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           — Eu hein? A tequila de ontem voltou a fazer efeito? Vou fazer mais pipoca.— Fui levantando, e ele me segurou pelo braço e me jogou no sofá. Caí desajeitada e com as pernas abertas, ele ficou olhando para a minha calcinha e, depois, se inclinou e cobriu meu corpo com o dele. Através da camiseta, eu senti os músculos tonificados encostando na minha barriga. O pau dele ficou pressionando a minha virilha enquanto aqueles olhos castanhos me encaravam intensamente.

            — O que está fazendo, Ucker?— Falei com um pouco de dificuldade. Ele não disse nada, ficou me observando, olhando para minha boca. Fiz o mesmo com ele, sentindo sua respiração quente no meu rosto.

              — Decida logo se quer ser minha amante ou minha amiga, pois, depois que eu começar, eu não vou mais parar.

          Meus olhos ficaram levemente maiores, ele estava lendo os meus pensamentos e respondendo aos meus questionamentos internos. Então, era isso, Ucker estava esperando que eu me posicionasse, e que história é essa de ser amiga ou amante?

             — Como assim?— Perguntei, olhando para a boca dele. E que boca, minha gente!

            — Decida se quer ter apenas uma amizade, ou uma amizade com benefícios.— Aquela conversa era insana, mas eu estava gostando.

              — Pode distinguir esses dois tipos de amizade?

               Ucker sorriu safado, daquele jeito que molhava a calcinha de qualquer mulher.

         — Amizade normal, venho aqui, conversamos, rimos, comemos e ficamos na vontade.— Aproximou o rosto do meu e passou a barba por fazer na curvatura do meu pescoço, arrepiando todos os pelos do meu corpo.

              — Amizade com benefícios, a gente faz as mesmas coisas, mas não passa vontade. Depois do filme, — apontou para a TV e voltou a dar atenção para o meu pescoço — Eu deixo você nua e passo a minha língua pelo seu corpo inteirinho. Garanto que vai gostar.— Mordi os lábios, imaginando a boca pecaminosa do Ucker passando por todo o meu corpo. E senti minha intimidade pulsar. — Bom, né, Dulce?— Suspirei derrotada, ele sabia ler meus pensamentos como ninguém.

               — Posso pensar?— Ele sorriu e passou a língua pela minha orelha.

               — Pode, sim, combinei de jantar com meus pais, passo aqui mais tarde.— Deu um selinho nos meus lábios, levantou e caminhou até a porta.

              Ucker estava bagunçando minha cabeça e minha vida. Assim que escutei o barulho da porta se fechando, levei a mão aos lábios e sorri. Esse homem estava me fazendo quebrar todas as minhas regras e agir contra todos os meus princípios. E, mesmo assim, eu não conseguia parar, eu queria mais, muito mais.

              Depois que o Ucker saiu, eu fiquei perambulando pelo apartamento, pensando na proposta indecente dele. Eu nunca tinha transado com alguém e, por mais sedutor que ele fosse, não sei se queria me entregar a alguém dessa forma. Nunca fui o tipo de garota que espera o príncipe encantado. Simplesmente, não achei ninguém que valesse a pena, Ucker também não valia a pena. Mas despertava o meu corpo para desejos profundos e desconhecidos. Eu queria experimentar tudo que o sexo pudesse oferecer e tenho certeza de que ele seria um ótimo professor. Balancei a cabeça e sorri. Esse homem estava tirando todo o meu juízo.

                Diferente do prometido, Ucker não apareceu, e não fiquei surpresa e chateada, ele não era do tipo que cumpria promessas, e eu já era bem grandinha para me preocupar com esse tipo de comportamento. Acordei no domingo depois do meio-dia e já me sentia muito mais disposta. A campainha tocou e saí correndo para atender confiante de que era o Ucker, mas, na verdade, era a Ellen.

The CEO who loved me (adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora