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            — Estou muito tonta, me ajuda?— Sussurrei em seu ouvido. Ele deixou a garrafa de água em uma mesa ao lado e apoiou as mãos na minha cintura.

              — Quantas doses de tequila bebeu?— Perguntou no meu ouvido.

              — Três e algumas taças de champanhe, o suficiente pra fazer o mundo girar.— Falei baixinho, encostando a cabeça em seu peito. Ucker não respondeu nada, mas senti um de seus braços me envolvendo e sua mão tocando minha cabeça e acariciando meus cabelos. O gesto fez um burburinho se espalhar entre as vadias da roda.

             Deveriam estar se perguntando quem eu era e por que estava ali, agarrada ao macho alfa da festa. Ucker continuou acariciando meu cabelo, meu lado diabólico dava gargalhadas por dentro. Afastei-me e o encarei de frente.

           — Desculpe por ter vindo aqui, mas minha amiga sumiu com o Tony, eu não conheço mais ninguém nessa festa. Fiquei com medo.— Ucker me olhou de um jeito terno, como se eu fosse uma criança se desculpando por ter feito alguma travessura.

               — Não é culpa sua, não se desculpe.— Eu sabia exatamente o que ele estava pensando.

           Esse mundo não pertence a ela, Dulce está aqui apenas para me provocar e olha o que aconteceu. Ucker se culpava pela minha bebedeira e fazia parte do plano.

                — Eu já vou embora, isso aqui não é para mim.— Tentei me afastar, e ele me puxou de volta.

                 — Espere, fique mais um pouco. Eu cuido de você.— Sorri por dentro, mas, por fora, continuei séria e arrependida por ter bebido.

                 — Preciso comprar uma água.— Disse, e ele pegou na minha mão.

                  — Vamos, eu levo você até o bar.— Olhei para nossas mãos unidas em frente a aquele bando de invejosas e o segui para fora da roda, passando por elas e exibindo o meu melhor sorriso!

               Chegamos ao bar e ficamos lado a lado. Ele pediu duas águas e quando eu peguei a garrafa na mão...

                — Dulce, te procurei por todos os lugares.— Virei e dei de cara com a Ellen. Ucker pegou a água dele e também se virou.

              — Ah, meu Deus, Ucker, é você?"— Disse histérica, como se ele fosse algum artista de cinema. Dois segundos se passaram até ela desconfiar de alguma coisa.

               — Vocês estão juntos?— Perguntou, cruzando os braços no peito, como se ele fosse propriedade dela.

                   Ellen ficou nos encarando de braços cruzados e sobrancelhas levantadas.

                  — Não.— Eu respondi no mesmo instante em que Ucker falou "Sim".

                  — Estamos, mas não do jeito que você está pensando. Eu passei mal por causa da tequila, e ele me ajudou.— O semblante dela aliviou.

                  — Prazer, sou Ellen, melhor amiga da Dulce.— Ucker ficou olhando pra mão dela estendida, dando-se conta de quem ela era. A amiga apaixonada!

              — Prazer, Ellen, Christopher Uckermann.— E pude escutar os sinos tocando quando ele apertou a mão dela. Muito provável que Ellen estivesse tendo um orgasmo apenas por conseguir tocar nele. E quem poderia julgá-la? Abri minha garrafa de água e dei dois goles. O clima ficou estranho, eu não saberia como agir se minha amiga me pedisse para eu ajudá-la a ficar com ele, com certeza, iriamos começar uma discussão feia.

The CEO who loved me (adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora