Capítulo onze.

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Capítulo onze: Vienna

Entro em casa tentando fazer o mínimo de barulho possível. A casa está escura, com as luzes apagadas, e a porta do quarto de Zayn está fechada. Guio Harry até o meu quarto e também fecho a porta, com delicadeza. Por mais estranho que seja, não estou constrangido e nem arrependido de ter feito a proposta para Harry vir até minha casa. Já que decidi dar a ele uma segunda chance, que eu a dê por completo. Somente peço ao universo que meu nome não seja tema de nenhum noticiário policial em breve.

Quando fecho a porta atrás de nós, acendendo a luz, e me viro para encará-lo, percebo que ele está olhando o meu quarto. Seus olhos passeiam por todos os meus poucos objetos e ele caminha até a minha escrivaninha, se virando para me encarar.

ㅡ Não repare. ㅡ Digo, começando a tirar o meu tênis e meia, o deixando de lado.

ㅡ Já estou reparando. E me admira você chamar minha casa de muquifo quando você parece que passa dificuldade. ㅡ Ele comenta tão casualmente sincero, que me arranca uma risada genuína. Seus dedos passam pela escrivaninha e ele aponta para o meu notebook aberto na mesa. ㅡ Esse notebook aqui é o que? O primeiro notebook lançado na história?

ㅡ Pare com isso. ㅡ Continuo rindo, baixinho, para não acordar Zayn, mas Harry não para com a humilhação.

ㅡ Sério que você estuda nisso aqui?

ㅡ É o que eu tenho. Pare de botar defeito. Ele é lento e ruim, mas nunca me deixou na mão.

ㅡ Mas vai. Sabe disso, não sabe?

Dou de ombros e me sento na cama. Minha cama é de viúva. Não chega a ser de solteiro, mas também não é de casal. Chamo Harry com a mão, e ele caminha até mim, passando as duas pernas em meu corpo e se sentando em meu colo.

É tão estranho e admirável saber que somos ao mesmo tempo, tão dominadores e tão dominados. Acho que no fundo, ele tinha razão quando disse para não colocarmos rótulo, apenas curtir o momento. E é isso que estamos fazendo. A maneira pouco importa, o importante é que ambos damos e recebemos prazer.

Ele me encara com os olhos verdes iluminados, pega o meu rosto delicadamente entre as mãos, e se inclina, colando as nossas bocas. Levo minhas mãos até a sua cintura e passo os meus dedos frios por debaixo de sua blusa, encontrando com a sua pele quente. Harry estremece pelo toque e deslizo a palma da mão por suas costas, sentido a suavidade de sua pele.

Começo a retirar sua camisa e ele faz o mesmo com a minha. Nossas bocas não ameaçam se largarem, e isso só acontece quando ele bate a mão nos bolsos da frente, para então bater nos bolsos de trás.

ㅡ Você tem camisinha? ㅡ Ele me encara, com as sobrancelhas franzida.

ㅡ Não.

Não costumo ter camisinhas, afinal, eu não transava regularmente, então essa nunca foi uma prioridade para mim. Harry, então, bufa frustrado.

ㅡ Merda. ㅡ Ele solta uma respiração pesada. ㅡ Eu esqueci de pegar no escritório do bar, e não sei se tenho no carro.

Por um breve momento, cogito a possibilidade de transarmos sem camisinha, mas a parte ainda completamente consciente em mim, afasta o pensamento em questões de segundos.

ㅡ Podemos fazer outras coisas. ㅡ Sugiro, sorrindo. ㅡ Não precisamos chegar no finalmente. Podemos brincar um pouco.

Seu semblante se ilumina e ele concorda com a cabeça, voltando a me beijar. Me inclino, deitando na cama e ele se deita sobre mim. Abaixo as minhas mãos até e sua bunda e o guio conforme ele rebola em cima da minha virilha. Meu pau dói dentro da calça e eu só quero deixá-lo livre a todo custo. Harry parece querer o mesmo, já que se afasta minimamente apenas para retirar os próprios sapatos e a calça, me ajudando também a retirar a minha. Quando ficamos somente de cueca, ele volta a se sentar em meus quadril e se inclinar em meu corpo. Eu gosto de sentir e explorar sua pele com as minhas mãos. Gosto da sensação que o nosso corpo junto tem. Bem que dizem que química é uma coisa inexplicável. Quando ergo uma das mãos, e afundo em seus cabelos, os puxando levemente, Harry solta a minha boca e me encara.

CONTINGÊNCIA [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora