— Em que mundo você vive, Dulce? Ucker é o cara mais gato do universo e está no mesmo restaurante que nós, isso é incrível".
Virei mais uma vez, e então visualizei o tal Ucker. Eu não era de me impressionar com a beleza masculina, pois sempre fui da opinião de que as pessoas têm de oferecer algo a mais que apenas um rosto bonito. Mas confesso que fiquei impressionada.
— Ele parece o Charles Brandon da série The Tudors, claro tirando os olhos azuis. - Ellen gargalhou com a minha comparação. Essa era uma outra mania que eu tinha, gostava de comparar pessoas normais, com algum personagem de cinema.
— Eu daria qualquer coisa para cavalgar naquele corpo. - Engasguei com a sinceridade dela e comecei a gargalhar feito uma louca, chamando a atenção do restaurante todo, inclusive do grupo de rapazes que acabou se acomodando em uma mesa ao lado da nossa.
— Por Deus, Dulce, comporte-se. Eles estão aqui do nosso lado.- Outro fato curioso sobre a Ellen é que ela sempre se dava mal por agir de forma que agradasse aos outros, maquiando a realidade para satisfazer pessoas que ela nunca tinha falado. E eu achava isso absurdo.
— Ellen,Ellen quando vai aprender que você tem que agir conforme a sua consciência. São apenas homens, o que eles querem nessa ilha é ver o maior número de mulheres nuas possíveis. Então, se quiser ser lembrada por eles, é só permanecer com suas roupas no corpo. Tenho certeza de que vão te ligar depois que temporada acabar.- Ela revirou os olhos e se inclinou sobre a mesa.
— Dulce, eu não quero esperar o verão acabar para cavalgar no corpo delicioso do Christopher Uckermann, então a sua teoria não vai me ajudar em nada. - Até hoje, eu tentava entender como nossa amizade durou tanto tempo, não concordávamos em nada. Ellen era o meu oposto em tudo. Mesmo assim, não nos desgrudamos.
Arrisquei um olhar para a mesa do lado, e o tal Ucker estava com seus olhos castanhos fixos em mim. Eu era esperta o bastante para saber que ele tinha feito a sua escolha. Ele queria me ver nua, me levar para sua cama. E, no dia seguinte, sairia com seus amigos para contar vantagem sobre o meu desempenho sexual.
— Droga, ele não para de olhar para você. - Voltei minha atenção para Ellen, que parecia chateada com a escolha do bonitão.
— E você me conhece bem o suficiente para saber que eu jamais ficaria com um playboy bonitinho só porque ele quer.
— Ele não é apenas um playboy bonitinho, ele é lindo e, segundo a Forbes, o pai dele é o número cinco da lista dos homens mais ricos do mundo. E, para variar, ele gostou de você, parece que os ricos de verdade se reconhecem."
Ellen tinha um sério problema de autoestima financeira, ela achava que todos preferiam ficar comigo pelo fato do meu pai ter mais dinheiro que o pai dela. Minha amiga não enxergava que homens gostam de ser desafiados e que não era legal receber uma mulher em uma bandeja de prata. Era assim que ela fazia com todos eles. Então, dificilmente conseguiria um relacionamento sério.
— Prometo que só vou jantar e volto para o quarto, o senhor bonitão ali vai ser todo seu.
Arrisquei mais um olhar e, dessa vez, ele estava distraído, conversando com seus amigos, não deixei de notar como tinha um sorriso bonito e olhar intenso, cílios longos e sobrancelhas bem
desenhadas. De fato, ele lembrava Harvey Stone, se não me engano, tive uma palestra com ele no segundo ano de universidade e, mesmo com mais de cinquenta anos, não deixei de notar o quanto era bonito.Conforme o prometido, assim que acabamos de jantar, eu me despedi da Ellen e saí do restaurante sob os olhares da mesa ao lado. Durante o caminho, fiquei imaginando se minha amiga conseguiria ficar com o tal Ucker. Eu não sabia nada sobre ele, mas, pela forma que ele me olhava, acredito que não arriscaria queimar o seu filme ficando a minha amiga.
Repreendi-me por estar pensando sobre esse assunto. Eu jamais ficaria com ele, então não
entendi por que estava dando tanta atenção a essa questão. Voltei para o hotel que ficava ao lado do restaurante e segui direto para o meu quarto, tirei a maquiagem e fui dormir.Acordei cedinho e resolvi fazer uma caminhada antes que o pessoal da pesada acordasse e transformasse a ilha em uma festa eterna. Coloquei uma bermuda jeans rasgada de tom claro e um cropped de renda. Nos pés, apenas chinelos. A praia ainda estava vazia e aproveitei a paz e tranquilidade do lugar. Caminhei junto a minha inseparável garrafinha de água. E parei ao escutar um barulho estranho, parecia um gemido.
Havia algumas espreguiçadeiras dos restaurantes à beiramar, caminhei entre elas e encontrei um rapaz deitado em uma delas. Ele estava com o braço no rosto, protegendo-se dos raios de sol.
— Ei, você está bem? - Perguntei baixinho, mas a pessoa parecia desmaiada, corri os olhos pela areia e havia duas garrafas de vodcas vazias ao lado da espreguiçadeira. Toquei no braço dele de leve, e então, ele resmungou e se mexeu, mudando de posição e mostrando o seu rosto. Arregalei os olhos quando me dei conta de quem se tratava: Christopher von Uckermann!
Kkkkk sorte ou azar, Dulce?
Mais um capítulo fresquinho 👻
Beijos até o próximo ♥️
VOCÊ ESTÁ LENDO
The CEO who loved me (adaptada)
Fanfiction+ 18 | Dulce María Espinosa Saviñón sempre foi muito racional e nunca se rendeu diante de um rosto bonito e um corpo musculoso, até conhecer Christopher von Uckermann, um playboy lindo e charmoso que está disposto a quebrar sua mais importante regra...