Interior

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-Bom dia Dona Carminha!

-Bom dia Rafael, Como você esta fiquei sabendo do acidente! Você esta bem?

-Poxa Dona Carminha até agora não sabemos de nada! Mais fico muito feliz em saber que a senhora se preocupou comigo. Muito obrigado mesmo...

-Você esta procurando algum livro em especial?

-Na verdade estou mais quero dá uma olhada na Biblioteca primeiro...

-Ta bom, fique a vontade.

Dona Carminha era sempre muito educada comigo, muito atenciosa. E eu sempre gostei muito dela.

Fui entrando na Biblioteca que era muito grande por sinal. Existiam livros de diversas coisas, de vários tipos que você pudesse imaginar. Eu sempre fui apaixonado por essa Biblioteca.

As pessoas aqui gostam mesmo de ler e eu sempre pensei dessa forma, nossos professores de ensino fundamental e médio costumavam mandar fazer trabalhos manuais, então dessa forma era bem difícil não conhecer a Dona Carminha, e muito mais difícil ainda fazer o CtrlC e CtrlV (rsrsrs) mais existiam um entre um milhão como o Rodrigo que eram marginais literários, não gostei quando ele jogou o livro ponte a baixo e agora fiquei gostando muito menos ao saber que o livro que ele jogou seria tão importante para mim!

Preciso encontrar outro livro, preciso descobrir o que tem por trás de toda essa historia da Clara.

Fui entrando lendo introduções de outros livros que me chamavam a atenção... Quando dei por mim já tinha até esquecido do que tinha vindo fazer, então escuto a Dona Carminha me chamando no interfone...

-Rafael, por favor, venha na recepção, preciso falar com você.

-Oi Dona Carminha!

-O meu filho já encontrou o que estava procurando?

-Não na verdade...

-Qual o livro que você estava procurando?

-Eu estava olhando ali na parte de Cultura local quando a senhora me chamou...

-Não me diga que você também esta procurando sobre os livros de Cultura Local?

-Na verdade estou sim. Porque?

-Ele só veio em uma coleção, eram 20 livros no total e o último um rapaz levou e não devolveu mais... Acho que vou precisar ligar para o prefeito...

-Para o prefeito... Para que? Não precisa não... -a ultima coisa que eu queria era que alguém descobrisse onde estou -Dona Carminha estou indo para casa.

-Ta bom, te chamei porque já passou um pouco da hora de fechar a Biblioteca a prefeitura não me paga por hora extra, ainda...

-Obrigado. Por tudo. Não precisa se preocupar nem ligar pra ninguém, eu estou bem... -falei isso saindo de dentro da livraria.

Minha mente voa, as vezes, como já pode ser tão tarde? o relógio da praça já marcava 19:45 pm. Ele era digital e mostrava também os graus... A chuva forte tinha passado agora só existia aquela chuva fina...

Os comércios que tinha em volta da praça estavam todos fechados.

Estava pensando em porque a Dona Carminha falou que ia ligar para o prefeito, será que foi porque ela me viu falando com a Amanda? Falando em Amanda, estou sem celular acho que nem a antena ainda não foi concertada...

Como a Amanda iria fazer para me encontrar dessa forma?

Ouço em seguida uma buzina de carro.

-Rafinha! Pensei que você fosse morar na Biblioteca!

-Não, não, estava só procurando um livro...

-E pelo que vejo você não encontrou o que estava procurando o que era posso saber?

-Não era nada, só um livro para passar o tempo!

-Ta bom! Vou te levar em casa já esta tarde!

-Não precisa Amanda, não quero mais uma pessoa me tratando feito criança, só porque uma bala perdida me atingiu!

-Calma Rafa. Não fique assim! Sou eu! Amanda. Sua amiga... Lembrar! -Amanda falou isso como se eu fosse aqueles cachorros de filme de quinta e eu sorri -de que você esta rindo posso saber?

-De você. -rsrsrsrs ela sorriu também, eu me senti melhor.

Esta com a Amanda sempre era muito bom. Eu gosto muito da companhia dela. E sempre gostei. Agora eu entendo o que me fazia falta todo esse tempo que eu estava com a Bia.

A NévoaOnde histórias criam vida. Descubra agora