Capítulo vinte e sete.

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Esse capítulo irá contar cenas
de tortura e assassinato.

Capítulo vinte e sete: Reclamação.

Não consigo conter meu sorriso satisfeito ao ver a cara de espanto misturada a pavor de Otto ao me ver. Uma sensação avassaladora de poder me inunda completamente.

Eu finalmente entendo o que Harry quis dizer com a ambição pelo poder. O quanto ele exaltava esse sentimento. É bom sentir isso. Neste momento, eu me sinto extremamente poderoso. Neste momento, eu tenho uma vida em minhas mãos. Eu que controlo. Eu mando. Eu quem dito as regras do jogo.

Caminho bem lentamente até a cadeira tendo os olhos de Otto acompanhando cada passo que eu dou. Me inclino para ficar na altura do seus olhos e dou um sorriso.

ㅡ Ora, ora…

Seu corpo se agita pela minha proximidade e ele balança os membros superiores nos braços da cadeira tentando se soltar das cordas. Seus olhos amedrontados passam de mim para Harry.

ㅡ Você estava louco para fazer uma reclamação formal de mim, não é, Otto? ㅡ Debocho. ㅡ A nossa diferença é que eu fiz.

Pego um lado da fita em sua bochecha e arranco sem nenhum cuidado, ouvindo o seu gemido arrastado. Por um instante, ele fica calado, intercalando o olhar entre mim e Harry, com a respiração pesada. Logo em seguida, um rubor sobe em seu pescoço quando ele me encara.

ㅡ O que estou fazendo aqui? ㅡ Ele murmura, entre os dentes. ㅡ Eu exijo que você me sol…

Dou um tapa forte em sua cara, a observando girar para o lado pelo impacto enquanto meus dedos latejam.

ㅡ Você não tem que exigir porra nenhuma aqui. ㅡ Cuspo, gritado. ㅡ Aqui você não manda. Quem manda sou eu!

ㅡ Isso tudo é uma vingancinha porque eu quis te comer? Você nem é isso tudo, Tomlinson. Maldita hora…

Ele não termina porque Harry me empurra para o lado e dá um soco tão forte em sua cara que seu corpo projeta para trás, e ele cai, com cadeira e tudo. Quando Harry se inclina e ergue a cadeira, tenho uma breve noção de sua força. Ele ergue Otto na cadeira como se não fosse nada além de um peso leve. Bem que dizem que a raiva te faz ter uma força sobrenatural.

O sangue mina do nariz ㅡ agora torto ㅡ de Otto, enquanto ele choraminga. Em um soco, Harry conseguiu quebrar o seu nariz.

ㅡ O papo agora é comigo. ㅡ Harry rosna. ㅡ Você não sabe com quem você mexeu, seu pedaço de bosta. É bem capaz de você ir pro céu do tanto que eu vou te fazer sofrer. Dizem que Deus não pesa a mão naqueles que penam em terra antes de morrer.

Os olhos de Otto se arregalam, mas Harry enfia a mão no bolso, retirando um canivete. Sua mão pressiona a de Otto no braço da cadeira e ele enfia o canivete em uma de suas unhas, a arrancando por completo. Eu viro o rosto levemente para não ver sua mão, mas ouço os gritos em agonia de Otto.

ㅡ Será que eu vou ter que colocar uma musiquinha? Eu não estou afim de ouvir seus gritos. ㅡ Harry me olha. ㅡ Faça as honras, amor.

Assinto com a cabeça e vou até a caixa de música do bar. Conecto o meu celular e procuro pela música que eu quero. Assim que aperto play, eu olho para Harry e o vejo sorrir, sibilando para mim:

ㅡ Perfeito.

Vienna começa a preencher o bar e eu aumento um pouco o som. Não tão alto para não chamar atenção, mas não tão baixo a ponto de ouvir os gritos de Otto.

Quando volto para perto deles, percebo o dedo de Otto pingando sangue, onde a unha foi arrancada. Sua cara de dor me causa uma sensação de satisfação.

CONTINGÊNCIA [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora