Capítulo vinte e três.

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Capítulo vinte e três: Remorso.

Harry Styles

Estou suando.

Posso sentir as gotículas de suor escorrerem por minhas costas. A quantidade de emoções reprimidas está me sufocando.

A raiva que sinto de Louis não se equipara a todos os outros sentimentos que me inundam neste momento. Estou com raiva dele. Muita raiva. Por diversos motivos. O principal e primeiro deles é por ele estar sob efeito de algo. Não sei o que, mas pretendo descobrir. O segundo, é por ele ter beijado outro na minha frente. E o terceiro, bem, eu não gosto de ser chamado de frouxo.

Porém, acima de qualquer coisa, eu sinto remorso. Remorso e culpa. Não raciocinei em nada ao fazer as coisas que fiz esta noite. Não medi as consequências, nem as palavras. Eu quis provocar. Quis levá-lo ao extremo. Quis provar a ele diversas coisas. Quis provar a mim mesmo que nós ainda tínhamos alguma chance.

Eu exagerei. Exagerei quando pedi a música. Exagerei quando beijei Luke sem vontade alguma, somente para magoá-lo. Mas, o pior de tudo, foi ter dito a ele aquelas palavras.

Eu sei que passei dos limites.

Eu não quis dizer aquilo, mas na hora da raiva, foi o que acabou saindo da minha boca. O tapa foi a consequência e eu não me importo por ele ter me batido na frente de uma multidão de pessoas que assistiam. Não foi por isso que eu o arrastei até esse banheiro. O arrastei por culpa. Por remorso. Por arrependimento.

Por mais que ele também tenha me levado ao extremo essa noite.

Fora a saudade, o ciúme e a vontade dele absurda que eu tenho. É sufocantemente irresistível. Insuportavelmente intenso. É uma força que eu não controlo. É mais forte que eu.

Nós estamos num jogo, um jogo perigoso, do qual eu sei jogar bem, mas, inevitavelmente, foi ele quem encerrou.

Eu dei as cartas, mas foi Louis quem deu o xeque-mate.

Me afasto, sentindo a sensação dos seus lábios ainda formigarem a minha boca. A saudade é intensa, a vontade nem se fala. Encosto minha testa na dele e deixo o meu corpo relaxar sobre o seu. Nossas respirações colidem, e eu me afasto apenas para olhar em seus olhos.

Suas pupilas estão dilatadas. Suas pálpebras preguiçosas. Suas bochechas avermelhadas.

ㅡ Harry… ㅡ Ele geme o meu nome e eu estremeço.

ㅡ Abra a boca.

Ele faz o que mando, e eu mergulho a mão no bolso da calça, retirando uma bala, a desembrulhando e enfiando em sua boca.

ㅡ Hm. ㅡ Ele resmunga, passando a bala por entre a língua apreciando o doce enquanto fecha os olhos. ㅡ Que gostoso. Tem gosto de você.

Não me contenho em dar uma risada e me inclinar para dar um beijo em sua boca. Eu sou louco por ele. Completamente louco.

ㅡ Eu estou com bafo? ㅡ Ele pergunta baixinho, e eu sorrio em sua boca.

ㅡ Não. É pra tentar aumentar um pouco a sua glicose.

ㅡ Hm. ㅡ Ele beija a minha boca e logo em seguida mergulha o rosto no meu pescoço, sugando a minha pele. Eu solto uma respiração pesada pela sensação de sua boca em minha pele. ㅡ Eu estou com tantas saudades de você, Harry. Tanta. Eu quero transar com você, aqui e agora.

Antes que eu possa negar, ele se desprende mim, e se vira de costas, ainda estando entre meus braços. Suas mãos vão apressadas para o botão da sua calça e ele o desabotoa, descendo o zíper enquanto me olha por cima do ombro. Sua calça é abaixada até a altura dos joelhos e eu nego com a cabeça.

CONTINGÊNCIA [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora