junto. E meu pai na verdade ia ver o filho.

Comecei a chorar mais e tentei me conter para acabar de contar a história.

— Mas a mulher não gostou nada de saber que meu pai tinha uma filha com outra mulher, ela ainda o amava. Então ela invadiu a nossa casa.. - senti mais lágrimas cairem e eu comecei a soluçar.

— E tentou matar minha mãe, mas meu pai se jogou na frente, acertando a facada nele.Mas ela não contentada, tentou me matar, mas so acertou minha mão. Por isso a cicatriz.. - falei caindo mais ainda no choro e mostrando minha cicatriz para ela.

Lembranças vieram a minha mente.

— E a última coisa que ele disse foi, "gaveta". E nessa gaveta, tinha esse colar. - mostrei o colar que eu segurava para malia.

— Eu realmente sinto muito, maya. Eu posso te perguntar uma coisa? - ela falou.

Eu fiz que sim com a cabeca.

— Deixa, é muito pessoal.. - ela falou enchugando minhas lágrimas.

— Pode falar, eu não me importo em respondê-la se vai matar sua curiosidade, sei que é curiosa.

— Ok. Se seu pai.. faleceu, aquele homem é seu padrastro né? Eu achava que ele realmente era seu pai, vocês se parecem e se dão tão bem. - ela falou e eu sorri.

— No seu lugar eu também perguntaria isso.

— Bom, ele é meu padrasto, eu nunca fui com a cara dele, mas tive que conviver porque ele fazia minha mãe bem e feliz. Ele e minha mãe se conheciam a um tempo, faziam boxe juntos. E o motivo dele parecer comigo eu não sei. - sorri.

— Maya você é muito forte. Eu te admiro. Você é uma pessoa incrível, que aguentou tudo isso com apenas 7 anos. - ela sorriu para mim.

— E ah, um dos motivos de eu lutar boxe é que eu sempre me culpei. Se eu soubesse lutar, eu teria defendido ele..- falei fazendo carinho no simba.

— Não se culpe. Culpe aquela maniaca. Você não merece isso, e você so tinha sete anos. - malia falou.

— Eu sei.. Mas -

Fui interrompida para minha mãe, que entrou no quarto super alegre.

— Maya e Malia, vamos passar esse final de semana na nossa casa em San Diego. - minha mãe falou super animada.

— Tava chorando, yaya? - ela perguntou me olhando.

— So foi uma coisa que aconteceu ai. Mas que bom! Malia vai junto né? - perguntei tentando disfarçar que eu estava quase desabando minutos atras.

— Mas é claro. E tem um porém, meu irmão e o filho dele vai também, voce sabe, ta solteiro e.. - não deixei ela terminar a frase, nojento demais para meus ouvidos.

— Ok mãe, entendi, não preciso ouvir essas baboseiras. - falei fazendo careta.

— Que dia vamos? - perguntei.

— Amanhã. - ela falou e eu e malia nos entre-olhamos.

— Mas a gente tem aula. - falamos.

— Falei com a diretora que vocês pegaram uma gripe das fortes, não se preocupem.

Eu ri do que ela tinha falado.

— Você é a melhor mãe do mundo.

— Eu sei, filha querida.

Ela saiu do quarto rindo e eu fiquei pensativa.

O filho do meu tio? Ele é um gatinho..

E além disso, não é meu primo.

Eu não sei o que aconteceu mas, minha mae me disse que ele não é meu primo.

Que linda oportunidade, passar um fim de semana em uma casa de praia com um gatinho ao meu lado.

Hehehehe.

Malia ia dormir comigo, ela foi em casa e pegou as roupas dela e voltou para aqui.

Estava ansiosa para ver o filho do meu tio.

...

af tava sem ideia pra capítulo

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Minha boxeadora. || Miguel Cazarez MoraOnde histórias criam vida. Descubra agora