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         Coloquei um body de renda preto e decotado e fiquei pensando em qual peça ficaria boa com ele. Talvez uma saia ou calça de couro, com uma jaqueta por cima, daria um ar sexy e descolado.

        Meu cabelo estava pronto e a maquiagem bem executada, eu não era de sair, mas era vaidosa, gostava de me arrumar e fazer compras, como qualquer garota da minha idade.

           A campainha tocou e meu coração acelerou. Ellen estava nos Hamptons com os amigos, então só poderia ser ele. Olhei para o espelho e sorri com a ideia que tive. Saí pelo apartamento de saltos e com meu body rendado e decotado até um umbigo.

           Abri a porta e Ucker bateu aquele raio X completo.

          — Isso é roupa de abrir a porta?

   .      — Não tem nada aqui que você não tenha visto, estou me arrumando para sair.— Virei e fui caminhando até o meu quarto, ele veio atrás e minha deusa interior vibrou. Peguei a saia de couro que estava em cima da cama e, quando fiz menção de colocá-la, ele tirou a peça da minha mão.

           — Você não vai sair vestida desse jeito.— Revirei os olhos e sentei na poltrona no canto do meu quarto.

           — O que quer aqui, Ucker?— Ele ficou olhando para o meu decote meio desconcertado.

            — Vim fazer você desistir dessa ideia maluca.

          Estiquei-me na poltrona, descansei meus braços nas laterais e abri um pouco as pernas. Os saltos me davam sustentação para ficar em uma pose sexy e relaxada

             — Sinto muito em informar, mas não terá sucesso. Estou decidida, vou ter um orgasmo hoje, e vai ser pelas mãos de um homem, e não pelas minhas.

              Minha saia caiu no chão, e ele cerrou os punhos ao lado do corpo. Ucker estava sentindo-se impotente diante da minha teimosia. Na verdade, ele fazia exatamente o que eu queria, sem nem ao menos se dar conta disso. Depois de alguns segundos de silêncio, ele fechou os olhos e soltou o ar com força em uma clara demonstração de que estava desistindo de alguma coisa, e esperava que não fosse de mim.

              — Venha aqui, Dulce.— Meu coração acelerou consideravelmente, mas como boa mentirosa que sou, disfarcei e levantei feito uma diva. Caminhei até ele despreocupada e parei na sua frente.

              — Pode falar.— Ele levantou a mão direita e pegou uma grande mecha de cabelo da minha nuca, segurou firme e me fez encará-lo.

            — Você quer gozar, certo?— Tentei balançar a cabeça, mas meus movimentos estavam limitados.

               — Quero. Quero muito.— Ele se inclinou e aproximou a boca do meu rosto.

            — Eu vou dar o que você quer, vou te fazer gozar, mas nada além disso, combinado?— Eu estava tão louca por Christopher Uckermann que aceitaria qualquer coisa vinda dele, agora eu entendia o desespero da Ellen e de todas as mulheres que viviam atrás dele. Esse homem tinha uma coisa, um ar inalcançável, algo misterioso que nos fazia desejá-lo de forma irracional e desesperada.

             — Ok, combinado.— disse ansiosa por saber o que ele faria comigo.

              Ucker ficou me olhando, encarando minha boca de forma sombria, eu ansiava tanto por ele e por um beijo de verdade que, quando ele se inclinou, eu dei um passo à frente e fechei os olhos para receber uma boca faminta que engoliu a minha de um jeito delicioso. Ucker continuou segurando a mecha de cabelo com uma mão e com a outra, segurou firme a minha cintura. O gosto dele era incomparável, mentolado misturado ao seu próprio sabor. Perdi-me naquele beijo, morri mil vezes e renasci com o peito doendo de tantos sentimentos que surgiam conforme ele me beijava. Ele nem tinha me feito gozar, e eu já desejava muito mais.

The CEO who loved me (adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora