Simplesmente amor

Capítulo 34 - Diversidade

--------Visão Tutor--------

Eu estava muito bravo com meu pai. Nem em um milhão de anos pensei que ele fosse se comportar daquela forma. Contudo, resolvi ignorar o comportamento dele e agradecer a minha mãe que tinha, preparado tudo para nos receber e fui com Yim até a cozinha.

— Mãe, o cheiro está uma delícia.

Eu falei, puxando a cadeira para Yim e pedindo para ele:

— Fique a vontade. Se quiser algo, é só me pedir.

Ele concordou com um sorriso tímido, mas meu pai entrou na cozinha causando:

— Onde já se viu puxar a cadeira para outro homem? Isso deve ser feito para a sua namorada. Ter uma atitude como essa com alguém do mesmo sexo que você, não é bom para a sua imagem. Isso vai fazer as pessoas questionarem suas ações.

Senti meu sangue ferver com aquele comentário e ia responder quando Yim segurou meu pulso e fez um sinal negativo com a cabeça. Respirei fundo, mas logo escutei minha mãe dizer:

— Ser cavalheiro com outra pessoa é algo muito bonito. Não importa se estamos falando de um homem e uma mulher, dois homens. Você deveria estar orgulhoso do seu filho e não o criticando deste modo.

Olhei para minha mãe agradecido, mas para meu horror meu pai falou:

— Agradecido? Como vou, estar agradecido, quando meu filho traz outro homem para casa e não uma bela namorada? Isso é uma vergonha, isso sim. O que vou, dizer aos meus amigos? Já é péssimo explicar que ele atua em séries Y.

— Então, sou uma vergonha para o senhor? É isso que está dizendo?

Perguntei muito incomodado com as suas palavras e ele falou:

— É claro, que pai vai querer o filho na televisão beijando outro cara? Isso é humilhante. Eu deveria ter te dado uma bela surra quando era mais novo. Quem sabe assim teria ido para uma carreira descente.

— Se queria tanto me bater, por que não faz isso agora? Vem... me bate.

Eu gritei, muito irritado e ele falou vindo para cima:

— Não me provoque, moleque.

— Eu não estou te provocando. Estou apenas falando para fazer o que tem vontade. Se você acredita que me bater, vai modificar quem eu sou, vai em frente. Isso não vai mudar meus sentimentos por Yim e nem a minha carreira.

Nunca vi meu pai ficar tão nervoso, mas assim que o vi apertar o punho, fechei os olhos e esperei o soco. Fiquei surpreso, porém, de ouvir o barulho e não sentir dor, mas de repente ouvi minha mãe falar:

— YIM!

Abri os olhos e fiquei em choque ao ver que Yim tinha se metido no meio de nós dois e levado um soco em meu lugar.

------ Visão Nunew------

Eu estava em nosso apartamento estudando quando Zee chegou. Ele tinha, gravação de sua série e por isso veio tarde para casa. Dei-lhe um beijo gentil e quando ele foi tirar o sapato, eu comentei:

— Preparei o jantar, esperei você para comermos juntos.

Ele me olhou surpreso, pois já era mais de nove e agradeceu falando que não tinha, comido nada. Sorri suspeitando que seria assim e comentei guardando meus cadernos:

— Eu imaginei, vou esquentar tudo enquanto você joga uma água no rosto.

Ele concordou e quando retornou para a cozinha eu já estava servindo tudo. Sentamo-nos para comer e eu comentei:

— Amanhã começa o meu workshop.

— Você deve estar animado.

Concordei e falei pouco depois olhando para ele:

— Quero ir visitar meus pais quando sair se der tempo. Estou com saudade deles e de July.

— Posso te buscar e vamos juntos. Minha agenda amanhã está tranquila.

Falou ele e eu concordei, mas logo ele me surpreendeu ao falar:

— Conversei com Net hoje, ele me perguntou se podemos cuidar de Chuchu enquanto ele e James vão para a Coreia. Eu disse que sim, mas se você não quiser eu...

— Claro que podemos cuidar de ChuChu.

Eu falei o interrompendo muito empolgado e comentei pouco depois:

— Temos que colocar tela nas janelas. Não quero que aconteça nenhum acidente.

Zee concordou rapidamente e disse que iria comprar a proteção no dia seguinte para instalar no local, mas eu, fiquei tão empolgado que acabei começando uma longa conversa sobre gatos com ele.

------ Visão James------

Eu estava exausto em todos os sentidos. Net não estava me ajudando com os ensaios e as suas preocupações com o gato estavam sendo mais importantes do que tudo. Coisa que me deixou muito irritado. Estava caminhando para casa quando ele me ligou, provavelmente querendo se desculpar. Contudo, eu estava irritado demais para deixar isso se resolver assim tão facilmente e por este motivo, resolvi não atender as suas ligações.

Demorei para chegar ao meu destino, mas quando finalmente cheguei no portão de casa o vi parado em minha porta. Ele tinha, vindo de carro e por esse motivo chegou primeiro.

— Eu não quero conversar.

Eu falei abrindo minha porta para entrar, mas ele se apressou em entrar comigo e eu suspirei cansado.

— Me desculpe, eu fui injusto com você. Sei que temos muitas coisas para resolver sobre a viagem e que deveria me focar no ensaio, mas não consegui não me preocupar com ChuChu.

— Eu não me importo que você se preocupe com ele. É seu bichinho. Isso é normal.

Eu falei e ele me olhou surpreso, mas eu, comentei me sentando no safá muito cansado e completei:

— Eu só queria que você me valorizasse como valoriza esse gato. Você deixou todas as decisões comigo e não está se concentrando nos treinos, mesmo sabendo como essa oportunidade é importante para nós. Eu não consigo fazer, tudo sozinho e...

Calei-me, ao ver ele se sentar no chão em frente ao sofá e olhar para mim, verdadeiramente arrependido. Suspirei, sabendo que não adiantaria brigar e comentei:

— Quero te ajudar a encontrar um lugar para ChuChu, mas será que pode colaborar comigo com o resto?

— Eu vou, me desculpe. Sou um péssimo companheiro.

Falou ele e eu neguei beijando seus lábios de forma, intensa e falando:

— Você não é, mas merece ser castigado após ser um menino mal a semana toda.

— Castigado?

Perguntou ele surpreso com o desejo em meu olhar e eu concordei o deitando no tapete e indo para cima dele. Aquela sem dúvida era uma boa oportunidade de lhe ensinar uma lição.