Enfim a sexta-feira chegou e, graças a Deus, não tive o desprazer de encontrar com Christopher Uckermann. Eu ainda não tinha engolido a história do meu vestido destruído. Ou o fato dele cogitar a possibilidade de eu ficar nua em sua cama!— Esse apartamento é surreal.
Ellen falou impressionada. Ela já estava em Nova York e veio me visitar. Inicialmente, nossos planos eram de morarmos juntas, mas, devido ao meu humor inconstante, ela preferiu ficar em um apartamento da família dela, em um bairro mais afastado. Eu também acho que não daria certo morar com ela. Ellen vivia para a vida noturna e, com certeza, teríamos atrito, então, para conservar nossa amizade, decidimos que seria melhor assim.
— Já era bonito, e depois da reforma, ficou incrível, dona Blanca mandou muito bem.— Sorri com o elogio da minha amiga. Ellen era doidinha, mas eu gostava muito dela.
— E aí, como foi em Ibiza?— Perguntei, e ela se jogou no sofá.
— O de sempre, festas, bebidas, homens.— Revirei os olhos para ela.
— Esqueceu de mencionar as ressacas infinitas.— Ellen sorriu e jogou uma almofada em mim.
— Ressaca significa que a noite foi boa.
— Sei. — retruquei e liguei meu computador. Entrei em alguns sites de notícias do mercado financeiro e algumas telas de entretenimento me chamaram a atenção, abri o link e eram fotos de Christopher Uckermann em uma festa em Las Vegas.
Então esse era o motivo do sumiço dele!
Abri todas as fotos e fiquei assustada o com tanto de mulheres que o rodeavam, ele parecia uma espécie de sheik americano. Acabei rindo sem querer.
— Ai, meu Deus, é Christopher Uckermann?— Ellen berrou nos meus ouvidos, só então percebi que ela estava atrás de mim.
— É, sim — Ela puxou a tela do meu notebook para o lado dela.
— Daria um rim para estar em uma festa com ele.— Era tão ridículo escutar isso da minha melhor amiga. Quanto mais eu falava, menos ela me dava ouvidos. E, por esse motivo, não falei que Ucker mora na cobertura. Ellen me deixaria louca e não sairia mais do meu apartamento.
— Ele é só um cara qualquer, com um monte de dinheiro.— Tentei argumentar, e ela me fuzilou com os olhos.
— Não vamos discutir sobre ele, jamais concordamos mesmo.— Sorri e, pela primeira vez, tive que dar razão a ela.
— Ótimo, e hoje vai sair?— Perguntei, e ela deu um pulo da cadeira.
— Vou, sim, e já estou atrasada para o cabeleireiro. Vou em uma festa incrível, vai que eu encontro Christopher Uckermann por lá?
Pobre Ellen, eu sabia que ela me mataria quando descobrisse que ele estava mais perto do que ela podia imaginar. Mas é melhor assim. Ucker não ia pensar duas vezes antes de levar minha amiga para cama e depois eu teria que aguentar a dor de cotovelo dela.
— Boa festa, então, eu vou pedir uma pizza, beber uma garrafa de vinho e dormir.— Ellen sorriu daquele jeito acusador, como se falasse: vá curtir a vida, Dulce, deixe de ser velha, vinho e pizza na sexta-feira?
— Boa pizza e bom vinho, estou indo nessa.— Nos despedimos, e ela se foi.
Depois de um banho relaxante, coloquei meu inseparável robe de seda e caminhei pelo apartamento, decidindo o sabor da pizza que pediria e, durante um pensamento e outro, o senhor garanhão surgiu na minha mente. Era insano pensar em um cara que era totalmente o oposto de tudo que eu admirava em um homem. Balancei a cabeça e liguei para a pizzaria. Escolhi um vinho e enchi uma taça. Caminhei até a enorme sacada do apartamento e contemplei a vista extraordinária do Central Park.
Enquanto as notas da bebida invadiam as minhas papilas gustativas, escutei, ao longe, uma música de saxofone, mais precisamente uma música de Kenny G, eu amava as músicas dele. E
me concentrei na melodia. Não sei por quanto tempo fiquei apreciando a música e me peguei dançando em plena sacada, tendo como par a minha deliciosa taça de vinho.— Posso descer aí e dançar com você, sou ótimo dançarino.— A voz do Ucker me fez desequilibrar e cair desajeitada em um dos sofás da sacada. Olhei para cima e o avistei debruçado sobre a contenção de vidro e metal da área externa da sua cobertura.
— Você quase me matou do coração.— falei ainda desconcertada e morrendo de vergonha.
Droga, Dulce! Ele te viu dançando com uma taça de vinho.
— Sozinha em casa em uma sexta-feira à noite?— Ele disse, pelo visto, meu vizinho queria puxar assunto.
— É a minha rotina, não gosto de sair.—Ucker usava uma camiseta cinza e seu famoso Jeans rasgado.
— Quer subir? Ou eu posso descer?— Levantei e bebi um longo gole do meu vinho, imaginando a possibilidade de ficar a sós com ele.
— Você não é o tipo de cara que parece ter algo de interessante a falar. A resposta é não para as duas perguntas.— Ele deu uma risada gostosa, se divertindo com a minha grosseria. Gente, não pense que não tenho consciência do quanto sou insuportável. Eu sei que sou, mas fazer o quê?
— Porque tanto receio, Dulce? Tem medo de ficar nua na minha cama antes dos três meses?
Bebi o restante do vinho o mais rápido que pude e me senti incomodada com a pergunta dele.
— Você... você só pode estar louco se acha que eu sou esse tipo de mulher.— Ele deu um sorriso de canto.
— Então suba aqui ou me deixe descer, se sou tão ruim assim, não há o que temer, certo?
Quero ver você sair dessa, Dulce!
E agora em Dulce! KkkkJá já libero mais um...
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The CEO who loved me (adaptada)
Fanfiction+ 18 | Dulce María Espinosa Saviñón sempre foi muito racional e nunca se rendeu diante de um rosto bonito e um corpo musculoso, até conhecer Christopher von Uckermann, um playboy lindo e charmoso que está disposto a quebrar sua mais importante regra...