Capítulo trinta e seis.

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N/A: quem é vivo sempre aparece. Dei uma sumida, e peço desculpas, mas aconteceram algumas coisas na minha vida e eu tive um leve bloqueio para escrever.

Falando nisso, esse capítulo é mais curto, mas prometo que irei compensar tudo no epílogo. Sim, esse é o penúltimo capítulo e no próximo nos despediremos de contingência.

Aproveitando o recado, peço para que quem ainda não segue, me siga no insta que eu criei para as minhas obras. Estou sempre postando lá (escritoravitoriacoelho)

No mais é isso. Beijos, boa leitura e até o epílogo. 💜

Capítulo trinta e seis: Queridito.

Harry Styles.

Não sei por quanto tempo permanecemos abraçados. E eu não gostaria de saber. Estar nos braços de Louis me dá aquela sensação de pertencimento que eu só tenho com ele. Como se, no instante em que estamos juntos, tudo ao meu redor não parecesse ter importância alguma. É aquele tipo de abraço anestesiante como droga.

E nesse instante, só por esse instante, eu esqueço o completo inferno que passei nos últimos dias.

Eu tenho tantas perguntas. Tantas dúvidas rodeiam minha mente. Tantas incertezas. Mas, agora, eu não penso em nada disso.

Louis se afasta levemente e limpa as lágrimas do meu rosto com o polegar. Seu olhar preenche meu rosto como se ele estivesse memorizando cada traço meu.

ㅡ Como você veio parar aqui? ㅡ Indago, sussurrando. ㅡ Como sabia?

ㅡ Seu tio me deu as informações e algum dinheiro. Eu vim meio que na loucura. Mal trouxe roupa… mas, eu precisava te ver, Harry. Eu precisava desesperadamente te ver, e acho que ele deduziu que você também precisava de mim.

Louis solta um suspiro pesado, daqueles que vem da alma, e pousa a mão quente em meu rosto, me encarando nos olhos.

ㅡ Eu não sei o que se passa na sua cabeça agora e sei o quanto isso está sendo difícil pra você, mas eu não estou aqui só para os momentos divertidos e felizes. Você não tinha que me afastar dessa forma por achar qualquer coisa. Nós compartilhamos um crime, Harry. Nada pode ser mais cúmplice que isso. Eu sou seu cúmplice, seu companheiro, seu parceiro. Então, por favor, por favor, por favor, nunca mais faça isso. Se um dia você quiser terminar comigo, tudo bem, mas peço que me fale, que converse comigo, que seja sincero com seus sentimentos e seus medos. Mas não me deixe no escuro.

Engulo em seco porque sei que ele tem razão. Eu deveria ter sido honesto com ele. Deveria ter contado tudo o que se passava. Mas eu ainda sinto que Louis poderia ser melhor sem mim. Mais feliz. Mais seguro. Mais completo.

ㅡ Como está o ferimento? ㅡ Pergunto, tentando me desviar dos meus próprios pensamentos.

ㅡ Tirei os pontos semana passada.

Ele ergue a camiseta e eu levo os dedos até a sua pele quente, alisando as duas cicatrizes em sua barriga, ambas muito próximas uma da outra. Ergo o meu olhar e encontro a imensidão azul me encarando.

ㅡ Quantos pontos?

ㅡ Quatorze. ㅡ Ele responde, e me lança um sorriso pequeno. ㅡ Meu novo número preferido.

Sorrio por sua frase, e por ele ainda se lembrar daquele nosso momento no consultório do meu tio. Gosto como Louis memoriza as coisas que eu digo.

Volto o olhar para a sua barriga e aliso a sua pele, que ainda está levemente avermelhada. Assim que meus dedos roçam nele, percebo os pêlos loiros de sua barriga se ouriçarem.

CONTINGÊNCIA [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora