No fundo, eu sabia que um homem como ele havia estudado nos melhores colégios e viajado o mundo todo, ele teria milhares de assuntos e histórias engraçadas para contar. E, acima de tudo, um homem que tinha Kenny G em seu gosto musical era um sério candidato a me fazer perder a cabeça. Ainda mais com aquela aparência.— Eu subo.— falei contrariando todos os meus sentidos que gritavam para que eu ficasse longe. Christopher von Uckermann era encrenca. E, mesmo assim, eu estava pagando para ver no que ia dar.
— Ótimo, já jantou?
— Na verdade, pedi uma pizza, deve estar chegando.— Eu não sabia se um homem com ele gostava de pizza, então!
— Traz ela junto.— Sorri sem graça.
— Ok, assim que chegar, eu subo.
— Estarei esperando.
Mordi os lábios, já me arrependendo de ter aceitado o convite dele. Mas como eu não era mulher de meias palavras, dei um tchauzinho para ele e entrei. Larguei minha taça em cima da mesa,corri para o quarto, entrei no meu closet e fiquei imaginando o que deveria usar. Se eu colocasse vestido, ele me acharia oferecida ou poderia pensar que eu estava facilitando as coisas. Bermuda jeans seria uma opção, mas muito simples, passei os dedos pelas araras de roupas sem saber ao certo o que deveria usar, eu nunca tinha ido na casa de algum cara que morasse tão perto. E agora não sabia o que fazer. Na dúvida, usei uma calça jeans rasgada e uma blusinha branca de algodão estilo cropped. Nos pés, um tênis branco da Adidas. Bem descolado e casual.
Estava terminando de passar um perfume quando a campainha tocou. Peguei dinheiro, meu celular e sai pelo apartamento. Paguei a pizza ao porteiro e esperei até que ele fosse embora. O cheiro gostoso daquela caixa me deixou em dúvida. Eu poderia voltar para o meu apartamento comer aquela pizza toda, ficar pesada feito uma porca e dormir. Ou cumprir a minha palavra e ir até a cobertura do bonitão.
Por Deus, Dulce. Ele é apenas um homem!
Isso, ele apenas um homem. Tudo bem que ele tem aquela aparência e curte Kenny G. Mas essa era a minha chance de confirmar as minhas suspeitas de que ele tinha cérebro de ameba.
E, com esse pensamento, eu entrei no elevador e apertei o andar da cobertura. Assim que as portas se abriram, caminhei até a enorme porta que estava entreaberta. Mesmo assim, bati.
— Pode entrar, Dulce, estou em uma ligação.— Ótimo, nem a porta ele atendeu. Menos um ponto!
Por que está considerando esse tipo de coisa se não pretende ficar com ele?
Os questionamentos da minha mente doentia faziam sentido. Passei pela porta e entrei.
Dessa vez, a sala estava vazia e pude ver com clareza a riqueza dos detalhes.A sala era enorme e em estilo nórdico, muito branco e objetos neutros, a cobertura era moderna e clean, o charme especial ficou por conta das paredes que eram praticamente todas de vidro e exibiam uma vista panorâmica da cidade de Nova York. No canto, havia uma enorme sala de jantar, também seguindo o estilo nórdico do restante da cobertura. Voltei minha atenção para a sala e coloquei a caixa de pizza em cima da mesa de centro.
— Desculpe a demora, estava com o meu pai ao telefone.— Virei-me e o encontrei abrindo a caixa de pizza e pegando um pedaço.
— Gostei do visual. — me senti bem com o elogio dele, em seguida, levantou o pedaço e me
ofereceu. Aquilo pareceu tão simples, tão eu. Eu comia pizza direto da caixa e fiquei surpresa por ele
fazer o mesmo.— Claro.— Caminhei até ele, peguei um pedaço e dei uma mordida. — Belo apartamento. — falei entre uma mordida e outra, ele caminhou até a cozinha e pegou uma garrafa de Coca-Cola da geladeira.
— Gosta?— Neguei com a cabeça, ele abriu a geladeira mais uma vez e pegou outra bebida.
— Suco?— Pode ser. — Ucker serviu nossas bebidas e trouxe até mim.
— Gostou do apartamento? Fui eu que projetei, a decoração foi ideia minha também.— Nossa, o cara comia pizza na caixa e ainda entendia de decoração, sem contar que era gato demais.
— É engenheiro?
— Sou, sim, e advogado também. Mas não exerço.— Puts, isso só piorava, Ucker parecia ter uns vinte e sete anos, isso explicava tantas graduações.
— Nossa, dois cursos distintos.
— Tirei de letra, qualquer coisa é melhor do que passar o dia todo trancado em uma empresa.
Então era isso, Ucker estudava para não ter que assumir as Indústrias Uckermann's. Era o típico de filhinho de papai, quer viver da herança da família. Mais um ponto perdido.
— Não é tão ruim assim, eu faço isso diariamente e gosto bastante.— Peguei mais um pedaço de pizza, e ele fez o mesmo.
— Não vou poder fugir por muito tempo, meu velho está pressionando bastante. Logo, logo, vou ter que entrar na linha, e dentro de um terno também.
Fiquei imaginando aquele homem dentro de um terno e confesso que a pizza desceu rasgando, bebi um gole de suco para ajudar.
Deixei o resto do pedaço em cima da mesa e fiquei analisando a forma como Ucker comia. O homem conseguia ficar sexy até comendo.
— Fará bem, se continuar bebendo e transando feito um louco, não chegará aos cinquenta.— Ucker quase engasgou com a pizza e começou a gargalhar.
— Não transo tanto assim.— Deus, ele poderia falar da bebida, mas preferiu falar sobre sexo, eu não podia culpá-lo. Eu e minha boca grande!
— As fotos de Las Vegas são comprometedoras.— Ele bebeu o refrigerante e sorriu charmoso.
— Apenas amigas.
Brasil perdeu 😭Mas cá estou eu, cumprindo com minha promessa.
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The CEO who loved me (adaptada)
Fanfiction+ 18 | Dulce María Espinosa Saviñón sempre foi muito racional e nunca se rendeu diante de um rosto bonito e um corpo musculoso, até conhecer Christopher von Uckermann, um playboy lindo e charmoso que está disposto a quebrar sua mais importante regra...